“Sabendo
que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados
da vossa vã maneira de viver, a qual por tradição recebestes dos vossos pais.
Mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem defeito e sem
mancha” I Pedro 1:18,19).
A
APRESENTAÇÃO (verso 19)
Prezado leitor, não há dúvida de que
devemos ser tomados de santa admiração pela história da cruz; que nossas vidas
devem ser norteadas mediante essa santa e eterna história, porquanto os crentes
foram alcançados, chamados à vida por causa do nosso sublime Cordeiro. Que não
brinquemos com essa verdade; que saibamos que os judeus, exatamente na festa da
páscoa eram convocados à uma humilhação por causa do fato que eles foram
arrancados da tirania egípcia devido ao sangue do cordeiro (Êxodo 12). E nós os
salvos agora somos diferentes? Somos uma raça superior? Claro que não! Por essa
razão nosso Senhor instituiu a ceia, para que recordássemos dessa história que
tanto nos humilha. O que temos na mesa da ceia? Temos simbolicamente o corpo e
o sangue do nosso Cordeiro que foi entregue por nossos pecados. Pela fé
meditemos nessa história, porque sem essa verdade gravada em nossos corações,
não há qualquer possibilidade de viver a vida cristã pela graça. Qualquer
disposição cristã fora da história da cruz, não passa de obra da carne, porque
estaremos mostrando nosso orgulho e exibindo a inutilidade da nossa carne.
Veja amigo, nosso Senhor planejou nossa
salvação na eternidade e o sangue do Cordeiro foi conhecido lá. Foi lá que o
Filho de Deus se apresentou de forma voluntária para ser nosso substituto
perfeito e o único aceitável perante o Pai. Aquilo que conhecemos agora: “Porém
manifestado no fim dos tempos...”, já tinha sido visto de antemão. Não há
salvação fora da cruz; não há santidade fora do sangue. Você pode tentar ser
crente de uma igreja, pode ter experiências do cristianismo, mas ninguém pode
viver por Deus aqui nem tampouco entrar no céu sem que tenha antes obtido o
perdão, a justificação e reconciliação com Deus mediante o sangue remidor.
Aparecer na entrada do céu sem essa segurança é caminhar para perigos eternais.
Mas quero finalizar esta série de
comentários em torno dessa passagem, mostrando que Deus planejou essa redenção
tendo o povo escolhido como objetivo: “...por amor de vós”. Tudo foi feito
tendo o povo eleito como objeto dessa salvação, porque Deus amou Seu povo desde
a eternidade. Que evangelho triunfante! O povo de Deus será alcançado e o
Senhor não haverá de perder nenhum daqueles que Deus o Pai lhe havia entregado
na eternidade. Cada crente é fruto do penoso trabalho do Justo realizado ali na
cruz. Tudo isso tinha como alvo nossa perfeita salvação. Então, nada havia em
nós para merecer um sacrifício desse da parte do Senhor. Por que viver cheio de
arrogância? Por que viver sem gratidão, com toda disposição de agradar a carne?
Mas vou encerrar mostrando o efeito
dessa história em nossas vidas: “...de sorte que a vossa fé e esperança estejam
em Deus”. Que impressionante verdade! Que preciosa conquista! Tudo foi feito
para que voltássemos para Deus, para que fôssemos eternamente do Senhor! Primeiro
trata da nossa fé: “de sorte que a vossa fé...”. Toda nossa alma deve ser Dele;
toda nossa confiança e submissão devem estar Naquele que nos amou para sempre.
Fomos comprados para isso e se seguirmos deliberadamente nossa vontade em
agradar a carne, eis que seremos tratados com disciplina de um amor perfeito.
Também, nossa esperança deve estar nesse
Deus. O que temos neste mundo? O que podemos esperar desta vida passageira?
Nossa herança está guardada lá na cidade celeste e nosso Senhor prometeu nos
guiar e proteger durante nossa peregrinação terrena. Quando colocamos nosso coração aqui, imediatamente afastamo-nos
do Senhor, assim como Israel lembrava do Egito e queria voltar para lá. Que
coração maligno e ingrato é o coração do homem! Não fosse a graça o que seria
de nós? Que o Senhor tome essas meditações para que nosso viver resulte em
humildade e santidade para o louvor e glória de nosso Deus.
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