quarta-feira, 1 de outubro de 2014

AUSÊNCIA DE FRUTO NO VIVER (3)



Assim, porque és morno e nem és quente nem frio estou a ponto de vomitar-te da minha boca” (Apocalipse 3:16).
         Caro leitor, o evangelho produz verdadeiros frutos, fruto de arrependido, fruto de santidade e isso revela a diferença que o evangelho faz na vida de homens e mulheres que são salvos. A igreja de Filadélfia representa a igreja simples, constituída de um povo salvo, que realmente ama a Palavra de Deus. Mas a igreja de Laodicéia é a igreja de falsos crentes; são pessoas mornas – não são crentes genuínos e nem tampouco mostram ser incrédulos, obstinados e revoltados contra Deus. Não há indícios de verdadeiros frutos nos falsos crentes; não há qualquer evidência que a Palavra habita em seus corações; não há qualquer sinal da justiça de Cristo, por isso são ainda mundanos e vivem conformados com a carne, o mundo e o diabo. Estão dentro da igreja, afirmam que são crentes, que um dia foram salvos e que têm consigo o ingresso que os levará para o céu. Mas, o que acontece que a verdade não chegou ao íntimo; não foram chamados pela graça irresistível e não habita neles o Espírito de Deus, como selo de seguro e firme de que pertencem ao Senhor (Efésios 1:13).
         Já mostrei aos meus leitores como Deus busca fruto; como os santos de Deus no mundo formam a plantação dileta do Senhor, assim como foi Israel no Velho Testamento (Isaías 5); que é Deus que cuida e que rega Sua vinha, a fim de que cada crente produza fruto (João 15), para a glória de Deus. A igreja em nossos dias tem mostrado que a maior parte dos seus membros não passa de falsos crentes; são como o povo de Israel nos dias de Isaías – vinha que produz fruto amargo. É triste, mas é fato que milhares estão dormindo um gostoso sono em colchões que pastores e teólogos fabricaram; estão descansando numa paz que não vem de Deus, porque a salvação que afirmam ter não tem como base a perfeita justiça de Cristo, mas sim a justiça humana. Em Apocalipse três vemos como o Senhor aparece para medir a temperatura espiritual desses falsos crentes e convidá-los ao arrependimento, enquanto o Senhor de compaixão está com Seu ministério de salvação neste mundo.
         Nos dias do Senhor Jesus aqui na terra haviam milhares de falsos religiosos, eram homens perversos que na aparência viviam como piedosos e crentes. Os fariseus eram assim em sua maior parte. Óbvio, tinham muitos homens sinceros e que procuravam a verdade ali, como o caso de Nicodemos e outros; muitos deles se converteram quando a pregação alcançou Jerusalém e toda região. Mas, o Senhor Jesus não cessou de censurar os fariseus por causa de hipocrisia; mesmo atraindo o intenso ódio deles contra Si, Cristo jamais deixou de falar àqueles homens, que eles não passavam de impostores, de elementos que usavam a religião a fim de promover o sucesso, fama e atrair riquezas para eles mesmos. Nosso Senhor, a respeito deles esclareceu a Seus discípulos que aqueles homens eram como plantas não advindas de Deus. Então deixou bem claro: “...toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada” (Mateus 15:1).
         Ó, quanto perigo envolve e cerca aqueles que dormitam e tosquenejam num ambiente religioso! Ó, quanto o Senhor adverte aos falsos crentes! Eles acham que estão numa situação muito confortável; que estão bem camuflados e blindados e que nenhum perigo virá contra eles. Mas, o Senhor adverte que quando Ele traz seu juízo ao mundo Ele inicia tudo na casa Dele; Ele limpa primeiro o lugar do Seu santuário, antes de punir o mundo; Ele retira da casa Dele toda falsidade, todo metal impuro, tudo aquilo que causa escândalo contra o reino de Deus e que estorva a obra de salvação dos eleitos. A igreja de Deus em nossos dias precisa ser avisada de que há perigos terríveis que rondam os falsos crentes; que o Senhor está dando tempo, mas que a chegará o momento de arrancar do meio do Seu povo toda árvores que não produz fruto. O Nome do Senhor está impressa no meio do povo Dele; os santos Dele representam Sua glória e Sua honra neste mundo e são agentes Dele para a propagação da verdade.

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