“Assim, porque és morno e nem és quente nem
frio estou a ponto de vomitar-te da minha boca” (Apocalipse 3:16).
Caro
leitor, o evangelho produz verdadeiros frutos, fruto de arrependido, fruto de
santidade e isso revela a diferença que o evangelho faz na vida de homens e
mulheres que são salvos. A igreja de Filadélfia representa a igreja simples,
constituída de um povo salvo, que realmente ama a Palavra de Deus. Mas a igreja
de Laodicéia é a igreja de falsos crentes; são pessoas mornas – não são crentes
genuínos e nem tampouco mostram ser incrédulos, obstinados e revoltados contra
Deus. Não há indícios de verdadeiros frutos nos falsos crentes; não há qualquer
evidência que a Palavra habita em seus corações; não há qualquer sinal da
justiça de Cristo, por isso são ainda mundanos e vivem conformados com a carne,
o mundo e o diabo. Estão dentro da igreja, afirmam que são crentes, que um dia
foram salvos e que têm consigo o ingresso que os levará para o céu. Mas, o que
acontece que a verdade não chegou ao íntimo; não foram chamados pela graça
irresistível e não habita neles o Espírito de Deus, como selo de seguro e firme
de que pertencem ao Senhor (Efésios 1:13).
Já
mostrei aos meus leitores como Deus busca fruto; como os santos de Deus no
mundo formam a plantação dileta do Senhor, assim como foi Israel no Velho
Testamento (Isaías 5); que é Deus que cuida e que rega Sua vinha, a fim de que
cada crente produza fruto (João 15), para a glória de Deus. A igreja em nossos
dias tem mostrado que a maior parte dos seus membros não passa de falsos
crentes; são como o povo de Israel nos dias de Isaías – vinha que produz fruto
amargo. É triste, mas é fato que milhares estão dormindo um gostoso sono em
colchões que pastores e teólogos fabricaram; estão descansando numa paz que não
vem de Deus, porque a salvação que afirmam ter não tem como base a perfeita
justiça de Cristo, mas sim a justiça humana. Em Apocalipse três vemos como o
Senhor aparece para medir a temperatura espiritual desses falsos crentes e
convidá-los ao arrependimento, enquanto o Senhor de compaixão está com Seu
ministério de salvação neste mundo.
Nos
dias do Senhor Jesus aqui na terra haviam milhares de falsos religiosos, eram
homens perversos que na aparência viviam como piedosos e crentes. Os fariseus
eram assim em sua maior parte. Óbvio, tinham muitos homens sinceros e que
procuravam a verdade ali, como o caso de Nicodemos e outros; muitos deles se
converteram quando a pregação alcançou Jerusalém e toda região. Mas, o Senhor
Jesus não cessou de censurar os fariseus por causa de hipocrisia; mesmo
atraindo o intenso ódio deles contra Si, Cristo jamais deixou de falar àqueles
homens, que eles não passavam de impostores, de elementos que usavam a religião
a fim de promover o sucesso, fama e atrair riquezas para eles mesmos. Nosso
Senhor, a respeito deles esclareceu a Seus discípulos que aqueles homens eram
como plantas não advindas de Deus. Então deixou bem claro: “...toda
planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada” (Mateus 15:1).
Ó,
quanto perigo envolve e cerca aqueles que dormitam e tosquenejam num ambiente
religioso! Ó, quanto o Senhor adverte aos falsos crentes! Eles acham que estão
numa situação muito confortável; que estão bem camuflados e blindados e que
nenhum perigo virá contra eles. Mas, o Senhor adverte que quando Ele traz seu
juízo ao mundo Ele inicia tudo na casa Dele; Ele limpa primeiro o lugar do Seu
santuário, antes de punir o mundo; Ele retira da casa Dele toda falsidade, todo
metal impuro, tudo aquilo que causa escândalo contra o reino de Deus e que
estorva a obra de salvação dos eleitos. A igreja de Deus em nossos dias precisa
ser avisada de que há perigos terríveis que rondam os falsos crentes; que o
Senhor está dando tempo, mas que a chegará o momento de arrancar do meio do Seu
povo toda árvores que não produz fruto. O Nome do Senhor está impressa no meio
do povo Dele; os santos Dele representam Sua glória e Sua honra neste mundo e
são agentes Dele para a propagação da verdade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário