“Quanto, porém, aos
covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos
feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será
no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte” (Apocalipse
21:8)
OS IDÓLATRAS: “...aos
idólatras...”
Vou ampliar um pouco mais o assunto
sobre os idólatras, na tentativa de ajudar os crentes, mostrando o quanto Deus
mesmo lida conosco, a fim de arrancar de nós todas essas atividades importunas
ligadas à carne, as quais trouxemos conosco quando nos convertemos a Cristo.
Deus dá ao crente um novo coração que O ama e O teme, mas a natureza pervertida
da carne ainda continua conosco e contra ela nós devemos lutar dia a dia. O
último da carta de 1 João diz: “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos”. Percebe-se
que a idolatria age como se fosse lobos que cercam a presa. Outro detalhe que
aparece no texto é que devemos estar alertas para escapar desse perigo.
Como já mostrei anteriormente em meus
comentários, o quanto Deus condena a idolatria; como lidou com Israel para
arrancar a nação desse sistema satânico e como julgou e ainda julga, punindo
nações inteiras por causa de seus cultos idólatras. Deus lida conosco hoje por
causa da idolatria? Claro que sim! Nosso Senhor trabalha na vida de cada crente
individualmente, a fim de limpá-lo dessa corrupção; a fim de leva-lo à
confiança inteiramente Nele. Tomo a vida de Jacó, porque mesmo depois de ter
sido salvo Jacó não pôs toda confiança inteiramente em seu Deus, pois os traços
daquele velho Jacó ainda estavam ali presentes. Como posso mostrar isso? Vou
mostrar aqui como os sinais de idolatria na vida de Jacó apareceram e como Deus
usou circunstâncias adversas para arrancá-las do Seu servo.
Um dos sinais de idolatria na vida é
quando focalizo num objeto como sendo a fonte do meu amor e quando todo meu
sentimento está voltado àquele objeto e não somente em Deus. Foi assim com
Jacó, pois o centro de todo seu amor ficou concentrado em Raquel. Ele não
estava errado em amar a mulher da vida dele. Acontece que isso fez dele um
homem focado nela, como sendo ela sua felicidade. Então, o que Deus fez? Pela
morte tirou de foco o objeto de sua afeição e felicidade, a fim de trazer um
sofrimento que esmagaria seu ser e assim pudesse ser exatamente o Israel,
representante de uma nação vinda de Deus. Sem esse sofrimento Jacó não seria o
homem de fé que aparece no final de sua vida.
Outro sinal de idolatria é quando faço
de um objeto minha inspiração de felicidade e não em Deus. E foi exatamente
isso o que ocorreu com Jacó em relação ao seu filho José. José para Jacó era o
que ficou de Raquel e ele tornou-se sua real alegria e prazer, a ponto de
ignorar os outros filhos que precisavam do mesmo carinho e atenção. O que Deus
fez? Ele simplesmente arrancou José dali, dando a entender a Jacó que seu filho
fora morto. Notemos como Deus rasgou ainda mais a ferida e deixou que a dor
continuasse por muito tempo. Por anos Jacó ficou sem a revelação de Deus e
durante esses anos pode dar ao Seu servo o triunfo de um coração amoroso, cheio
de fé.
Outro sinal terrível de idolatria está
quando faço de um objeto minha fonte de segurança e isso ocorre quando passo a
confiar nos meus bens, nos pais, num político ou em qualquer outra coisa.
Notemos bem que essas coisas em si mesmas são normais e lícitas. O perigo
quando me afasto de Deus não ponho Nele toda minha confiança, meu refúgio e
fortaleza. Deus sabe como arrancar de nós todas essas coisas que me embaraçam
no viver. Deus sabe como arrancar um emprego, fazer com que ladrões roubem meus
bens e o desespero venha por confiar nos homens. Os crentes foram comprados com
sangue e pertencem a Deus. O Senhor tem prazer em Seus santos, porque eles
estão unidos para sempre em Cristo. Assim, tudo aquilo que passa deve ser
rasgado, mesmo que venham sofrimento e angústia no viver.
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