quarta-feira, 15 de abril de 2020

A VITÓRIA QUE VENCE O MUNDO (14 de 14)



“Daniel resolveu não se contaminar com as finas iguarias do rei, nem como vinho que ele bebia; por isso, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar. E Deus concedeu a Daniel misericórdia e compreensão da parte do chefe dos eunucos” (Daniel 1:6 e 7)
O MISTÉRIO DA FÉ Capítulo 6
        Finalizo a mensagem dizendo que a fé tem uma só fonte de alimentação – Deus: “Minha alma tem sede do Deus vivo”. Nota-se como aqueles homens tinham seus corações centrados no Alto e soberano trono e para lá dirigiam suas orações, firmados numa disposição inflexível de jamais se curvar diante da imposição de satanás mediante os homens. A fé desce em humilhação e a fim de subir em coragem; os homens que creem transformam seus corpos num arco que se curvam e suas petições são como flechas atiradas até ao céu. Que o mundo se cuide quando homens de fé realmente oram e suplicam ao seu Deus. Daniel desceu à cova dos leões, a fim de abrir sepultura para seus inimigos.
        Também, a fé tem sua posição em relação ao mundo – a morte. Foi essa a mensagem de Paulo na carta aos gálatas. Aqui não é nosso lar nem nossa pátria. O nome de cada crente está arrolado no livro de Deus; nosso tesouro está lá, por isso nossos corações sempre direcionam para o alto. O que é o mundo? É o palco onde a morte exibe seus macabros trabalhos. Para Daniel a realidade da vida aqui era a chegada da morte a qualquer instante e as circunstâncias do final estavam com Deus. Para o mundo a morte é o final de tudo, por isso é tomada pelos inimigos como emblema de vitória. Para a fé a morte física marca o começo de felicidade eterna, enquanto para os ímpios torna-se o inicio de sempiterno e indizível sofrimento. Por isso a fé encara a morte com firmeza tal que choca os perversos.
        Também, a morte traz aflição ao coração incrédulo. Foi assim com o rei Dario. Enquanto Daniel tinha absoluto repouso cercado pelos leões, o rei estava aflito, mesmo cercado de favores durante a noite. Onde o Senhor está presente, todo terror e escuridão transformam-se num ambiente de conforto e paz ao coração: “Seguro estou, não temo o temor do mal, sim guardado pela fé em meu Jesus!”. É mais do que isso, pois a fé tem sua herança na ressurreição. O conforto, as honras e todo luxo aqui na terra são como sombra que passa. Tudo aqui é desfeito e o tempo se encarrega de dar seus golpes destruindo toda aparência. A realidade das coisas vai mostrar que a consistência de tudo virá na ressurreição, por esse fato aqueles homens não temiam nada, a não ser o Senhor.
        A fé também traz consigo sua arma de defesa. Daniel não buscou defender-se antes, pois deixou com Deus, uma vez que não foi levado a um julgamento. Assim que a justiça veio, então pode abrir sua boca e dizer ao rei sobre sua inocência. As palavras de um justo vêm como sol que irradia um ambiente outrora infestado de pragas devido a escuridão. O céu desceu à terra e era Deus mostrando Sua justiça na defesa de um servo e para o juízo dos inimigos. O palácio na babilônia pode assistir o real julgamento de um Deus que livra o inocente e pune o culpado. Para Daniel a experiência foi morte, sepultamento e ressurreição.
        Também, a fé traz a lume a mensagem de salvação e de juízo. O Deus de Daniel estava presente, anunciando ali que Ele é o Deus que salva e que pune. As lições experimentadas pelos 3 amigos, por Nabucodonosor e por Belsazar não foram suficientes. Agora é o momento amargo para a incredulidade enfrentar a ira de Deus, quando aqueles homens com todas as suas famílias partiram para a eternidade de terror. Enfim, a glória de Deus foi proclamada ali na Babilônia, exatamente como Deus mesmo diz: “Sou glorificado entre as nações, serei glorificado na terra” (Salmo 46). Esse é o propósito da fé que foi entregue aos santos, pois por meio da fé Deus é exaltado, mostrando Sua força em salvar e punir um mundo culpado. Glórias ao Seu nome!

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