“Jesus
lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje tu estarás comigo no Paraíso” (Lucas
23:43)
APRESENTOU-SE
NA FORÇA DA REDENÇÃO: “...hoje estarás comigo...”
Nosso Senhor em Sua sublime e operante
graça mostrou ali na cruz quão gloriosa é a salvação que Ele traz ao pecador. O
que ocorreu ali foi algo que o mundo não pode assistir e jamais poderá
entender. Ali na cruz, em prática estava aquilo que Paulo fala na primeira
carta aos corintos: “A loucura da cruz”. Sozinho o Salvador trouxe perfeita
salvação num ato instantâneo àquele pobre pecador. O que falar mais? Eis aí a
mais poderosa mensagem que os homens deste mundo devem escutar. Davi, o grande
rei de Israel em suas jornadas de guerra sempre precisou de seus heróis, mas
Cristo não teve qualquer herói que O pudesse sequer acompanha-Lo. Davi sofreu
sede, mas teve os 3 valentes que foram tirar agua da cisterna em Belém, a
despeito dos inimigos. Cristo passou sede, para ser Ele mesmo a fonte de agua
viva. Ali na cruz supriu tudo o que aquela alma precisava para a eternidade de
glória. Ali tudo aquele moço recebeu para ser aceito no céu.
Nosso Senhor também ignorou todos os
inimigos e desafiou tais inimigos. Ele veio ao mundo lidar com as almas,
enquanto o mundo lida com corpos mortais. O mundo ameaça com morte física,
enquanto Deus é poderoso para destruir corpo e alma, lançando-os no inferno.
Desejo mostrar aqui como foi que nosso Senhor encarou e desafiou tudo para
arrancar aquela alma da destruição eterna tão merecida.
Nosso Senhor determinou o tempo do
triunfo: “... hoje mesmo...”. O Senhor não pediu permissão quanto ao tempo da
salvação daquela alma. O dia da Sua morte era também o dia da salvação. O dia
do Seu brado de vitória contra o diabo que tanto prendeu aquela alma no pecado,
era também o dia quando Ele tomaria aquela alma para arranca-la das prisões do
pecado e leva-la livre para o Paraíso eterno. O dia em que Ele entraria para
derrotar o inferno e proclamar que os salvos jamais cairiam lá, era também o
dia quando Ele haveria de tomar aquela alma em Sua mão forte, a fim de puxá-la
para cima. Enquanto o mundo reunido em torno da cruz cantava a aparente vitória
das trevas, eis que os céus proclamavam
louvor a Deus por causa de um pecador que se arrependeu.
Nosso Senhor também puxou a distância
do Paraíso. O que parecia distante e impossível, agora ficou perto e possível.
Aquele que antes só tinha possibilidade de descer para o inferno, agora poderia
subir com asas de águias para o lugar eterno dos santos. Como chegar lá? Foi
simples, pois aquela alma ficou completamente livre de todo peso do pecado,
mediante a purificação e agora, à semelhança de todos quantos chegaram lá podia
também subir. A morte já tinha suas mãos postas na cabeça e segurado suas mãos
para puxar aquela alma para baixo, mas ali estava não um mero salvador terreno,
mas sim Aquele que veio do céu para realmente salvar com tão grande salvação.
Finalmente, o Senhor abraçou o perdido
e cancelou as expectativas do inferno. Noutras palavras Ele estava dizendo aos
ouvidos daquele homem: “Com amor eterno eu te amei”. Que fantástica obra! Como
Jesus amou o perdido! Que imensidão de amor! Seus braços foram estendidos para
abraçar uma alma que antes estava subordinada ao mundo cruel e esperando o
golpe fatídico da ira de Deus. Nosso Senhor simplesmente cancelou as expectativas
do inferno. Os homens no pecado são fregueses da perdição e o inferno é como um
crocodilo que espera uma presa cair na agua. Mas o forte defensor veio naquele
momento para arrancar aquela alma das goelas infernais, a fim de leva-la para
os braços do amor eterno daquele que nos escolheu antes da fundação do mundo. “Ó
que amor glorioso, preço tão grandioso, que Jesus por mim na cruz pagou!”
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