“Jesus lhe respondeu:
Em verdade te digo que hoje tu estarás comigo no Paraíso” (Lucas 23:43)
INTRODUÇÃO:
Querido leito, para mim não há maior
prazer, senão falar sobre a fé e a graça! Normalmente jogamos lixo fora, não
tesouros. Quanto aos tesouros de Deus revelados aos homens, tais tesouros são desprezíveis
e desprezados pelos homens mundanos, assim como os israelitas desprezaram o
maná que veio do céu. Esses tesouros de Deus são vistos em toda Palavra e a
igreja cheia de fé inunda seu ser com a graça salvadora. No verso anterior: “Lembra-te
de mim quanto entrares no teu reino”, a fé foi bem destacada em seu milagre,
sua força e sua plena e completa vitória. Mas ela não se exalta acima da graça
salvadora, ela é submissa, mas vitoriosa. O que aquele moço buscou conseguiria
achar? Nosso Senhor estaria pronto para ouvir seu clamor? Pela lei santa e
justa aquele moço merecia a punição pelos seus erros, por isso a prisão
perpétua lhe aguardava com ansiedade. Mas ali estava ao seu lado o Salvador
bendito, e foi ali que a alma aflita achou descanso, repouso e salvação.
“Ó Jesus, achei
descanso em teu terno coração
É manancial de gozo e consolação.
Já cheguei a contemplar-te e minha alma se
inundou
Com a refulgente graça que ela em Ti se achou!”
Da mesma maneira que dispomo-nos para
averiguar as maravilhas da fé, devemos muito mais ver como a graça brilha
intensamente quando Deus encontra um pecador em desesperada busca pela
salvação. A luz é um tesouro preciosíssimo e sabemos dessa verdade quando
passamos muito tempo sem ela. Naquele momento toda ocupação é voltada para o
acontecimento marcante da crucificação é voltada para o desdobrar-se da
maravilhosa graça salvadora em salvar um perdido pecador!
O que aconteceu ali? Vemos o espetáculo
da tão grande salvação, “pois o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido”.
Enquanto satanás realiza sua festa perversa, o espetáculo que o mundo e as
potestades do mal querem assistir, eis que o céu festeja a eterna redenção,
pois do mundo o filho mau voltou. Que maravilhoso encontro ocorrido na cruz!
Por que não ocorreu quando o Senhor andava livremente pelas ruas das cidades de
Judá? A resposta é que aprouve o Senhor que a esse ato de luz ocorresse no meio
da escuridão espessa de sofrimento; que a alegria eterna enchesse uma alma
sofredora e confessa e que o Senhor estendesse a força da Sua Palavra para
salvar o perdido e o recepcionasse no céu naquele mesmo dia. Não há um
acontecimento mais majestoso do que o encontro entre a graça e a fé, porque são
coisas jamais vistas aqui. Não há neste mundo qualquer sinal de compaixão, amor
nem justiça.
O mundo não tem qualquer poder para
enviar alguém para os altos céus, mas sim para empurrar os homens para o
abismo. Mas ali estava o Salvador, desprezado por este sistema cruel. O mundo
não quis o forte braço do Senhor; não quis aquele que provou ser a fonte da
bondade, da vida, da justiça e do amor perfeito. O mundo ingrato quer esmagar
as excelências da provisão graciosa de Deus, como foram mostradas através do
Servo de Jeová. Mas, o que importa? Nosso Senhor veio cumprir a vontade do Pai
e foi essa vontade santa que o Pai lhe confiou os eleitos. O mundo vil não
queria, nem quer nem vai querer nada do céu, mas Deus tem Sua vontade e é da
vontade que todos os pecadores por quem o Filho morreu sejam salvos. Qual é o
braço forte daqui que pode superar o onipotente braço do Senhor? Foi provado na
cruz que o grande Salvador enviado do céu realmente salva e o faz seguindo a
vontade do Pai: “Terei misericórdia de quem eu quiser ter misericórdia” e foi
assim que a graça atingiu em cheio um vil pecador, para tira-lo da perdição
merecida e dar-lhe o Paraiso imerecido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário