terça-feira, 14 de abril de 2020

GRANDE ENCONTRO DA GRAÇA COM A FÉ (1)


           
“Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje tu estarás comigo no Paraíso” (Lucas 23:43)
      INTRODUÇÃO:
        Querido leito, para mim não há maior prazer, senão falar sobre a fé e a graça! Normalmente jogamos lixo fora, não tesouros. Quanto aos tesouros de Deus revelados aos homens, tais tesouros são desprezíveis e desprezados pelos homens mundanos, assim como os israelitas desprezaram o maná que veio do céu. Esses tesouros de Deus são vistos em toda Palavra e a igreja cheia de fé inunda seu ser com a graça salvadora. No verso anterior: “Lembra-te de mim quanto entrares no teu reino”, a fé foi bem destacada em seu milagre, sua força e sua plena e completa vitória. Mas ela não se exalta acima da graça salvadora, ela é submissa, mas vitoriosa. O que aquele moço buscou conseguiria achar? Nosso Senhor estaria pronto para ouvir seu clamor? Pela lei santa e justa aquele moço merecia a punição pelos seus erros, por isso a prisão perpétua lhe aguardava com ansiedade. Mas ali estava ao seu lado o Salvador bendito, e foi ali que a alma aflita achou descanso, repouso e salvação.
                               “Ó Jesus, achei descanso em teu terno coração
                                É manancial de gozo e consolação.
                                Já cheguei a contemplar-te e minha alma se inundou
                                Com a refulgente graça que ela em Ti se achou!”
        Da mesma maneira que dispomo-nos para averiguar as maravilhas da fé, devemos muito mais ver como a graça brilha intensamente quando Deus encontra um pecador em desesperada busca pela salvação. A luz é um tesouro preciosíssimo e sabemos dessa verdade quando passamos muito tempo sem ela. Naquele momento toda ocupação é voltada para o acontecimento marcante da crucificação é voltada para o desdobrar-se da maravilhosa graça salvadora em salvar um perdido pecador!
        O que aconteceu ali? Vemos o espetáculo da tão grande salvação, “pois o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido”. Enquanto satanás realiza sua festa perversa, o espetáculo que o mundo e as potestades do mal querem assistir, eis que o céu festeja a eterna redenção, pois do mundo o filho mau voltou. Que maravilhoso encontro ocorrido na cruz! Por que não ocorreu quando o Senhor andava livremente pelas ruas das cidades de Judá? A resposta é que aprouve o Senhor que a esse ato de luz ocorresse no meio da escuridão espessa de sofrimento; que a alegria eterna enchesse uma alma sofredora e confessa e que o Senhor estendesse a força da Sua Palavra para salvar o perdido e o recepcionasse no céu naquele mesmo dia. Não há um acontecimento mais majestoso do que o encontro entre a graça e a fé, porque são coisas jamais vistas aqui. Não há neste mundo qualquer sinal de compaixão, amor nem justiça.
        O mundo não tem qualquer poder para enviar alguém para os altos céus, mas sim para empurrar os homens para o abismo. Mas ali estava o Salvador, desprezado por este sistema cruel. O mundo não quis o forte braço do Senhor; não quis aquele que provou ser a fonte da bondade, da vida, da justiça e do amor perfeito. O mundo ingrato quer esmagar as excelências da provisão graciosa de Deus, como foram mostradas através do Servo de Jeová. Mas, o que importa? Nosso Senhor veio cumprir a vontade do Pai e foi essa vontade santa que o Pai lhe confiou os eleitos. O mundo vil não queria, nem quer nem vai querer nada do céu, mas Deus tem Sua vontade e é da vontade que todos os pecadores por quem o Filho morreu sejam salvos. Qual é o braço forte daqui que pode superar o onipotente braço do Senhor? Foi provado na cruz que o grande Salvador enviado do céu realmente salva e o faz seguindo a vontade do Pai: “Terei misericórdia de quem eu quiser ter misericórdia” e foi assim que a graça atingiu em cheio um vil pecador, para tira-lo da perdição merecida e dar-lhe o Paraiso imerecido.

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