“Daniel resolveu não se contaminar com as finas iguarias do rei, nem
como vinho que ele bebia; por isso, pediu ao chefe dos eunucos que lhe
permitisse não se contaminar. E Deus concedeu a Daniel misericórdia e
compreensão da parte do chefe dos eunucos” (Daniel 1:6 e 7)
A DENÚNCIA DA FÉ. Cap. 5
Entraremos
agora aos ensinos práticos do capítulo 5. Nem sempre Deus traz à lume Suas
palavras de misericórdia aos homens. Com Nabucodonosor Ele estendeu Sua graça,
como se fosse uma corda descendo do céu à terra, a fim de mudar um coração
embrutecido num novo coração e assim fazer da fonte da iniquidade um local de
louvores, como lemos nas palavras de adoração daquele homem. Que final
emocionante acerca do reino de Nabucodonosor! Que triunfo da fé viva e que
grandiosidade da graça em Suas artes milagrosas no meio dos homens!
Mas nem
sempre Deus revela Seus atos de salvação, porque Ele é adorado tanto em salvar,
como é em punir. Lidamos com o Soberano Deus, o qual diz que terá misericórdia
de quem Ele quiser. No capítulo 5 irradia a glória do santo, puro e justo juízo
do Senhor e nisso a fé aparece também vitoriosamente. Nota-se que a morte de
Nabucodonosor fez com que Daniel ficasse apagado no reinado de Belsazar.
Elementos ímpios não se aproximam dos sábios, e se houver uma chance eles hão
de eliminar os santos do Senhor. Mas Deus sempre deixou suas “ferramentas”
guardadas para a ocasião própria e a fé é como uma lanterna que é procurada
quando a escuridão exige um pouco de claridade.
No
capítulo 6 nós vemos onde os homens podem chegar desafiando a Deus, e mesmos os
acontecimentos que ocorreram não servem para avivar os iníquos no temor do
Senhor. Deixados sós os homens estão prontos a mergulhar nas mais profundas
atividades pecaminosas. Belsazar foi longe ao portar-se com altivez, desafiando
o Rei dos céus; sem dúvidas sabia da vitória dos judeus nos dias de seu pai,
por isso agora chegou o momento de mostrar que estava pronto a encarar Deus e
provar que o Senhor dos judeus não era forte. Por isso tomou os vasos do templo
que foram trazidos de Jerusalém para Babilônia, a fim de realizar seu carnaval
com os funcionários. Não houve qualquer ameaça de morte a quem se opusesse,
somente queria mostrar que o caminho estava livre para fazer o que bem queria,
sem que nenhuma divindade viesse lhe importunar. Os vasos sagrados que foram
trazidos de Jerusalém eram santificados, mesmo estando distante; foram
dedicados ao serviço do Senhor, feito pelos sacerdotes. Mas agora estão nas
mãos de elementos vis e blasfemos; mãos sujas manusearam, a fim de promover
suas festas de impurezas e abominações, ao invés de ações de graças.
Uma lição
que precisamos aprender no tocante às coisas santas de Deus é que Ele mesmo
entra em vingança contra os que pervertem Seu nome, adorando seus ídolos. Eli
estava mais preocupado com a Arca do Senhor do que com os filhos rebeldes dele.
Mas Deus fez com que a Arca fosse parar nas mãos dos filisteus, a fim de que
longe de Israel Deus mostrasse que Ele vela pelo Seu Nome e vindica Sua
santidade (1 Samuel 6). Os homens deste mundo devem saber que Deus não precisa
de defensores para si, porque Ele mesmo, no tempo certo se ergue contra os
perversos para puni-los com os horrores da Sua ira. Esse acontecimento foi
marcante e registrado pelo Autor das Escrituras, a fim de que ficasse gravado
para sempre que Deus é glorioso. A história mostra o quanto Deus lidou com
terror contra aqueles que desafiaram Sua glória e santidade. Deus tem Sua hora
marcada para chegar e enfrentar o inimigo, como um valente que surpreende seu
adversário. Milhares de “Belsazares” tiveram suas vidas arrancadas com súbito
terror, porque se acharam fortes para enfrentar o Rei dos reis e Senhor dos
senhores. O capítulo 6 de Daniel deve servir para nosso ensino e nos levar a um
santo temor, porquanto o Deus de Daniel é o mesmo Deus forte e poderoso agora e
o será para sempre.
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