“Daniel resolveu não se contaminar com as finas iguarias do rei, nem
como vinho que ele bebia; por isso, pediu ao chefe dos eunucos que lhe
permitisse não se contaminar. E Deus concedeu a Daniel misericórdia e
compreensão da parte do chefe dos eunucos” (Daniel 1:6 e 7)
A CONQUISTA DA FÉ (capítulo 4)
Visto que
a vitória que vence o mundo é a fé, então é de se esperar que ela será sempre
conquistadora. Ora sempre foi assim com os que creram e há de ser assim, por
isso os heróis da fé estão constados como os grandes conquistadores do céu na
terra. A própria fé, quando é forte e decidida em honrar a, passa a ter uma
função evangelística. Se os que creem conseguem conquistar o coração de Deus,
quanto mais conquistam no reino dos homens. Pois é exatamente isso o que vemos
no capítulo 4 do livro de Daniel. Até o capítulo anterior vimos como é o homem
cheio de orgulho, de ódio e com função ditatorial, ignorando o trono de Deus.
Até o capítulo 3 o rei se humilha perante a fé, mas não perante Deus.
No
primeiro capítulo vemos como o rei cede aos 3 jovens, porque vê excelência no
caráter, na aparência e na postura. Noutras palavras, o rei é derrotado em suas
convicções sobre alimentação. No segundo capítulo vemos o rei reconhecendo que
o Deus de Daniel é grandioso e é derrotado em sua arrogância de achar que não
havia alguém capaz de superar os magos, interpretando o sonho. Mas não há
quebrantamento, porque ele apenas eleva Daniel a uma posição superior. No
terceiro capítulo, com a vitória dos 3 jovens na fornalha, a impressão que dá é
que o rei mudou sua atitude em relação a Deus, mas o que realmente ocorreu é
que ele cedeu à fé, reconhecendo que o Deus daqueles homens era de fato o
verdadeiro Deus, mas foi derrotado ao achar que não havia alguém capaz de
livrar seres humanos de suas mãos. Mas isso não muda os homens em relação a
Deus. Acabe cedeu a Elias porque estava consciente que o Deus do profeta
realmente faria o que predissera. Seu comportamento de humilhação foi externo e
não interno (1 Reis 22).
Mas é no
capítulo 4 que vemos o quanto a fé não cede, pois sua intenção é a glória de
Deus. Os que não creem são sempre mutáveis. A fé verdadeira é sempre constante.
Notamos que o rei, após seu sonho ficou com receio de chamar Daniel
imediatamente. Apesar de mais humilde, sua humildade é horizontal e não
vertical; ele se torna servo de Daniel, mas não de Deus voluntariamente. Entretanto
houve melhoras, pois não tem mais a atitude de ódio e de ditador; agora chama
os sábios e reconhece o fracasso deles e que não havia alternativa, senão
chamar Daniel. Mas a fé não terminou o serviço, pois a finalidade da fé é levar
o homem a estar convencido do pecado, da justiça e do juízo. A fé não quer a coroa
da fama e da glória em sua cabeça, pois a glória pertence a Deus; Daniel não
buscou recompensas do rei, caso contrário seria um devedor do rei, estaria lá
em baixo e não lá em cima. A fé espera em Deus os resultados de suas ações no
meio dos homens. Foi assim que Daniel pode mostrar ao rei o que aconteceria com
ele, caso não reconhecesse a supremacia celestial e os resultados foram
terríveis, mas com final glorioso na vida daquele monarca e Deus foi
glorificado através da boca de um pagão cruel.
Nós
estamos no mundo para as grandes conquistas da fé. Quantos atos de Deus por
meio de crentes simples, mas firmes! Quantos resistiram o mal, mantiveram fieis
ao Senhor no meio das provas e Deus os recompensou de forma maravilhosa. A
tristeza atual é ver o quanto faltam homens e mulheres que realmente creem.
Muitos fogem diante das pressões de um mundo moderno, atraente e confortável. A
realidade de nossos dias é que faltam homens e mulheres cujos corações estão
firmados no Senhor, que não se curvam diante do mundo e que levam a sério a
palavra de Deus no viver. Que o Senhor venha com Sua compaixão encher esta
sociedade de elementos que brilham aqui para a glória Dele.
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