terça-feira, 9 de abril de 2019

FILHOS DA DESOBEDIÊNCIA (7)



“E entre eles, também todos nós andávamos no passado, segundo as inclinações da nossa carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais” (Efésios 2:3)
FILHOS DA DESOBEDIÊNCIA. PROVADO NOS ATOS “espírito que atua...”
        Não há como descobrir os filhos da desobediência, senão mediante a Palavra de um Deus que revela o coração. Não há um lugar mais secreto do que o coração do homem. Ali reina o pecado com todas as suas manobras de mentiras e dolo, de tal maneira que nem mesmo o homem é iludido pelas artimanhas do seu próprio coração. Aliás, essa é a função da palavra, quando ela é difundida em forma de pregação. Quando Paulo pregou em Atenas (cidade grega), o apóstolo não deixou por menos e atacou a idolatria daquele povo, mostrando que a ignorância deles não os inocentava, livrando-os do juízo vindouro. Era necessário da parte deles arrependimento (Atos 17:29 e 30).
        Também, facilmente podemos perceber o quanto os filhos da desobediência têm seus corpos consagrados à serviço do pecado. Façamos a diferença entre os filhos da obediência e os filhos da desobediência. Notemos como Deus dá certas ordens aos crentes, porque eles não somente eles podem fazer, como também querem fazer. Ordens, como lançar fora a ira, ofensas, palavras torpes, vingança e outras atividades semelhantes. Percebemos que para o crente lançar fora de suas vidas essas coisas, eles obedecem e luta contra esses trapos da vida antiga. Mas é impossível que um filho da desobediência consiga livrar-se dessas manobras do pecado.
        Se pudéssemos olhar para os judeus nos dias de Cristo, teríamos uma opinião diferente da do Senhor. Aquele povo era religioso, sofrido e buscava uma condição social melhor para a nação. Mas nosso Senhor os chamou de “filhos do diabo” (João 8:44) e disse claramente que eles eram assassinos. Nosso Senhor afirma no texto que eles não passavam de pobres escravos do pecado. Outrora a nação serviu como escravos de Faraó no Egito, mas agora o Senhor está mostrando a eles que a escravidão do pecado é imensamente pior e encoberta. Suas bocas estavam prontas para dizer blasfêmias; seus pés eram, de fato velozes para assassinar o Senhor e o Seus servos, como tentaram sempre fazer; em seus corações eles amavam qualquer mentira religiosa que chegasse para favorecer-lhes (João 8:45).
        Assim vemos o quanto os filhos da desobediência estão em plena disposição para servir a iniquidade. Não há como consagrar-se para Deus e ao mesmo tempo estar consagrado ao pecado. Mesmo que não vemos uma escravidão a um vício ou outras atividades feias do pecado, a escravidão, entretanto é a mesma. Em Sodoma e Gomorra nem toda população fazia o que praticavam os sodomitas ali, mas todos trabalhavam unanimemente para o bem de todos; todos concordavam com o mal, porque o ambiente social era sustentado com o trabalho de todos. É lógico que a mulher de Ló não praticava o que aqueles homens perversos faziam, mas ela amava aquele lugar; seu coração estava lá e de fato morreu em seus pecados, juntamente com a população querida dela.
        Se a alma não foi invadida pela gloriosa salvação que há no Filho de Deus, então é certo que a pessoa viverá aqui à serviço consagrado ao pecado. Sua boca, seus pés, mãos, mente, olhos, emoções, enfim todo ser, tudo será dedicado exclusivamente ao pecado. No pecado não há como servir a Deus, mesmo numa igreja, empunhando uma bíblia ou noutras atividades religiosas. O pecado não se afasta do homem, a não ser quando pela ordem do Salvador é retirado em seu domínio para sempre. Sob esse tirano domínio todo o ser do homem está fixado nesse ambiente de engano, mentira e de perigos imperceptíveis, até que Cristo chegue para reinar ali.

Nenhum comentário: