sexta-feira, 12 de abril de 2019

FILHOS DA DESOBEDIÊNCIA (10)


                              
“E entre eles, também todos nós andávamos no passado, segundo as inclinações da nossa carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais” (Efésios 2:3)
QUANDO O HOMEM SE TORNA FILHO DA OBEDIENCIA.
            Como filhos da desobediência os homens provam a veracidade da depravação e da condição de incapacidade de salvar-se a si mesmo. Como filhos da desobediência os homens são vistos nessa condição, devido sua natureza e não porque praticou determinados atos feios e desastrosos no viver. Enquanto olhamos as coisas segundo as aparências, eis que o Senhor nos mostra do ponto de vista Dele. Precisamos aprender à luz da lógica também. Jamais diríamos que um filhote de cascavel não é perigosa, só porque parece inofensivo. Não diríamos que um porco tem natureza de ovelha, só porque nunca foi para a lama.
            Por mais que um homem seja bonzinho, aparentemente religioso e de bons costumes, não significa que tem a natureza divina nele. Meus três filhos têm a mesma natureza minha, porque foram gerados por mim; parecem comigo e com a mãe deles. A mesma verdade, de modo perfeito é aplicada aos filhos de Deus, fazendo diferença com os filhos da desobediência. Deus nunca há de tratar os não nascidos de novo como Seus filhos, porque eles não têm a natureza divina. Tiago afirma essa verdade em sua carta: “Segundo a Sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade...” (Tiago 1:18). Percebemos o quanto a palavra de Deus nos ensina com coerência esse fato. Segundo a opinião de muitos os homens são filhos de Deus porque eles quiseram ser filhos Dele. Mas a verdade é que entra a vontade soberana de Deus: “...segundo a Sua vontade...”.
            Notemos bem que é Deus quem gera Seus filhos e não nossa disposição para isso. É essa a doutrina do novo nascimento e isso nada tem a ver com nascimento natural. Pedro afirma em sua segunda carta que fomos resgatados da nossa vã maneira de viver na qual fomos gerados pelos nossos pais (1 Pedro 1:18, e no verso 23 que fomos regenerados pela palavra de Deus, semente viva e permanente. Assim entendemos que há real diferença entre os “filhos da desobediência” e os “filhos da obediência”. Toda luta do diabo neste mundo é fazer com que todos os homens se sintam como fossem filhos de Deus. Por essa razão a mensagem do evangelho deve ser pregada e a função da palavra é agir como semente. Eu posso pregar, lançar a verdade aos corações, mas não posso vivificar a palavra. Quando eu era pequeno costumava pegar semente de feijão ou de milho e plantava, e após alguns dias queria ver o que tinha acontecido. Às vezes não brotava, mas a inquietude infantil me levava a escavar e perceber como estava a semente.
            Paulo fala acerca dos crentes que eles, tendo ouvido a verdade e crido foram salvos (Efésios 1:13). Estou enfatizando isso, a fim de que saibamos que se não houver esse processo de milagre da vivificação na vida de alguém, certamente ele não é filho da obediência. Sua condição é a mesma desde seu nascimento. Acontece muitos com pais crentes, os quais acreditam que seus filhos, sendo filhos de crentes e levados desde cedo para a igreja, automaticamente são crentes. Mas isso não passa de engano. Eu mesmo tive a experiência de ser levado para os cultos numa igreja batista, mas não era  um crente. Participava dos cultos, mas meu coração não estava na adoração a Deus. Passei a ser um crente quando me converti de todo coração, passando a amar a palavra de Deus.
            A ordem de Deus a todos os homens permanece inalterável: “Arrependei-vos e convertei-vos, para que sejam cancelados os vossos pecados...” (Atos 3:19). Assim acontece o que o Senhor afirma: “Necessário vos é nascer de novo” (João 3:7).

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