terça-feira, 16 de abril de 2019

FILHOS DA DESOBEDIÊNCIA (11 de 11)



“E entre eles, também todos nós andávamos no passado, segundo as inclinações da nossa carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais” (Efésios 2:3)
QUANDO O HOMEM SE TORNA FILHO DA OBEDIENCIA.
        Ninguém nasce crente, todos nós nascemos como filhos da desobediência e é exatamente isso que Paulo transmite aos crentes em Efésios 2: “...e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais”. Ignorar tal verdade traz sérios problemas no viver. Tenho visto muitos pais crentes tratarem seus filhos como se eles fossem crentes também. O fato que eles são levados à igreja, não significa que serão levados para o céu um dia. Os pais devem saber que se seus filhos não foram salvos pela graça, um dia deixarão o colo deles para correr em direção ao mundo que tanto amam. O sacerdote Eli esqueceu desse fato e seus filhos Hofni e Finéias amarguraram a vida e o ministério dele (1 Samuel capítulos 1 ao 5). Alguns também acreditam que o pertencer a uma igreja faz deles filhos de Deus. Mas isso pode ser um engano letal à alma. A única prova que sou realmente um crente, nascido de novo, portanto, filho de Deus é que há uma nova natureza em mim disposta a obedecer a Deus. Desobediência voluntária e contínua é prova clara que continuo sendo um filho da desobediência.
        Assim, definimos com certeza que somente os salvos são chamados de filhos da obediência, porque estão ligados a Cristo. Quando isso ocorre? No ato da conversão! Por meio da pregação Deus aprouve chamar os pecadores ao arrependimento. Foi assim desde o início do evangelho no pentecostes (Atos 2). A ordem suprema do Senhor aos Seus servos foi que eles fossem pelo mundo inteiro e pregassem o evangelho a toda criatura. A mensagem da santa reconciliação com Deus vem pela mensagem pregada com fidelidade pelos arautos celestiais. É triste ver como a pregação da cruz foi basicamente anulada e que as mensagens de hoje estão mais envolvidas com entretenimentos intelectuais ou emocionais. Por essa razão é quase impossível achar pecadores; os evangélicos saudaram o mundo com práticas aceitáveis pelos mundanos, de tal maneira que eles se adaptam aos cultos facilmente.
        Lembremos bem que o evangelho anuncia que os homens são incapazes de serem salvos; que os pensamentos deles não são de Deus; que os caminhos deles não são os caminhos santos do Senhor (Isaías 55). A obra soberana do Senhor atua onde os homens se humilham e clamam por salvação. Deus atua em mudar corações, em tirar o obstinado e duro coração do homem e dar-lhe um novo coração que leva o homem a temer a Ele constantemente. O Senhor é o único que pode fazer essa santa cirurgia, tirando o ímpio, perverso e mundano coração, para por no peito de um salvo um coração que obedece a Deus. Que fantástica obra! Porventura, Ele não tem exibido as amostras dessa graça durante os séculos? Não podemos ver isso em nossas próprias vidas? Obviamente o mundo não percebe, não entende nem aceita isso. O que é loucura para o mundo, para os salvos é motivo de festa.
        Que santo apelo Deus faz aos homens! Como é que os desobedientes conseguem ser obedientes? Olha Zaqueu (Lucas 19) e veja ali alguém que mostra onde o pecado nos colocou e onde a graça coloca. A vida de desobediência é o resultado da queda em Adão; mostram os traços corruptos de nossa natureza e como seguimos com prazer o curso movido pelo príncipe deste mundo. Mas o viver obediente mostra o que o Senhor pelo Seu povo na cruz. O ajuntamentos de homens como eu, Paulo, o ladrão na cruz, Zaqueu e outros milhões indicam que Deus opera maravilhas. Até mesmo nosso pai na fé – Abraão, foi tirado de um ambiente infame, da idolatria, para seguir o curso de obediência a Deus. Obra feita pela operante graça. Glória e aleluia ao Redentor!

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