“Reina o Senhor;
regozije-se a terra; alegrem-se as muitas ilhas” (Salmo 97:1)
O QUE ISSO SIGNIFICA.
Significa também que, apesar da
mentalidade deste mundo religiosamente enganador e enganado, nós os crentes
devemos nos conscientizar, crescer e dinamizar nossa fé nesse tema tão crucial.
O mundo sempre foi voltado ao humanismo, desde a entrada do pecado. Quando
satanás tentou a mulher, toda tentação envolveu esse espírito de mentira, de
que Deus foi cruel na criação e que cada ser humano pode ser um deus em
particular. Aliás, a queda é essencialmente uma busca por uma divindade fora do
verdadeiro Deus. Foi assim com Lúcifer, foi assim na queda e é mostrado isso em
cada ser humano que entra neste mundo. Se quisermos escapar desse perigo sutil
que tanto circula ao nosso derredor, como uma serpente constritora, é necessário
que envolvamo-nos com o conhecimento do fato que Reina o Senhor. Se formos
levados por nossa natureza pervertida, mundana, egoísta e carnal, certamente
vigorarão as artes da maldade em nosso viver.
Do que devemos nos conscientizar? Do
fato que pertencemos a um Reino – o Reino do céu. Não podemos estar em dois
reinos ao mesmo tempo. Não podemos amar e servir ao Senhor e ao mesmo tempo
consagrar nosso ser ao sistema mentiroso e ilusório deste mundo. A conversão
abre os olhos do homem para que ele veja essa diferença. Uma persistência de
amor e serviço ao mundo, sem que nada de afeto e prazer pelo reino de Deus é
sinal claro da ausência da graça no viver. Digo mais que essa percepção é pela
fé. O que é a fé? Não hesito em afirmar que é o homem nascido de novo, o homem
do coração que passa a ver o que jamais vira antes. A visão da fé é visão
correta, porque o crente passa a ver o invisível; a glória de Deus e todas as
maravilhas da tão grande salvação ocupam seu campo visual.
É claro que ele vê o mundo, seu lugar de
atividades aqui, suas devidas responsabilidades, etc. mas tudo é visto agora a
partir da glória de Deus. É exatamente isso o que diz Romanos 3:23: “Todos
pecaram e destituídos estão da glória de Deus”. Mas quando acontece a salvação,
eis que tudo muda, por isso: “...regozijamos na esperança da glória de Deus”.
Notamos bem esse ensino em Israel, porque quando o povo foi tirado do Egito,
era para que imediatamente pudessem ver que havia outro reino, uma liderança
celestial, sólida, segura e santa estava à frente daquele povo. Antes o reinado
estava sob a chefia de satanás através de Faraó, mas doravante tudo seria
diferente. A fé visualizava aqui e os verdadeiros israelitas obedeciam de
coração, mas os rebeldes sempre se voltavam contra a liderança do Senhor.
Acima de tudo, nossa compreensão do
reinado do Senhor deve nos humilhar. Acho admirável a postura de Davi no
reinado dele. Que real diferença entre ele e Saul! Este era um político, pois
queria, reinado, nome e fama para si e para sua família. Mostrou isso não
obedecendo a Deus. Israel era o povo de Deus e os reis eram colocados por
Aquele que reinava do céu sobre Seu povo. Por essa razão a obediência às ordens
de Deus deveriam ser atendidas de coração. A ordem que veio para matar todos os
amalequitas (1 Samuel 15) veio de Deus. Mas para Saul isso era inadmissível,
por isso não obedeceu e foi rejeitado.
No caso de Davi foi diferente, porque
procurou reina como um servo; pode se humilhar e agir com justiça. Aquele
pecado cometido contra Bate-Seba e Urias foi uma clara demonstração de que
quando o crente cai em pecado ele está demonstrando que não aceita o Reino do
Senhor. No caso de Davi os resultados foram avassaladores sobre sua vida,
família e reinado. Que o Senhor use de compaixão com nossas pobres vidas
enquanto aqui vivermos. Que tornemo-nos já servos e súditos daquele que reina
sobre tudo e sobre todos.
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