“Reina o Senhor;
regozije-se a terra; alegrem-se as muitas ilhas” (Salmo 97:1)
OS CRENTES EM FACE DO
REINO DE DEUS.
Finalizo a exposição desse verso
mostrando de forma mais profunda, como essa verdade tem uma aplicação
maravilhosa e de grande proveito na vida de cada crente. Devemos entender que
não há um crente sequer que não participe do reino do Senhor. Não há meio
termo; não há possibilidade de pertencer ao mundo e ao mesmo tempo pertencer ao
reino celestial. O crente foi tirado das trevas para a maravilhosa luz; foi
tirado da escravidão mundana para a liberdade dos filhos de Deus. Quando Israel
foi arrancado do Egito pela poderosa mão de Deus, o mar vermelho foi a marca da
separação, para que a nação nunca mais voltasse para lá e se tinha alguns que
queriam tomar o caminho de volta é porque não pertenciam ao povo de Deus.
Então, é claro que os crentes formam o
único povo na terra que pode entender as realidades do reino de Deus. A
declaração tão peremptória: “Reina o Senhor” para eles é algo maravilhoso,
enche seus corações de santa alegria e, à fé que eles têm é acrescentado mais
poder ainda. Há infinita diferença entre o crente e o não crente. O crente é o
homem interior vivificado; é o homem em Cristo aqui vestido das carcaças do
velho homem em Adão. Seus ouvidos são espirituais; sua mente é renovada; seus
olhos podem ver a glória de Deus, enfim todo seu ser foi transformado num novo
homem. Assim, os crentes foram feitos na nova criação para ser o homem do céu e
não da terra. Tudo nele agora está sendo preparado, tirada toda aparência vã, a
fim de entrar definitivamente no céu.
Tendo esses fatos em mente posso afirmar
que não devemos, jamais adotar um sistema contrário ao reino de Deus. Mesmo
vivendo no mundo, não somos do mundo e o mundo verá essa diferença. Mas mesmo
não sendo do mundo, os crentes são as únicas pessoas que podem verdadeiramente
servir ao mundo, mesmo não sendo daqui. Ora, o mundo não vai nunca coroar os
santos de Deus; nunca eles receberão troféus aqui. Não fosse a intervenção de
Deus, Mardoqueu jamais seria reconhecido pelo rei Assuero (Ester 7). Quão útil
foi João Batista, mas aquele homem de foi injustamente posto na prisão e a
recompensa adquirida foi a decapitação. José foi grandemente usado por Deus
para impedir que o mundo naquele tempo não fosse dizimado pela fome naqueles
sete anos. Mas o Egito lembrou de José posteriormente? Claro que não! Mostrou isso
pela maneira brutal e assassina como tratou o povo de José – os Israelitas.
Devemos
reconhecer que somos provenientes dos atos de misericórdia desse reino. Ao nos
salvar o Senhor usou de compaixão; em nada éramos diferentes dos outros, pois
éramos chamados de filhos da desobediência e filhos da ira (Efésios 2:1-3).
Nossa atitude no mundo deve ser de compaixão. O Senhor requer de nós que
sejamos um povo que age em misericórdia em favor dos homens e mulheres que
vivem ainda no pecado. Devemos submissão e respeito ao Senhor e nossa atitude
de obediência revelará esse respeito. Devemos reconhecer que em todos os
detalhes da vida viemos da boa e dadivosa mão; que Ele nos escolheu para sermos
povo Dele e morar com Ele para sempre. A palavra de Deus é nosso livro e os
crentes em Cristo devem procurar por em prática os ensinos que promoverão a
glória do reino de Deus aqui na terra. Todo juízo de Deus contra Israel nos
dias de Ezequiel foi o fato que a nação não promoveu a glória do Senhor e
difamou o Nome Dele perante as nações.
Assim, como filhos do reino, devemos nós
em tudo adorar nosso Senhor em toda e qualquer situação; devemos glorifica-Lo
em nossa maneira de falar, de andar, no pensar e no proceder perante os homens.
Devemos em tudo reconhecer que o que temos vem Dele e é privilégio nosso, como
nossos corpos, filhos, esposa, esposo, pai, mãe, emprego e em tudo isso
promover a glória do nosso Rei, a fim de que todos ao nosso derredor saibam de
onde somos e para onde iremos.
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