“Isto,
portanto digo, e no Senhor testifico, que não andeis mais como os gentios, na
vaidade do seu próprio entendimento” (Efésios 4:17)
O QUE DEVEMOS FAZER
CONTRA AS VAIDADES DOS GENTIOS
7. Posso também
afirmar que a vida de vaidade dos ímpios faz com que a alma prossiga assim, para
influenciar outros pelos mesmos caminhos: “Onde
está o vosso tesouro, aí estará o vosso coração”. Estas palavras ditas pelo
nosso Senhor mostram o quanto os ímpios podem afetar o viver, conforme o que
aprendemos no Salmo 1. O mundo tem seus conselheiros e suas portas estão sempre
abertas para a entrada no progresso da maldade. Crentes em Cristo jamais devem
ser influenciados pela maneira como os ímpios vivem aqui. Devemos ser atraídos
pela forma de vida que a Bíblia apresenta ao crente, pois somos do céu e
representamos um padrão de comportamento completamente diferente daquilo que é
visto aqui. Conforme Paulo, somos cidadãos do céu e nosso nome está escrito lá,
por isso andemos de conformidade com o que somos em Cristo e com o que
haveremos de ser.
Assim chego à parte final dessa pregação e creio que é de
grande valor que eu fale sobre nossa atitude contra a vida de vaidade dos
gentios. Estou certo que esse assunto é tão útil em nossos dias, porque a
igreja moderna tem recebido a influência dos gentios no meio dela e assim ela
está plenamente adaptada para ter o estilo religioso que o mundo tanto aprecia.
Nem podemos avaliar o impacto que isso tem causado nos crentes; o quanto estão
cada vez mais se afastando da verdade e dispostos a andar como o mundo anda.
Eles não percebem a sutileza de satanás, por isso muitos se tornaram
insensíveis às exortações bíblicas.
A primeira lição é que devemos considerar a obediência ao que
a Palavra de Deus nos ordena no próprio texto: “...não andeis como andam...”.
Deus sempre dá ordens aos Seus filhos, porque eles são capazes de obedecê-las.
Se alguém afirma que não pode escapar desse sistema inútil de vida dos ímpios,
provavelmente jamais conheceu a real salvação que Cristo dá. Se o mundo é apreciável
para alguém que afirma ser crente, a ponto de não lutar contra aquilo que
envolve sua carne, é porque não conheceu a verdade no íntimo. João mostra isso
com clareza em sua primeira carta: “Não ameis o mundo...se alguém amar o mundo
o amor do Pai não está nele” (1 João 2:15). Muitos crentes trazem consigo
alguns sintomas do velho homem os quais ficam marcados em sua carne. Mas a
verdade que há uma batalha nele para enfrenta-las e mata-las. O desejo de
crescer em Cristo e de trilhar o caminho santo habita no coração do salvo
fazendo com que seja cheio desse santo fervor no espírito.
Tendo isso em vista devo afirmar aqui que o crente deve
pautar uma vida de consagração e santidade e isso exige sacrifício: “Rogo-vos,
pois irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis os vossos corpos por
sacrifício vivo, santo e agradável a Deus...” (Romanos 12:1). Parece que os
crentes modernos querem anular o termo “sacrifício” dos ensinos sagrados. Para
eles a obra da graça exclui qualquer dificuldade no andar. Muitos entendem “graça”
como algo gratuito e que por isso os crentes são livres para andar como bem
quiserem andar. Posso assegurar aqui que esse é o mais terrível erro que
avassala a igreja em nossos dias. No ensino da graça não existe liberdade que
me leva ao envolvimento com o mundo. Uma locomotiva só pode ser livre se
percorrer pelos trilhos. Nossa liberdade jamais deverá ser impulsionada a
seguir o ritmo dos ímpios; nós fazíamos isso quando éramos do mundo, agora não
mais.
A nossa liberdade consiste no fato que a graça me dará poder
para fazer o que é impossível para o mundo fazer. Costumamos dizer que “para
descer todo santo ajuda”. Para andar conforme a vida de vaidade dos gentios não
precisa de poder, basta descer, assim como um carro sem combustível pode
facilmente descer uma ladeira. A estrada que os crentes percorrem para o céu é
o caminho estreito, íngreme caminho, jamais percorrido pelos que são estranhos
à aliança da graça. Por essa razão os crentes devem estar dispostos a uma vida
de oração e de contínua meditação na palavra. Quem abandona o livro de Deus não
estará apto para trilhar o caminho de consagração ao Senhor; quem não se
alimenta da verdade está pronto para se alimentar daquilo que o mundo tanto
aprecia.
Não é o momento exato para que voltemos para a palavra? Não é
o momento para que venhamos a enriquecer nossos pensamentos e emoções de coisas
puras e santas? Não é o momento para que ambicionemos as riquezas eternas e
desprezarmos as coisas desta vida passageira? Cuidemos com o mundo,
especialmente agora quando tudo vem facilmente às nossas mãos; quando toda
tecnologia faz o mundo tão belo, acessível e cheio de paixões tão atraentes? As
maldades e transgressões ultimamente têm chegado a nós com belas roupagens e
bem enfeitada de flores religiosas.
Que os santos sejam transformados no coração, dia a dia pelo
poder da graça, a fim de influenciar os não salvos e exortar os mais fracos no
andar rumo ao lar celestial.
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