quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

A VIDA DE VAIDADE DOS ÍMPIOS (11 de 11)



“Isto, portanto digo, e no Senhor testifico, que não andeis mais como os gentios, na vaidade do seu próprio entendimento” (Efésios 4:17)
O QUE DEVEMOS FAZER CONTRA AS VAIDADES DOS GENTIOS  
        7.     Posso também afirmar que a vida de vaidade dos ímpios faz com que a alma prossiga assim, para influenciar outros pelos mesmos caminhos: “Onde está o vosso tesouro, aí estará o vosso coração”. Estas palavras ditas pelo nosso Senhor mostram o quanto os ímpios podem afetar o viver, conforme o que aprendemos no Salmo 1. O mundo tem seus conselheiros e suas portas estão sempre abertas para a entrada no progresso da maldade. Crentes em Cristo jamais devem ser influenciados pela maneira como os ímpios vivem aqui. Devemos ser atraídos pela forma de vida que a Bíblia apresenta ao crente, pois somos do céu e representamos um padrão de comportamento completamente diferente daquilo que é visto aqui. Conforme Paulo, somos cidadãos do céu e nosso nome está escrito lá, por isso andemos de conformidade com o que somos em Cristo e com o que haveremos de ser.
        Assim chego à parte final dessa pregação e creio que é de grande valor que eu fale sobre nossa atitude contra a vida de vaidade dos gentios. Estou certo que esse assunto é tão útil em nossos dias, porque a igreja moderna tem recebido a influência dos gentios no meio dela e assim ela está plenamente adaptada para ter o estilo religioso que o mundo tanto aprecia. Nem podemos avaliar o impacto que isso tem causado nos crentes; o quanto estão cada vez mais se afastando da verdade e dispostos a andar como o mundo anda. Eles não percebem a sutileza de satanás, por isso muitos se tornaram insensíveis às exortações bíblicas.
        A primeira lição é que devemos considerar a obediência ao que a Palavra de Deus nos ordena no próprio texto: “...não andeis como andam...”. Deus sempre dá ordens aos Seus filhos, porque eles são capazes de obedecê-las. Se alguém afirma que não pode escapar desse sistema inútil de vida dos ímpios, provavelmente jamais conheceu a real salvação que Cristo dá. Se o mundo é apreciável para alguém que afirma ser crente, a ponto de não lutar contra aquilo que envolve sua carne, é porque não conheceu a verdade no íntimo. João mostra isso com clareza em sua primeira carta: “Não ameis o mundo...se alguém amar o mundo o amor do Pai não está nele” (1 João 2:15). Muitos crentes trazem consigo alguns sintomas do velho homem os quais ficam marcados em sua carne. Mas a verdade que há uma batalha nele para enfrenta-las e mata-las. O desejo de crescer em Cristo e de trilhar o caminho santo habita no coração do salvo fazendo com que seja cheio desse santo fervor no espírito.
        Tendo isso em vista devo afirmar aqui que o crente deve pautar uma vida de consagração e santidade e isso exige sacrifício: “Rogo-vos, pois irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus...” (Romanos 12:1). Parece que os crentes modernos querem anular o termo “sacrifício” dos ensinos sagrados. Para eles a obra da graça exclui qualquer dificuldade no andar. Muitos entendem “graça” como algo gratuito e que por isso os crentes são livres para andar como bem quiserem andar. Posso assegurar aqui que esse é o mais terrível erro que avassala a igreja em nossos dias. No ensino da graça não existe liberdade que me leva ao envolvimento com o mundo. Uma locomotiva só pode ser livre se percorrer pelos trilhos. Nossa liberdade jamais deverá ser impulsionada a seguir o ritmo dos ímpios; nós fazíamos isso quando éramos do mundo, agora não mais.
        A nossa liberdade consiste no fato que a graça me dará poder para fazer o que é impossível para o mundo fazer. Costumamos dizer que “para descer todo santo ajuda”. Para andar conforme a vida de vaidade dos gentios não precisa de poder, basta descer, assim como um carro sem combustível pode facilmente descer uma ladeira. A estrada que os crentes percorrem para o céu é o caminho estreito, íngreme caminho, jamais percorrido pelos que são estranhos à aliança da graça. Por essa razão os crentes devem estar dispostos a uma vida de oração e de contínua meditação na palavra. Quem abandona o livro de Deus não estará apto para trilhar o caminho de consagração ao Senhor; quem não se alimenta da verdade está pronto para se alimentar daquilo que o mundo tanto aprecia.
        Não é o momento exato para que voltemos para a palavra? Não é o momento para que venhamos a enriquecer nossos pensamentos e emoções de coisas puras e santas? Não é o momento para que ambicionemos as riquezas eternas e desprezarmos as coisas desta vida passageira? Cuidemos com o mundo, especialmente agora quando tudo vem facilmente às nossas mãos; quando toda tecnologia faz o mundo tão belo, acessível e cheio de paixões tão atraentes? As maldades e transgressões ultimamente têm chegado a nós com belas roupagens e bem enfeitada de flores religiosas.
        Que os santos sejam transformados no coração, dia a dia pelo poder da graça, a fim de influenciar os não salvos e exortar os mais fracos no andar rumo ao lar celestial.
       






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