“Andarão dois juntos se não houver entre eles acordo?”
Amós 3:3
UM ACORDO PARA NÃO
ANDAR COM DEUS, A FIM DE ANDAR COM O
DIABO.
É claro que aquilo que foi tratado na
primeira parte foi feito superficialmente, porque o assunto é biblicamente
dinâmico e requer muito tempo e muito trabalho para preparar e entregar. Mas o
propósito mesmo é mostrar o relacionamento entre o homem e Deus. Portanto
caminharei aqui mostrando o fundamento desse ensino, para que vejamos seu valor
prático. Para mim o que mais importa para nossa vida é o que diz a palavra de
Deus e não o meu modo de pensar.
Se não há qualquer possibilidade de
andar dois juntos sem acordo, então é impossível para o homem andar com Deus,
porque nenhum homem aceitará os padrões de Deus. Tomemos o ensino sobre a
queda, porque desde o Éden, com a decisão de nosso papai Adão, eis que todos os
homens decidiram com firme propósito recusar andar com Deus. Esse evangelho tão
superficial de hoje tenta mostrar que Deus está esperando a decisão do pecador
de andar com ele aqui. A maior parte dos pregadores modernos crê que o homem
possui o livre poder de decisão para Deus, que Deus respeita a volição do homem
e que também está esperando que cada um chegue e escolha andar com Deus aqui e
eternamente no céu.
Mas quão enganoso e perigoso é esse
ensino! Uma razão é que eles não veem a raça como uma família mundial e que a
queda no Éden foi a queda de todos; que a decisão a ser tomada em relação a
Deus foi definitivamente tomada ali; que cada um de nós deliberadamente recusou
o amor, bondade e ternura do Senhor, a fim de dar ouvidos à voz de satanás, e
assim passar a tê-lo como seu deus, seu príncipe, conselheiro e pai. Em Romanos,
Paulo declara que somos servos daquele a quem obedecemos, então, se a obediência
foi ao pai da mentira, então é certo que tornamo-nos servos do pecado e de toda
comitiva do mal. Por essa razão não há qualquer esperança que os pecadores
farão por decisão própria um acordo de andar com Deus, porque não querem.
Esperar tal decisão é insensatez; lutar para que eles desejem isso e se
esforcem para isso é o mesmo que esperar que um elefante venha a voar, ou que
um animal carnívoro venha comer ervas como boi.
Mas também posso afirmar que esse acordo
foi feito não somente de forma definitiva, como é provado isso no dia a dia.
Cada ser humano que entra neste mundo é mais um Adãozinho pronto, apto e
resoluto para andar pelo caminho que escolheu desde a queda: “Desviam os ímpio
desde a sua concepção; nascem e já se desencaminham proferindo mentiras” (Salmo
58:3). Notemos bem que desde que desde o útero da mamãe os homens já estão
apostatados de Deus. Vejo hoje como muitos são os pais que olham seus filhos
como se fossem príncipes, como se eles fossem anjinhos puros e nem imaginam que
as crianças carregam no íntimo um prontidão incrível para o mal e até mesmo
para maltratar seus pais.
Os pais crentes modernos nem sequer
entendem acerca da responsabilidade que têm de conduzir seus filhos nos ensinos
acerca de Deus e do fato que eles nasceram pecadores prontos para pecar e que
por isso estão condenados. Já conheci muitos que ficaram indignados com esse
ensino, porque são levados pela aparência e não pela verdade que nos foi
revelada. Mas sem a coragem para aceitar o ensino bíblico, é certo que
penderemos para a insensatez e loucura, porque se cremos que nossos filhinhos,
por serem crianças já são automaticamente salvos, então a melhor decisão dos
pais é que eles morram antes de chegar à “idade da decisão”. Mas a decisão não
é do homem, mas sim de um Deus que quando Rebeca ficou grávida dos gêmeos e
eles não haviam nascido ainda, o Senhor disse: “Amei a Jacó, porem me aborreci
de Esaú” (Romanos 9:11-13). Eis aí o que realmente significa soberana decisão
de Deus.
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