terça-feira, 22 de novembro de 2016

A FORÇA DO AMOR OU A FORÇA DA MORTE (1)


Cantares 8:6  “...porque o amor é forte como a morte...”.
COMPARANDO AS DUAS FORÇAS.
        Acredito que é de inestimável valor para toda igreja, bem como para todos pregar num texto desse, porque o amor é um assunto tão destacado nas Escrituras. Também, importa que saibamos que o mundo coloca o amor como o fundamento da vida religiosa e dos relacionamentos, mas nada tem a ver com esse amor visto nessa declaração em Cantares. O amor do mundo nada tem de força, tampouco pode ser comparado com a força da morte. Podemos afirmar sim, que o amor do mundo é fraco, assim como os homens são fracos e enfermados pelo pecado.
        É claro que o texto mostra o amor do marido para com sua esposa e revela também que seu amor por ela era sublime e glorioso. Mas, a igreja precisa saber que esse verso realmente destaca o amor de Cristo pelo seu povo e é o único texto onde a força desse amor é revelada, comparando com a força da morte. O que o Espírito de Deus quer fazer no texto, não é enfatizar o amor de um marido, mas sim o amor de Cristo para com aqueles que ele mesmo conquistou ali na cruz. Em toda bíblia vemos como essa mensagem é enfatizada; vemos como Deus quer transmitir seus cuidados ternos em favor dos crentes; vemos como ele quer passar segurança a todos; vemos acima de tudo o quanto ele quer mostrar ser zeloso e que importa que cada crente cuide em viver em santidade, separado para ele.
        Para enfatizar essa verdade, creio que é de grande importância que vejamos a força do amor comparada com a força da morte. Por incrível que pareça vemos que o Autor sagrado fala da morte como sendo ela poderosamente forte; vemos que ela está acima do poder do diabo, do mundo e do inferno, porque este precisa dela. Então, estamos diante de uma tão grande lição e creio que pode erguer a vida dos santos, além de atrair pecadores ao arrependimento. Estamos vendo o quanto a morte é forte, mas tem uma força que desafia a poderosa morte – a força do amor do Senhor em favor do seu povo. Assim, não demorarei na introdução, pois quero entrar nessas lições. Minha esperança é que meu Senhor seja glorificado e que seu povo fique ainda mais perto dele e que experimente dia a dia a força desse seu imensurável amor.
        Meu trabalho agora consiste em mostrar biblicamente o quanto a morte é forte. Quando pensamos nela não conseguimos avaliar seu poder. Mas basta que olhemos para a história deste mundo, assim seremos capazes de entender o quanto ela, de forma poderosa destruiu tudo o que os poderosos e grandes impérios tentaram erguer. Olhemos para trás e perguntemos: Onde estão os grandes? Onde estão aqueles que ousaram desafiar tudo e todos? Onde estão aqueles que confiaram em sua força, seu poder financeiro, em sua saúde, etc.? Não é verdade que a morte os engoliu? Não é verdade que foram massacrados e empurrados para o abismo? Olhemos a grande Babilônia com suas conquistas e carregada de riquezas adquiridas nas guerras. O que resultou de todo esforço, de todo labor para edificar o que eles pensavam ser indestrutível? Ah! Ela para sempre se curvou ante o poderio da morte.

        Voltemos nossa atenção para as nações e cidades, porque elas se gabam de suas conquistas e avanço tecnológico; muitas se exaltam com suas riquezas, enquanto outras estão murchas devido a pobreza. Será que não conseguimos ver que a  realidade delas está no cemitério e não em seus prédios, faculdades, empresas, estradas, esportes e outras coisas semelhantes? É nos cemitérios que vemos que o poder é da morte e não dos homens; que a vitória é da morte e que toda glória e façanhas dos homens são atiradas nesse lugar. Quanto mais o mundo fica cheio de poder financeiro; quanto mais os homens se avultam em sonhos e vaidades terrenos, eis que Deus chega e diz o que falou para Israel nos dias de Uzias: “Por isso, a cova aumentou o seu apetite, abriu a sua boca desmesuradamente; para lá desce a glória de Jerusalém, e o seu tumulto, e o seu ruído, e quem nesse meio folgava” (Isaías 5:14).

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