Cantares 8:6 “...porque o amor é forte como a morte...”.
COMPARANDO AS DUAS
FORÇAS.
Acredito que é de inestimável valor para
toda igreja, bem como para todos pregar num texto desse, porque o amor é um assunto
tão destacado nas Escrituras. Também, importa que saibamos que o mundo coloca o
amor como o fundamento da vida religiosa e dos relacionamentos, mas nada tem a
ver com esse amor visto nessa declaração em Cantares. O amor do mundo nada tem
de força, tampouco pode ser comparado com a força da morte. Podemos afirmar
sim, que o amor do mundo é fraco, assim como os homens são fracos e enfermados
pelo pecado.
É claro que o texto mostra o amor do
marido para com sua esposa e revela também que seu amor por ela era sublime e
glorioso. Mas, a igreja precisa saber que esse verso realmente destaca o amor
de Cristo pelo seu povo e é o único texto onde a força desse amor é revelada,
comparando com a força da morte. O que o Espírito de Deus quer fazer no texto,
não é enfatizar o amor de um marido, mas sim o amor de Cristo para com aqueles
que ele mesmo conquistou ali na cruz. Em toda bíblia vemos como essa mensagem é
enfatizada; vemos como Deus quer transmitir seus cuidados ternos em favor dos
crentes; vemos como ele quer passar segurança a todos; vemos acima de tudo o
quanto ele quer mostrar ser zeloso e que importa que cada crente cuide em viver
em santidade, separado para ele.
Para enfatizar essa verdade, creio que é
de grande importância que vejamos a força do amor comparada com a força da
morte. Por incrível que pareça vemos que o Autor sagrado fala da morte como
sendo ela poderosamente forte; vemos que ela está acima do poder do diabo, do
mundo e do inferno, porque este precisa dela. Então, estamos diante de uma tão
grande lição e creio que pode erguer a vida dos santos, além de atrair pecadores
ao arrependimento. Estamos vendo o quanto a morte é forte, mas tem uma força
que desafia a poderosa morte – a força do amor do Senhor em favor do seu povo. Assim,
não demorarei na introdução, pois quero entrar nessas lições. Minha esperança é
que meu Senhor seja glorificado e que seu povo fique ainda mais perto dele e
que experimente dia a dia a força desse seu imensurável amor.
Meu trabalho agora consiste em mostrar
biblicamente o quanto a morte é forte. Quando pensamos nela não conseguimos avaliar
seu poder. Mas basta que olhemos para a história deste mundo, assim seremos
capazes de entender o quanto ela, de forma poderosa destruiu tudo o que os
poderosos e grandes impérios tentaram erguer. Olhemos para trás e perguntemos:
Onde estão os grandes? Onde estão aqueles que ousaram desafiar tudo e todos?
Onde estão aqueles que confiaram em sua força, seu poder financeiro, em sua saúde,
etc.? Não é verdade que a morte os engoliu? Não é verdade que foram massacrados
e empurrados para o abismo? Olhemos a grande Babilônia com suas conquistas e
carregada de riquezas adquiridas nas guerras. O que resultou de todo esforço,
de todo labor para edificar o que eles pensavam ser indestrutível? Ah! Ela para
sempre se curvou ante o poderio da morte.
Voltemos nossa atenção para as nações e
cidades, porque elas se gabam de suas conquistas e avanço tecnológico; muitas
se exaltam com suas riquezas, enquanto outras estão murchas devido a pobreza.
Será que não conseguimos ver que a
realidade delas está no cemitério e não em seus prédios, faculdades,
empresas, estradas, esportes e outras coisas semelhantes? É nos cemitérios que
vemos que o poder é da morte e não dos homens; que a vitória é da morte e que
toda glória e façanhas dos homens são atiradas nesse lugar. Quanto mais o mundo
fica cheio de poder financeiro; quanto mais os homens se avultam em sonhos e
vaidades terrenos, eis que Deus chega e diz o que falou para Israel nos dias de
Uzias: “Por isso, a cova aumentou o seu apetite, abriu a sua boca
desmesuradamente; para lá desce a glória de Jerusalém, e o seu tumulto, e o seu
ruído, e quem nesse meio folgava” (Isaías 5:14).
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