quarta-feira, 2 de novembro de 2016

A MARAVILHOSA IGREJA DE CRISTO III (3)

                  

                                       A SUA PERFEIÇÃO

“Quem é essa que aparece...brilhante como o sol...?  (Cantares 6:10)
CRISTO – O SOL DA JUSTIÇA.
                       Os crentes precisam conhecer a glória e grandeza do Senhor Jesus, porque é mediante esse conhecimento que podemos entender nossa gloriosa posição. Mais do que isso, se desconhecermos a glória de Cristo nada saberemos do temor que lhe é devido. Eu creio que a ausência de humildade e quebrantamento em nossos dias nas igrejas é causada pela falta de conhecimento do Senhor, conforme o ensino bíblico. Por essa razão procurarei agora destacar esse ensino, conforme o relato das Escrituras.
                       Em Tiago 2:1, eis que vemos como Cristo é visto por Tiago que foi meio irmão de Jesus:  “Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas”. Notemos bem como Tiago tinha no coração um santo temor e dependência do Salvador. Ele tinha Cristo como “nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória”. Seu ser foi invadido por essa verdade e ele percebeu que aquele que nasceu de sua mãe, Maria e que viveu por um tempo em sua casa como seu irmão, era o próprio Deus em carne. Foi essa verdade revelada que levou Tiago à conversão, especialmente após a ressurreição do Senhor. “Senhor da glória” indicava para Tiago que Jesus era o grande EU SOU; que era aquele que estava no Santo dos santos, tanto no templo de Salomão como no tabernáculo do deserto; que era aquele que apareceu para Abraão e manifestou-se a Moisés. Era esse o entendimento que aqueles líderes da igreja em Jerusalém tinham do Senhor e que os faziam homem cheios de temor e piedade no viver.
                       Mas podemos invadir esse terreno santo um pouco mais. Já mencionei tanto Saulo de Tarso aqui, mas sei o quanto é importante compreender aquela incrível experiência narrada em Atos 9. Aquele homem compreendeu que a voz que ele ouvira ali na entrada de Damasco era a voz do próprio Deus; que a luz que irradiou em sua presença era do próprio Senhor da glória, a mesma visão que Isaías teve (Isaías 6). Sua conversão resultou em saber que Jesus não era um mero homem, um mero nazareno, mas sim o próprio Jeová. Aquela visão tão gloriosa trouxe uma mudança completa em Saulo, de tal maneira que todo seu ser foi invadido de temor, de inaudita confiança e de um desejo santo por conhecê-lo ainda melhor, de tal maneira que a morte para ele seria uma viagem aprazível para estar com seu Senhor para sempre, conforme sua confissão em Filipenses 3.

                       Poderia passar muito tempo aqui mostrando as maravilhosas experiências de homens de Deus, os quais sabiam que o Jeová do Velho Testamento era o Senhor Jesus do Novo Testamento. Os santos do passado eram homens e mulheres carregados de santo temor, porque o Deus que eles conheceram se manifestou a eles pela Palavra. O Espírito Santo lhes assegurou dessa verdade no íntimo e a vida deles era de uma intimidade constante com esse poderoso, glorioso, soberano e santo Deus. E a verdade é que todos os verdadeiros crentes sabem disso. Não precisamos provar a glória de Cristo para os genuínos crentes, porque eles já sabem disso no íntimo. Todos os que se desviaram da fé se afastaram porque jamais tiveram esse conhecimento que os levou à humildade e contrição; se afastaram porque tiveram informações apenas externamente e não no coração; se afastaram porque vislumbraram a glória deste mundo e amaram este sistema maligno de vida. É impossível conhecer o Senhor da glória sem desejar viver por ele e para ele; é impossível conhecer sua salvação e ainda continuar arrogante aqui em seus caminhos tortuosos. 

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