segunda-feira, 28 de novembro de 2016

A FORÇA DO AMOR OU A FORÇA DA MORTE (4)


Cantares 8:6  “...porque o amor é forte como a morte...”.
COMPARANDO AS DUAS FORÇAS
        Creio que não chegamos a avaliar o poder da morte, porque o engano do pecado nos leva a confiar e esperar nesta vida presente. Mas não foi assim com os homens crentes do Antigo e do Novo Testamento. Eles encaravam a vida aqui à luz da ressurreição, por essa razão não tinham medo e aguardavam com santa expectação os valores absolutos achados apenas na ressurreição. Eles não brincavam com a morte, mas sabiam que ela era um tipo de trampolim que os fariam saltar desta vida tão ínfima, para um viver de absoluto e eterno poder.
        Notemos em 2 Coríntios 1 como Paulo encarou os sofrimentos que aqui enfrentava devido os rigores da perseguição. Ele mostra aos crentes de Corinto que ele e colegas de trabalho carregavam neles mesmos a sentença da morte (1:9), mas tinha absoluta confiança que Deus havia de livrá-los de tão grande morte (verso 10). Ouvi acerca dos rigores da perseguição imposta pelos comunistas contra os santos de Deus na Rússia. Muitos sofreram tanto que eles mesmos diziam que por fora tudo tremia, mas que seus pés estavam firmados na inabalável Rocha dos séculos. Essas verdades contadas nas Escrituras e vividas pelos santos de Deus podem nos revelar o quão poderosa, forte e cruel é a morte e que todo prazer dela está voltado em direção ao homem, a fim de destruí-lo e extirpá-lo da face da terra.
        O que a morte faz neste mundo é revelar em todo lugar o quanto ela é, de fato poderosa. Ela desmancha o orgulho e vaidade dos homens, pois estes sempre estão confiantes em sua força e em sua beleza externa. Embutido no coração iludido dos homens está o pensamento de que nada pode contra aquilo que é na aparência. Eles acham que a morte está distante, que ela só chegará quando estiverem acima de seus setenta e oitenta anos. Mas o Salmo 49 veio destruir essa impressão de bem-estar neste mundo, porque a morte não olha idade. Pelo contrário, ali o Salmista declara que ela funciona como se fosse um pastor. Isso significa que ela apascenta os corações com ludíbrios; que ela simplesmente quer aproveitar da ocasião para pegar os fortes, gordos, inchados de arrogância e de prazeres, a fim de destruir seus corpos com um inesperado ceifar de suas vidas aqui: “...eles descem diretamente para a cova, onde a sua formosura se consome; a sepultura é o lugar em que habitam” (verso 14).
        É fato que ninguém ousa fazer uma pesquisa no cemitério, mas basta um pouco de sabedoria para mostrar que ali estão moças, rapazes, adolescentes, crianças, bem como os velhos. Quantos que queriam viver, gastar dinheiro para preservar sua beleza e força, mas que foram surpreendidos com a poderosa morte! Não foi assim com o rei Jeorão, o qual sofreu a terrível visitação da ira de Deus, e ainda novo partiu para a eternidade depois de uma enfermidade mortal (2 Crônicas 21)? A morte chega e desafia riquezas, conforto, beleza, força física, etc. Quem pode contra a poderosa morte? Ela não recua diante daquilo que tanto impressiona os homens; ela não se intimidade nem é comprada por absolutamente nada. A única força que pode deter a morte, a fim de que ela venha para destruir homens e mulheres neste mundo, é a força da compaixão de Deus, atendendo as orações e súplicas dos crentes.

        Quando vemos inchados de orgulho pelo poder, fama, riquezas que têm, não tarda para que, de repente eles sejam pegos de surpresas em lugares escorregadios. É na vaidade do pecado que os próprios homens atiçam a chegada da morte. Eles fazem isso com bebidas, cigarros, drogas, imoralidades, entregando seus corpos a vis paixões. Que campo de oportunidades a morte tem! Ela olha os homens como leões observam os gnus, e cada dia milhares são surpreendidos nas ciladas mortais armadas em todas as direções do caminho largo. 

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