Cantares 8:6 “...porque o amor é forte como a morte...”.
COMPARANDO AS DUAS
FORÇAS
Creio que não chegamos a avaliar o poder
da morte, porque o engano do pecado nos leva a confiar e esperar nesta vida
presente. Mas não foi assim com os homens crentes do Antigo e do Novo
Testamento. Eles encaravam a vida aqui à luz da ressurreição, por essa razão
não tinham medo e aguardavam com santa expectação os valores absolutos achados
apenas na ressurreição. Eles não brincavam com a morte, mas sabiam que ela era
um tipo de trampolim que os fariam saltar desta vida tão ínfima, para um viver
de absoluto e eterno poder.
Notemos em 2 Coríntios 1 como Paulo
encarou os sofrimentos que aqui enfrentava devido os rigores da perseguição.
Ele mostra aos crentes de Corinto que ele e colegas de trabalho carregavam
neles mesmos a sentença da morte (1:9), mas tinha absoluta confiança que Deus
havia de livrá-los de tão grande morte (verso 10). Ouvi acerca dos rigores da
perseguição imposta pelos comunistas contra os santos de Deus na Rússia. Muitos
sofreram tanto que eles mesmos diziam que por fora tudo tremia, mas que seus
pés estavam firmados na inabalável Rocha dos séculos. Essas verdades contadas
nas Escrituras e vividas pelos santos de Deus podem nos revelar o quão
poderosa, forte e cruel é a morte e que todo prazer dela está voltado em
direção ao homem, a fim de destruí-lo e extirpá-lo da face da terra.
O que a morte faz neste mundo é revelar
em todo lugar o quanto ela é, de fato poderosa. Ela desmancha o orgulho e
vaidade dos homens, pois estes sempre estão confiantes em sua força e em sua
beleza externa. Embutido no coração iludido dos homens está o pensamento de que
nada pode contra aquilo que é na aparência. Eles acham que a morte está
distante, que ela só chegará quando estiverem acima de seus setenta e oitenta
anos. Mas o Salmo 49 veio destruir essa impressão de bem-estar neste mundo, porque
a morte não olha idade. Pelo contrário, ali o Salmista declara que ela funciona
como se fosse um pastor. Isso significa que ela apascenta os corações com
ludíbrios; que ela simplesmente quer aproveitar da ocasião para pegar os
fortes, gordos, inchados de arrogância e de prazeres, a fim de destruir seus
corpos com um inesperado ceifar de suas vidas aqui: “...eles descem diretamente
para a cova, onde a sua formosura se consome; a sepultura é o lugar em que
habitam” (verso 14).
É fato que ninguém ousa fazer uma
pesquisa no cemitério, mas basta um pouco de sabedoria para mostrar que ali
estão moças, rapazes, adolescentes, crianças, bem como os velhos. Quantos que
queriam viver, gastar dinheiro para preservar sua beleza e força, mas que foram
surpreendidos com a poderosa morte! Não foi assim com o rei Jeorão, o qual
sofreu a terrível visitação da ira de Deus, e ainda novo partiu para a
eternidade depois de uma enfermidade mortal (2 Crônicas 21)? A morte chega e
desafia riquezas, conforto, beleza, força física, etc. Quem pode contra a
poderosa morte? Ela não recua diante daquilo que tanto impressiona os homens;
ela não se intimidade nem é comprada por absolutamente nada. A única força que
pode deter a morte, a fim de que ela venha para destruir homens e mulheres
neste mundo, é a força da compaixão de Deus, atendendo as orações e súplicas
dos crentes.
Quando vemos inchados de orgulho pelo
poder, fama, riquezas que têm, não tarda para que, de repente eles sejam pegos
de surpresas em lugares escorregadios. É na vaidade do pecado que os próprios
homens atiçam a chegada da morte. Eles fazem isso com bebidas, cigarros,
drogas, imoralidades, entregando seus corpos a vis paixões. Que campo de
oportunidades a morte tem! Ela olha os homens como leões observam os gnus, e
cada dia milhares são surpreendidos nas ciladas mortais armadas em todas as
direções do caminho largo.
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