quarta-feira, 23 de novembro de 2016

A FORÇA DO AMOR OU A FORÇA DA MORTE (2)


Cantares 8:6  “...porque o amor é forte como a morte...”.
COMPARANDO AS DUAS FORÇAS
        Visto que a morte é a mais poderosa força que resultou da entrada do pecado, não temos alternativa, senão esta de examinar sua força, comparando-a com a força do amor. Em que triste condição vive os homens no pecado tendo a morte como o único poder que lhes domina e lhes prepara para o grande banquete do inferno! Mas a notícia chega agora às almas, que o amor do noivo amado chegou para superar infinitamente o poder tirano e cruel daquela que a tantos tem atirado no abismo para o sofrimento eterno. A notícia chega do céu, declarando aos perdidos que, se o fogo do poder inflama no inferno, eis que o amor de Cristo inflama em seu coração cheio de amor, capaz de livrar os pecadores dos terrores eternos.
        Vemos que a morte é poderosa em seu terrível resultado do pecado: “O salário do pecado é a morte...”  (Romanos 6:23). Os homens pensam diferentes, pois imaginam em seus corações que a recompensa do pecado é gozo, alegria, prazeres, divertimentos e perpétua felicidade. Davi pensava assim no íntimo quando planejava meios para tomar Bate-Seba e possuí-la. Mas assim que o pecado foi consumado, o que foi que gerou? A morte (Tiago 1:15). Não demorou em que o engano lhe amordaçasse, que o medo lhe cercasse, que a vaidade lhe enganasse ao pensar que ainda estava em condições espirituais para reinar, julgar e fazer o bem. Foi assim também com seu filho Amnon, pois assim que cometeu seu hediondo ato contra uma jovem indefesa, eis que imediatamente chegou a morte como um serpente constritora, a fim de lhe cercar e preparar para seu golpe final.
        Que os homens saibam que o salário do pecado sempre será a morte, mesmo que eles pensem que tudo vai bem. A morte é o horror que paira sobre todos e expõe homens e mulheres aos terrores da ira de Deus. A morte eterna não é apreciável a Deus, pois ele não é Deus de mortos, mas sim de vivos. Por isso, homens e mulheres no pecado não passam de pobres e miseráveis em condição de penúria e a única chance para eles escaparem está na visitação compassiva de Deus.
        Por que isso? Porque a morte vem para esmigalhar todos os poderes que ousam enfrentá-la neste mundo. Olhemos para Herodes cheio de orgulho e fantasiado pelos louvores mundanos (Atos 12), mas eis que não demorou em que a morte mostrasse o quanto ela era forte suficiente para derrubá-lo do seu trono e o tornasse o prato favorito dos vermes. Veja Judas, pois quando ele meditava que estava fortalecido, tendo as trinta moedas de prata em mãos, eis que de repente a morte vem saudar-lhe com o golpe do terror, arrancando-lhe toda inútil confiança e levando-o a tomar firme decisão de tirar a própria vida. A morte é o maior terror que habita neste mundo e a todo instante ela está mostrando suas garras com todos, não importa a idade.
        Sua presença devia ser motivo de sábias decisões dos homens; devia ser causa de fuga do mal; devia ser a razão para que muitos corressem para Deus; para que pais ensinassem seus filhos acerca do temor ao Senhor, porque o sistema mundano não tem alicerces; não traz segurança e sua estrada está cheia de armadilhas à frente e à direita e á esquerda há ladrões e salteadores. A morte neste mundo é resultado do pecado e não da criação de Deus; a morte neste mundo é resultado da desobediência e não da submissão do homem ao criador. A morte é a amostra clara que tudo vai mal, que a ira de Deus paira sobre os culpados e que o juízo lhes espera. A morte é o sinal de que este mundo não vai melhorar, que a força dela está presente para estampar em tudo o adeus, o sofrimento, a angústia, a tristeza e todo tipo de sofrer. A morte está presente para mostrar o quanto os homens estão iludidos e como não passam de pobres, fracos, enfermos e marcados na testa para o juízo que há de vir.

        

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