Cantares 8:6 “...porque o amor é forte como a morte...”.
COMPARANDO AS DUAS
FORÇAS
Visto que a morte é a mais poderosa
força que resultou da entrada do pecado, não temos alternativa, senão esta de
examinar sua força, comparando-a com a força do amor. Em que triste condição
vive os homens no pecado tendo a morte como o único poder que lhes domina e
lhes prepara para o grande banquete do inferno! Mas a notícia chega agora às
almas, que o amor do noivo amado chegou para superar infinitamente o poder
tirano e cruel daquela que a tantos tem atirado no abismo para o sofrimento
eterno. A notícia chega do céu, declarando aos perdidos que, se o fogo do poder
inflama no inferno, eis que o amor de Cristo inflama em seu coração cheio de
amor, capaz de livrar os pecadores dos terrores eternos.
Vemos que a morte é poderosa em seu
terrível resultado do pecado: “O salário do pecado é a morte...” (Romanos 6:23). Os homens pensam diferentes,
pois imaginam em seus corações que a recompensa do pecado é gozo, alegria,
prazeres, divertimentos e perpétua felicidade. Davi pensava assim no íntimo
quando planejava meios para tomar Bate-Seba e possuí-la. Mas assim que o pecado
foi consumado, o que foi que gerou? A morte (Tiago 1:15). Não demorou em que o
engano lhe amordaçasse, que o medo lhe cercasse, que a vaidade lhe enganasse ao
pensar que ainda estava em condições espirituais para reinar, julgar e fazer o
bem. Foi assim também com seu filho Amnon, pois assim que cometeu seu hediondo
ato contra uma jovem indefesa, eis que imediatamente chegou a morte como um
serpente constritora, a fim de lhe cercar e preparar para seu golpe final.
Que os homens saibam que o salário do
pecado sempre será a morte, mesmo que eles pensem que tudo vai bem. A morte é o
horror que paira sobre todos e expõe homens e mulheres aos terrores da ira de
Deus. A morte eterna não é apreciável a Deus, pois ele não é Deus de mortos,
mas sim de vivos. Por isso, homens e mulheres no pecado não passam de pobres e
miseráveis em condição de penúria e a única chance para eles escaparem está na
visitação compassiva de Deus.
Por que isso? Porque a morte vem para
esmigalhar todos os poderes que ousam enfrentá-la neste mundo. Olhemos para
Herodes cheio de orgulho e fantasiado pelos louvores mundanos (Atos 12), mas
eis que não demorou em que a morte mostrasse o quanto ela era forte suficiente
para derrubá-lo do seu trono e o tornasse o prato favorito dos vermes. Veja
Judas, pois quando ele meditava que estava fortalecido, tendo as trinta moedas
de prata em mãos, eis que de repente a morte vem saudar-lhe com o golpe do
terror, arrancando-lhe toda inútil confiança e levando-o a tomar firme decisão
de tirar a própria vida. A morte é o maior terror que habita neste mundo e a
todo instante ela está mostrando suas garras com todos, não importa a idade.
Sua presença devia ser motivo de sábias
decisões dos homens; devia ser causa de fuga do mal; devia ser a razão para que
muitos corressem para Deus; para que pais ensinassem seus filhos acerca do
temor ao Senhor, porque o sistema mundano não tem alicerces; não traz segurança
e sua estrada está cheia de armadilhas à frente e à direita e á esquerda há
ladrões e salteadores. A morte neste mundo é resultado do pecado e não da
criação de Deus; a morte neste mundo é resultado da desobediência e não da
submissão do homem ao criador. A morte é a amostra clara que tudo vai mal, que
a ira de Deus paira sobre os culpados e que o juízo lhes espera. A morte é o
sinal de que este mundo não vai melhorar, que a força dela está presente para
estampar em tudo o adeus, o sofrimento, a angústia, a tristeza e todo tipo de
sofrer. A morte está presente para mostrar o quanto os homens estão iludidos e
como não passam de pobres, fracos, enfermos e marcados na testa para o juízo
que há de vir.
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