“Curai enfermos,
ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de graça recebestes,
de graça daí” (Mateus 10:8).
LIDANDO COM A MORTE: “ressuscitai mortos...”
Caro
leitor, a presença da morte é a maior e mais poderosa prova do efeito do pecado
em nossos corpos: “...o salário do
pecado é a morte...” (Romanos 6:23). O que adianta qualquer cura, se a
morte persiste em seu trabalho? Por que buscar esse bem físico dos homens,
quando a morte há de retornar para dar seu golpe final? Acaso nosso Senhor se
ocupou com essas atividades cujos resultados são passageiros? É claro que Ele
mostrou Seu poder contra a morte quando operou os milagres ressuscitando
mortos, mas tudo tinha em vista provar Sua identidade como sendo Ele mesmo o
próprio Jeová e para mostrar ao mundo que o reino do céu está infinitamente
acima do reino transitório deste mundo e que Sua missão neste mundo foi
resgatar pecadores.
Caro
leitor, deixemos que o mundo se ocupe com essas necessidades triviais, no
anseio inútil de erradicar o que jamais poderá fazê-lo. O mundo inteiro se
organiza na luta contra Deus e não contra o pecado. Para o mundo Deus é o
culpado e não o homem, por essa razão eis que os homens trabalham arduamente e
gastam seus recursos para o nada. Nosso Senhor, claro, se compadeceu da miséria
do homem e agiu para livrar milhares desse sofrimento advindo do pecado. Mas
Sua missão tinha como meta dar um golpe fatal em toda inimigos e assim
destruí-los de uma vez. Isso ocorreu na cruz.
Veja bem
que nosso Senhor não veio tornar este mundo melhor, mas sim destruir este
sistema maligno e mostrar Seu reino eterno, invisível e glorioso – o reino de
Deus. Vejamos como Ele tratou o ladrão na cruz. Ele não o preparou para
enviá-lo de volta ao mundo, mas sim para fazê-lo apto para o céu. Também, mesmo
naqueles que aqui foram salvos e ainda permaneceram vivendo no mundo por um
pouco de tempo, todo pensamento deles foi mudado para as realidades eternas.
Eles não tinham em seus corações qualquer ambição por uma vida melhor aqui.
Suas esperanças miravam a glória eterna e viviam aqui à luz dessa realidade que
haveria de aparecer.
Amigo, eu
sei que essas são tão lógicas e claras, mas o fato é que o engano do pecado
tende a nos empurrar para o lado oposto das realidades eternas. Acredito que
somente uma intervenção da graça para que acordemos de nossa inércia
espiritual. Vezes após vezes Deus permite que alguma coisa deste vida seja
rasgada e retirada de nós, a fim de que lembremos o quanto tudo isso aqui tem
sido afetado e amaldiçoado pela morte. Estamos caminhando pela estrada que nos
levará à experiência da morte; um dia fecharemos nossos olhos para esta
realidade mundana, a qual parece tão festiva.
Então, digo
e afirmo aos meus leitores que todos os atos de ressurreição feitos pelo Senhor
foi uma explicação temporária daquilo que virá eternamente: “...e eu o ressuscitarei no último dia”. Esses milagres deveriam abrir os olhos dos
homens para essas eternas realidades. Nosso Senhor jamais teve o interesse de
fechar os cemitérios, nem de por um ponto final na jornada da morte física. Ele
já a venceu na cruz e virá o grandioso dia quando ela será para sempre
arrancada, extirpada do universo e será lançada no lago de fogo. Enfim, resumo
os atos de milagres do Senhor como evidência também de Sua compaixão. Em tudo
nosso Senhor utilizou Seus atos de bondade como pontes para comunicar Sua
salvação eterna aos pecadores, a fim mostrar aos homens Sua tão grande
Salvação.
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