quarta-feira, 1 de outubro de 2014

TRABALHO PERFEITO DO EVANGELHO (10)




Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de graça recebestes, de graça daí” (Mateus 10:8).
LIDANDO COM A MORTE: “ressuscitai mortos...”
         Caro leitor, a presença da morte é a maior e mais poderosa prova do efeito do pecado em nossos corpos: “...o salário do pecado é a morte...” (Romanos 6:23). O que adianta qualquer cura, se a morte persiste em seu trabalho? Por que buscar esse bem físico dos homens, quando a morte há de retornar para dar seu golpe final? Acaso nosso Senhor se ocupou com essas atividades cujos resultados são passageiros? É claro que Ele mostrou Seu poder contra a morte quando operou os milagres ressuscitando mortos, mas tudo tinha em vista provar Sua identidade como sendo Ele mesmo o próprio Jeová e para mostrar ao mundo que o reino do céu está infinitamente acima do reino transitório deste mundo e que Sua missão neste mundo foi resgatar pecadores.
         Caro leitor, deixemos que o mundo se ocupe com essas necessidades triviais, no anseio inútil de erradicar o que jamais poderá fazê-lo. O mundo inteiro se organiza na luta contra Deus e não contra o pecado. Para o mundo Deus é o culpado e não o homem, por essa razão eis que os homens trabalham arduamente e gastam seus recursos para o nada. Nosso Senhor, claro, se compadeceu da miséria do homem e agiu para livrar milhares desse sofrimento advindo do pecado. Mas Sua missão tinha como meta dar um golpe fatal em toda inimigos e assim destruí-los de uma vez. Isso ocorreu na cruz.
         Veja bem que nosso Senhor não veio tornar este mundo melhor, mas sim destruir este sistema maligno e mostrar Seu reino eterno, invisível e glorioso – o reino de Deus. Vejamos como Ele tratou o ladrão na cruz. Ele não o preparou para enviá-lo de volta ao mundo, mas sim para fazê-lo apto para o céu. Também, mesmo naqueles que aqui foram salvos e ainda permaneceram vivendo no mundo por um pouco de tempo, todo pensamento deles foi mudado para as realidades eternas. Eles não tinham em seus corações qualquer ambição por uma vida melhor aqui. Suas esperanças miravam a glória eterna e viviam aqui à luz dessa realidade que haveria de aparecer.
         Amigo, eu sei que essas são tão lógicas e claras, mas o fato é que o engano do pecado tende a nos empurrar para o lado oposto das realidades eternas. Acredito que somente uma intervenção da graça para que acordemos de nossa inércia espiritual. Vezes após vezes Deus permite que alguma coisa deste vida seja rasgada e retirada de nós, a fim de que lembremos o quanto tudo isso aqui tem sido afetado e amaldiçoado pela morte. Estamos caminhando pela estrada que nos levará à experiência da morte; um dia fecharemos nossos olhos para esta realidade mundana, a qual parece tão festiva.
         Então, digo e afirmo aos meus leitores que todos os atos de ressurreição feitos pelo Senhor foi uma explicação temporária daquilo que virá eternamente: “...e eu o ressuscitarei no último dia”.  Esses milagres deveriam abrir os olhos dos homens para essas eternas realidades. Nosso Senhor jamais teve o interesse de fechar os cemitérios, nem de por um ponto final na jornada da morte física. Ele já a venceu na cruz e virá o grandioso dia quando ela será para sempre arrancada, extirpada do universo e será lançada no lago de fogo. Enfim, resumo os atos de milagres do Senhor como evidência também de Sua compaixão. Em tudo nosso Senhor utilizou Seus atos de bondade como pontes para comunicar Sua salvação eterna aos pecadores, a fim mostrar aos homens Sua tão grande Salvação.

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