“Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que
é o que o Senhor requer de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a
benevolência, e andes humildemente com o teu Deus?” (Miquéias 6:8).
O
HOMEM EM RELAÇÃO AO SEU PRÓXIMO - AMOROSO: “...que ames a misericórdia...”
Querido
leitor, vemos que somente o evangelho soberano pode fazer o que a lei jamais
pode, nem poderá fazer no homem. Somente Deus mesmo pode retirar um coração de
pedra, cheio de orgulho e dar ao homem um coração que teme o Seu Nome. O viver
sábio neste mundo consiste em andar no temor do Senhor e quando isso acontece
certamente homens e mulheres amarão a misericórdia. O mundo precisa conhecer
homens e mulheres que foram transformados pela graça! O mundo precisar conhecer
esse exército, cujas armas são diferentes daquelas que o mundo exibe! Estão no
mundo, mas não são do mundo e carregam em seus corações perfeitas e preciosas
bênçãos derivadas da cruz. Certamente não são homens e mulheres aplaudidos pelo
mundo, pois são peregrinos e forasteiros na terra (Hebreus 11:13.
Caro
leitor, o que o mundo realmente precisa? Se o mundo inteiro jaz no maligno (1
João 5:19); se é um império das trevas, da mentira e da escravidão do pecado
(Colossenses 1:13 e João 8:34), certamente o mundo precisa de homens e mulheres
carregados de misericórdia. Então, devemos saber como se manifestam os atos de
misericórdia no viver dos verdadeiros crentes.
Primeiramente,
a misericórdia nos faz corajosos e abnegados. Quando veem os homens no sofrimento
ocasionado pelo pecado, certamente aqueles que foram achados pela visitação
compassiva do Senhor há de querer servir aos homens. Foi assim com Paulo.
Quando pela graça soube que era o principal dos pecadores (1 Timóteo 1:15) e
que o Senhor deixou Sua glória para vir aqui para salvá-lo, o viver dele mudou
completamente. Para ele o viver era Cristo e o morrer era lucro; a vida aqui
era o bem-estar espiritual do povo de Deus e a pregação do evangelho
(Filipenses 1).
Homens
e mulheres que experimentaram a visitação compassiva de Deus em suas vidas
tornam-se corajosos e cheios de fé. O mundo para eles não é um paraíso, mas sim
um vale de aflições (João 16:33), onde jamais serão honrados e aceitos, mas
estão aptos no coração para servir. Eles carregam consigo riquezas jamais
achadas aqui e estão prontos para levar as maravilhas eternas pelos confins da
terra.
Em
segundo lugar, a misericórdia nos leva a buscar recursos no Deus de
misericórdia. Foi assim que homens e mulheres prevaleceram em oração; persistiram
em clamar, suplicar e interceder perante o Trono de Misericórdia (Hebreus
10:19). Certamente foi com seu coração cercado de amor e compaixão pelo seu
povo que Moisés corajosamente enfrentou a ira de Deus (Êxodo 32). Aquele povo
estava lá em baixo adorando o bezerro de ouro e blasfemando de Deus com seus
atos e palavras. Mas, Moisés conhecia o coração terno e amoroso do seu Senhor,
por isso se colocou perante a face do Senhor e lutou incessantemente para que
não somente a Ira divina fosse retirada como também encontrasse o favor
gracioso de Deus para guiar Israel pelo deserto.
Caro
leitor, somente os corações lavados e purificados pelo sangue conhecem a
verdade da misericórdia na prática. Eles foram enviados ao mundo para serem os
luzeiros num ambiente de terror. Todos eles passam por provações e são
aperfeiçoados na fé, a fim de que sejam úteis nesta vida. Depois de vários anos
sofrendo tristezas, saudades, solidão e injustiças que José estava pronto para
exercer, não tirania, não vingança, mas sim misericórdia. Foi Ele o instrumento
de Deus para livrar o mundo da fome; tinha em sua mão o escrito de perdão para
passar para seus irmãos, porque bem sabia que a mão de Deus estava em toda
aquela história tão dramática que passou.
Amigo
leitor, pode o mundo entender isso? Quem pode realizar as façanhas da
misericórdia de Deus? “Digam-no os remidos do Senhor, os que Ele resgatou da
mão do inimigo” (Salmo 107:2)
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