quinta-feira, 2 de outubro de 2014

DECISÃO DEFINIDA (31de 33)



"Assim diz o Senhor: Ponde-vos à margem no caminho e vede, perguntai pelas veredas antigas: qual é o bom caminho; andai por ele e achareis descanso para as vossas almas; mas eles dizem: não andaremos." Jeremias 6:16.
A TRISTE DECISÃO DO HOMEM (quarta)
            Quão insensata é a decisão do homem em relação ao bom caminho! “Não andaremos”, será sempre a resposta que sai dos seus lábios, ou mesmo que fica escondida no recôndito de sua alma, mas revelando em seus atos. Não há outro recurso, senão apelar para as misericórdias do Senhor e assim apresentar aos homens a mensagem do evangelho, a qual mostra o Deus de toda graça, que se aproxima para atrair o pecador ao Seu amor. Eis aí a gloriosa e santa lei que mostra a triste condição do homem no pecado; que revela a profundidade do poço da perdição, onde a alma se encontra atolada no lamaçal da sua abominável escolha em Adão. Ah! Como os homens fazem festas e cantam vitórias em sua ignóbil condição! Como os olhos do coração estão completamente tapados! Eles nada sentem, senão o prazer do momento! E nessa perigosa situação acham que Deus está perto e que Suas mãos de bênçãos estão estendidas sobre eles. Desconhecem aquele que habita no Alto e Santo lugar e que tem o nome de Santo (Isaías 57:15).
         A mensagem graciosa do evangelho é fundamentalmente a mensagem de um Deus Soberano. Ela afirma que é Deus que faz com que o pecador se aproxime Dele, e o faz na Sua livre misericórdia. Encaremos o que Ele mesmo fala em tom desafiador:: “... Pois, quem de si mesmo ousaria aproximar-se de mim?...” (Jeremias 30:21). Essas palavras mostram que a esperança do pobre pecador está na decisão do coração compassivo e terno do Senhor, e não na decisão tomada pela iniciativa humana. Sendo assim, como não apelar para o Redentor e Senhor? Como não rasgar o coração perante Ele em atitude de humilhação? Como não confessar: “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como o trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades, como um vento nos arrebatam” (Isaías 64:6)?
         Amigo leitor, está bem claro que sem a atuação da livre compaixão de Deus o pecador continua cercado pelo engano, suspenso pela soberba, amarrado em seus erros e lisonjeado pelo deus deste século. O poder do pecado é arrebatador e o homem não consegue livrar-se da sedução mundana. A mulher de Ló ficou enfeitiçada pela euforia e amizades de Sodoma e Gomorra, e mesmo sendo puxada para fora da cidade, seu coração estava aprisionado lá, até que a morte chegou para selar seu compromisso com aquilo que tanto amou. Onde estava seu tesouro, ali estava também seu coração. O mundo é o paraíso do pecado, e a alma não salva jamais consegue desviar-se desses atrativos carnais. Sua glória está aqui; seus bens são armazenados neste reino transitório; sua família é a sociedade amotinada contra Deus, e sua esperança é que o império da mentira seja mais iluminado das vanglórias provenientes do seu príncipe.
         Preciso levar o amigo leitor ao trono da misericórdia; almejo expor perante a verdade o leitor que, de coração, deseja conhecer o Deus que dá vazão à Sua misericórdia. Enquanto brilha essa compaixão de Deus não há outra alternativa, senão anunciar ao pecador a tão grande salvação conquistada pelo Cordeiro de Deus na cruz do calvário. Somente uma alma humilhada pode achegar pela fé ao único Redentor e Senhor. Deus conversa com o pecador no território do arrependimento; Ele fala à alma humilhada; Ele está perto daquele que O invoca de todo coração; Ele chega com todos os tesouros da salvação eterna para o pecador desejoso de conhecê-Lo. A água da vida Ele a dá para o que tem sede; é Ele o pão vivo para o que tem fome. Eu não sei onde essa meditação tem chegado. Eu a envio na certeza que a Palavra de Deus corre velozmente, alcançando corações e produzindo fruto para a Glória desse Deus que se revelou aos pecadores. 


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