quarta-feira, 1 de outubro de 2014

DECISÃO DEFINIDA (31)



"Assim diz o Senhor: Ponde-vos à margem no caminho e vede, perguntai pelas veredas antigas: qual é o bom caminho; andai por ele e achareis descanso para as vossas almas; mas eles dizem: não andaremos." Jeremias 6:16.
A TRISTE DECISÃO DO HOMEM (terceira)
         Prezado leitor, o final deste verso nos coloca diante da decisão que é de se esperar por parte do homem em seus pecados, porquanto ele obstinadamente dirá ao convite de amor do evangelho santo: “Não andarei nesse caminho”. Seu andar pelo caminho largo faz com que ele sinta as agradáveis brisas que vêm deste mundo enganador; seus pensamentos, emoções e vontade circulam em torno daquilo que está abaixo do sol, e nada mais (Eclesiastes 1:14). Mesmo as advertências dirigidas pela Palavra da verdade, em nada fazem estremecer sua alma, porque o engano do pecado fortalece seu egoísmo, e sua incredulidade o mantém cego em relação às coisas eternas.
         A reação do povo judeu contra a misericordiosa mensagem do profeta é a mesma reação daquele que persevera em seu mau caminho: “Enganoso é o coração e desesperadamente corrupto, quem o conhecerá?” (Jeremias 17:9). Vemos nesse verso por que o homem natural age como age, simplesmente porque seu coração é enganoso e corrompido. O pecado na sua arte de ludibriar mantém o homem no caminho perigoso pensando que está no caminho certo, sem perceber que está carregado de justiça própria. Ele se acarreta de religião e de atos religiosos, sem, contudo perceber que seus motivos são carnais e mundanos. Deus permite que um homem prossiga sua jornada enganosa sentindo uma perigosa paz, porque não há um lugar melhor para acalmar um coração enganoso e enganado senão numa vida religiosa. Porém, quando chega o momento adequado, o coração revelará publicamente suas motivações pervertidas. Judas caminhou tranqüilo e sossegado por muito tempo como discípulo e apóstolo, até que sua motivação de torpe ganância veio à tona, e então mostrou que sempre havia desprezado o bom caminho, preferindo as glórias mundanas. O que o homem no pecado quer, ele há de ter. Se sua fé natural anseia por dinheiro, prazeres, conforto, seja feito segundo a sua fé. O deus deste século (2 Coríntios 4:4) sabe como manter uma alma entretida e ocupada; ele chega à alma com promessas de uma vida melhor e mais confortável em seu mundo; ele sabe como elevar uma alma até as alturas da soberba e sustentá-la assim até o fim.
         Mas, venho tomar a gloriosa Palavra da verdade a fim de atrair corações para a verdade. O Deus da Bíblia jamais pode ser iludido pelas artimanhas e manipulações do coração. Vemos em Jeremias 2 que o povo judeu estava sempre usando de desculpas quando ouvia a mensagem. Quando Deus falava àquele povo da sua impureza e idolatria, eles replicavam dizendo: “... Não estamos contaminados, nem andamos após baal...” (2:23). Estavam sempre chamando Deus de mentiroso na tentativa de encobrir seus caminhos tortuosos. Mas em seguida, eis o que Senhor diz: “... vê o teu caminho no vale; conhece o que fizeste...” (2:23). Quão enganoso é o coração! Quer sempre discutir com Deus; quer sempre repreender e ensinar o Soberano! O Senhor está sempre apontando ao orgulhoso coração as marcas deixadas pelos seus pés nos caminhos tortuosos por onde anda: “vê o teu caminho no vale”. Em sua conversa, o que faz, por onde anda e com quem anda, o homem está deixando suas pegadas provando pelos seus atos que recusa o bom caminho.
         Qual a solução? Só uma atitude de humilhação: “... Conhece o que fizeste...” (Jeremias 2:23). O Deus da Bíblia tem prazer num coração humilhado e quebrantado; o Deus da Bíblia achega-se para falar ao coração arrependido e sua graça ergue do pó o desvalido.

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