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“Ninguém
pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer; e eu o ressuscitarei no
último dia”
(João 6:44).
A NECESSIDADE DA
SOBERANIA (continuação) “Ninguém pode vir a mim...”
Prezado leitor, que seus corações estejam
sedentos dessa preciosa verdade vista nesse verso: “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não
o trouxer...”! Que grande desejo tem meu coração, que
Cristo seja conhecido conforme a revelação bíblica, pois sei que satanás não
descansa em fazer com que seja divulgado outro cristo, exatamente como está
acontecendo em nossos dias. Ir ao Filho de Deus para pertencer a Ele para
sempre não é algo atraente à natureza carnal, tão mundana e idólatra. A
mensagem santa do evangelho apresenta um caminho indesejável à carne para que o
pecador se achegue ao Salvador bendito; a natureza adâmica não tolera e procura
se esconder num lugar escuro, porquanto a mensagem desse evangelho descobre o
homem do coração e toda aparência é desfeita; toda vaidade e fantasias
religiosas são transformadas em cinzas, porquanto Deus requer a verdade no
íntimo. Portanto, quero convidar meus leitores para que humilde e corajosamente
apresentem o documento de identidade espiritual ao Senhor, mostrando quem são
em Adão, sua culpa e merecimento do castigo eterno.
Na
meditação anterior procurei ressaltar a glória, sublimidade e auto-suficiência
de Cristo, a fim de que meus leitores saibam quem realmente é Jesus. Não tem
linguagem humana que possa descrever a grandeza do Filho de Deus. Ir a Cristo
não é uma decisão minha, mas de Deus. Ir a Cristo é o mais sublime e glorioso
privilégio que alguém pode ter, porquanto é uma entrega feita pelo Pai (João
6:37); é um acontecimento inaudito, que necessita de uma obra miraculosa de
Deus agindo no homem, caso contrário não há qualquer possibilidade por parte do
homem de achegar-se a Ele. Portanto, para um entendimento um pouco mais
aprofundado nesse assunto trago uma passagem que considero momentosa. Veja as
palavras de Cristo em Mateus 11:25-27: “...Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos
pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado. Todas as coisas me
foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém
conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar. Como homem, Jesus estava advertindo as cidades de Cafarnaum e
Betsaida acerca do terrível juízo que fatalmente cairia sobre elas, porquanto
tendo visto tantos milagres não se arrependeram. Seu coração estava dilacerado
em face da incredulidade e rebelião daquele povo, mas eis que imediatamente
nosso Senhor, como que, deixa o cenário terreno e abre a cortina para mostrar
os atos soberanos de Deus.
Nosso
Senhor afirma no texto: “Ninguém conhece o
Filho, senão o Pai...”. Percebe-se nessas palavras o mistério
que envolve a sublimidade da pessoa do Filho de Deus. O mundo com sua
sabedoria, esperteza e religiosidade mentirosa nem sequer pode tocar nesse
cenário de glória. As multidões podem fazer um barulho ensurdecedor em volta do
nome de Jesus; podem criar inúmeras fantasias e superstições em volta de um
Cristo mundano, porém, nem sequer podem tocar numa vírgula dessa glória que
envolve o Filho de Deus. É uma riqueza intocável; nem sequer os anjos podem
aproximar sem sentir o terror de um juízo merecido. Minhas palavras são
extremamente pobres, não podem levar muita luz às mentes obscurecidas, mas
creio que posso ajudar um pouco meus leitores no entendimento daquilo que o
Senhor afirma na frase: “Ninguém pode vir a
mim, se...”. Mas o evangelho chega para notificar a
glória do Filho de Deus, não do homem! A Palavra de Deus tem em vista acercar
pecadores dessa luz que humilha o homem, mas que cria o ambiente propício para
a grande visitação de Deus aos perdidos.
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