sábado, 2 de março de 2013

SOBERANIA DE DEUS NA SALVAÇÃO (16)




Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia” (João 6:44).
         A NECESSIDADE DA SOBERANIA (continuação) “Ninguém pode vir a mim...”
         Prezado leitor, na meditação anterior procurei ressaltar a necessidade da soberania de Deus na salvação mediante a experiência vivida pelos verdadeiros crentes; como vivem na dependência da força da graça; como lutam constantemente contra as fraquezas da carne, do mundo e do diabo; como batalham em oração, rogos e súplicas perante seu Deus. Certamente, toda falsificação religiosa desconhece essa fraqueza na carne e a inteira dependência da graça no viver. Os verdadeiros e genuínos crentes sabem por experiência que a vida cristã começa com Deus, continua com Deus e terá seu aperfeiçoamento em Deus (Filipenses 1:6).
         Nosso Senhor deixa claro no texto: “Ninguém pode vir a mim...”. Creio que devemos pisar bem o terreno da natureza maligna e enganosa dos homens, porquanto, conhecendo meu próprio coração sei o quanto o engano do pecado induz o homem a pensar no íntimo que, inerente ao ser humano há um poder que o leva a Deus. Nosso Senhor afirma no texto: “Ninguém pode...”. Ele não diz que há alguns que podem, outros não podem. Ora, nas meditações anteriores ficou bem claro que na condição de mortos há completa e total impossibilidade da parte de qualquer indivíduo. Caro leitor, a Palavra de Deus não está tratando de uma decisão por parte do homem para escolher uma religião ou um modo de vida melhor. O texto refere-se a ir ao Filho de Deus e tal decisão pertence totalmente a Deus: “...Pois quem por si mesmo ousaria chegar-se a mim? diz o Senhor” (Jeremias 30:21).
         Caro leitor, a natureza carnal e mundana é demasiadamente inclinada a buscar experiências religiosas. No pecado os homens estão aptos para fabricar o bezerro de ouro, dançar em volta dele, cantar-lhe louvores e declarar que aquilo é Jesus. A natureza enganosa gosta de saltitar, pular e sentir-se entusiasmada com um deus fabricado pelo entusiasmo do coração. Ah! Como vibra a carne com as mentiras religiosas que pululam em nossos dias, despidas de santidade, temor e reverência! Isso que parece ser luz celestial, não passa de faíscas que sobem das brasas infernais, não dando descanso a carne, mas entretendo-a enquanto os homens caminham em direção ao abismo. Oh carne enganosa! Como pode agradar Àquele que afirma que: “os que estão na carne não podem agradar a Deus”? (Romanos 8:8). Se ainda está morto no pecado, como adorar àquele que requer adoração no espírito (João 4:24)? Como pode oferecer ao Santo uma adoração firmada na verdade, se ainda os olhos estão tapados para a compreensão da glória de Cristo? (2 Coríntios 4:4).
         Caro leitor, o evangelho chega para silenciar lábios altivos, desmascarar sofismas e conduzir pecadores ao lugar onde os pecadores condenados devem ser achados – no pó. Cristo afirmou que veio chamar pecadores ao arrependimento (Mateus 9:13). Ó almas marcadas pela maldição da lei, que vocês sejam acordadas agora, despertadas para conhecer Aquele que na cruz se tornou maldição em lugar dos perdidos (Gálatas 3:13)! Ó almas que agora nada sentem dos perigos eternos que lhes cercam; que as alfinetadas da lei venham fazer com que vocês clamem em busca dessa tão grande salvação que há no Filho! Deus enviou o Seu Cordeiro ao mundo para salvar perdidos! Contemplem a cruz pela fé! Contemplem o Justo e Santo, o perfeito substituto de profanos e rebeldes, o qual sofreu a morte a fim de conduzi-los a Deus! Podem vocês agora escutar a doce e meiga voz a chamar pecadores? Ele se manifesta cheio de misericórdia, de ternura e compaixão aos humilhados! Ele é riquíssimo em misericórdia, por isso se apresenta perante os arrependidos, carregado de perdão eterno, justiça eterna, santidade eterna e outras maravilhas que pertencem exclusivamente à vida que há Nele!

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