“Não
é a minha Palavra fogo, diz o Senhor, e martelo que
esmiúça a penha?”
(Jeremias 23:29). PODER
DESTRUIDOR:
Prezado amigo consideremos bem essa
declaração do Senhor exaltando a suficiência da Sua Palavra, quando afirma que
Sua Palavra é martelo que esmiúça a penha. O propósito principal da Palavra é
atingir o coração do homem; o alvo de Deus é atacar as fortalezas do mal, a
residência fortificada do pecado. A Palavra de Deus não é um livro, cujo intuito
é satisfazer a curiosidade da cultura e responder interrogações mundanas. Como
fogo, ela tem a função de queimar toda palha, toda mentira e falsificação
religiosa deste mundo. Como martelo ela tem a função de destruir as forças do
mal que circundam o coração do homem em sua revolta contra Deus.
Ora, o trabalho de Jeremias tinha como
meta bater fortemente naqueles corações endurecidos. A palavra de Deus em sua
boa era um martelo que não cessava de cumprir seu dever de martelo. Naqueles
dias os profetas, cheios da misericórdia do alto atacavam as fortalezas e
lutavam para por abaixo as altas muralhas do orgulho e do atrevimento daquele
povo contra Deus. A mensagem deles era revestida da unção de Deus, cheia da
autoridade do “assim diz o Senhor”, desafiando as mentiras dos falsos
profetas. Nada havia daquela paz oferecida pelos
falsos profetas; nada havia do melado da lisonja e dos interesses avarentos de
homens malignos. A mensagem dos profetas era carregada da justiça, do juízo, bem como da misericórdia, por isso era um
terror para as consciências cauterizadas.
É assim a mensagem do evangelho da
glória de Cristo e que deve ser pregada em nossos dias. É a mensagem que
humilha o homem, glorifica a Deus, mas que de fato eleva a alma arrependida à
glória da comunhão com o Deus vivo e verdadeiro. O martelo de Deus é uma
verdadeira dinamite! O evangelho puro é o poder de Deus (Romanos 1:16), e a
palavra “poder”, usada por Paulo é o termo grego dinamys, de onde vem o nosso
vocábulo “dinamite”. Você leitor sabe bem o poder da dinamite. Paulo carregava
consigo esse poder onde surgia oportunidade para pregar. Ele sabia bem que a
obra era de Deus, não dele, não da filosofia, não da habilidade humana. Ele
sabia bem que ao pregar o evangelho, a incumbência estava na própria mensagem
em atrair os pecadores para a salvação e afugentar os endurecidos.
Querido leitor consideremos juntos essa
sublime verdade a respeito da Palavra! Nós estamos vivendo dias de extrema
apostasia. Igrejas estão abandonando a verdade revelada e estão abrindo os
braços para a mensagem humanista. Adocicaram a mensagem para agradar os
corações fantasiosos e vaidosos dos homens mundanos. Jogaram fora preciosas
verdades da soberana vocação; lançaram ao desprezo as velhas doutrinas como se
elas fossem lixo; como os filisteus, pastores jogaram entulhos nas cisternas
cavadas pelos apóstolos e profetas.
O martelo de Deus foi trocado por um
martelo de plástico! A mensagem foi alterada e trocada por algo que venha a
atrair as paixões carnais! Nada da vergonha da cruz! Nada de arrependimento! Nada
de humilhação, nem quebrantamento do homem natural. Querem levar muitos para o
céu; querem entregar bilhetes de entrada ao céu de graça para as multidões
amantes do mundo.
Amigo leitor, o Senhor Deus jamais
adaptou Sua Palavra ao gosto do mundo. O mundo de hoje, chamado de pós
modernidade, não passa de ser o mundo que jaz no maligno. É o mesmo desde a
queda em Adão; é o mesmo desde os dias de Paulo. O coração humano é o mesmo
depravado, presunçoso e odiador de Deus. O homem no pecado está morto para Deus
(Efésios 2:1)! O homem no pecado continua sendo amante do mundo, da carne e
almeja ser religioso, desde que a religião favoreça sua liberdade na maldade.
O que devemos fazer? Mudar a mensagem?
Jamais! Quem poderá mudar o homem? Quem poderá chamar o homem da morte para a
vida? A resposta é simples e categórica: A palavra inalterada e gloriosa que
Deus ordena que Seus servos preguem.
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