quinta-feira, 16 de maio de 2024

“A SIMPLICIDADE DA FÉ” (8)


...Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:42,43)

UMA BUSCA CORRETA DA SUA SALVAÇÃO.

Outro detalhe de grande importância é que a fé fez aquele moço reconhecer seus pecados. A frágil mensagem do evangelho atual tem alavancado pessoas sem qualquer convicção e dando-lhes certeza de salvação. Eu mesmo posso confessar que no alvorecer do meu ministério fiz isso muitas vezes e posso afirmar que foi prejuízo para a igreja do Senhor. Claro que houve sinceras conversões a Cristo, mas boa parte houve um toque de certeza jamais dado pelo Espírito Santo, e isso resulta em orgulho e não em vidas santas.

Já vi e ouvi de casos de decisões feitas na base do suposto livre-arbítrio. Aceitar isso tem sido a força de um evangelho humanista por muitos anos, cujos resultados estão aí, sem fruto de piedade, temor ao Senhor e vidas cheias da abundância de Cristo. Tomo o evangelho da glória de Cristo, porque esse título traz consigo o verdadeiro significado da origem e da pureza desse evangelho. O evangelho da glória de Cristo (2 Coríntios 4:4) é a mensagem que satanás e o mundo odeiam, porque o destaque é a “glória de Cristo” e não a glória do homem. O trabalho é feito pelo Espírito Santo e pela Palavra. É claro que entra a convicção do pregador, o que é de vital importância, porque normalmente Deus usa homens chamados por Ele, a fim de comunicar aos homens (1 Tessalonicenses 1:5).

Mas podemos perceber que a força do evangelho da glória pode descartar a instrumentalidade humana. Foi esse o caso da cruz. Ali houve o encontra direto do pecador com o Salvador e da fé com a graça. Nota-se que quando brilhou a doce luz do Consolador no coração daquele moço, imediatamente um novo homem surgiu, mostrando a diferença do antigo homem em Adão. A confissão dele foi direto para nocautear a incredulidade do moço que foi seu antigo colega na arte de roubar.

Agora surge um novo homem em Cristo, pois ele reconheceu seu pecado imediatamente. Veja caro leitor a sobrenatural atividade do Espírito Santo na salvação do pecado. Quem pode levar o homem a reconhecer seu pecado e à confissão? Somente Deus. Mesmo o rei Davi, sendo um homem segundo o coração, em seu orgulho se fechou e tentou se armar para se inocentar dos seus dois terríveis atos em adulterar com Bate-Seba e mandar matar o marido (2 Samuel 11). A tendência do homem é que quando seu pecado é revelado é se rebelar, tornar-se violentou ou então se esconder. Mas não foi o caso de Deus, conforme vemos no Salmo 51, pois ele se atirou numa dramática, mas sincera confissão perante seu Deus.

Obviamente, nem todas reações são iguais; nem todas as confissões serão idênticas e muitas delas nem sequer são ouvidas. Mas a verdade é que em qualquer obra de salvação, há sim a confissão, audível ou não. O que importa é que Deus ouve e vê, pois o trabalho é Dele e não do homem. No caso do ladrão na cruz, ele mostrou sua confissão e essa confissão revelou o quanto ele passou a odiar seu pecado; o quanto havia morrido para o mundo; o quanto seu coração era diferente e cheio de temor; o quanto suas ambições terrenas faliram e desejos eternos tomaram seu ser para sempre.

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