quarta-feira, 8 de maio de 2024

“A SIMPLICIDADE DA FÉ” (4)


...Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:42,43)

UM CONCEITO CORRETO A RESPEITO DO HOMEM

Devemos ter sempre em mente que nossos atos provam o que merecemos. Foi essa verdade transmitida por Jeremias em Lamentações 3:39: “Por que, pois, se queixa o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus próprios pecados”. O ladrão que se converteu ali estava plenamente consciente de sua situação perante Deus. Ele era culpado e sua ainda era mais imensa porque, além de punido pelas seis dos homens, a lei de Deus também o declarava ser ele maldito e digno do inferno.

Quanto vemos hoje a ausência dessa convicção de pecado em nossos dias! Satanás espalhou sua soberba de tal maneira que o povo sempre está buscando seus direitos. As pessoas hoje não estão à busca de um salvador para suas almas. Normalmente as vemos à procura de oração, pedindo bênçãos por um viver mais confortável aqui. Nem preciso falar dos aproveitadores, os falsos mestres que sabem como arrancar os bens do povo.

Voltemos ao texto, porque precisamos saber o que fez aquele homem, em cujo coração Deus operou a fé salvadora. Veja como ele justificou a Cristo: “Este nenhum mal fez”. Noutras palavras, ele estava dizendo que agora viu sua culpa; que foi condenado e que merecia ser atirado no abismo. Ele estava vendo o abismo escancarado abaixo dele, mas ali estava o Salvador ao seu lado. Que ocasião oportuna! Enquanto a incredulidade domina o coração homem no pecado, ele jamais verá Jesus como a provisão de Deus para sua salvação. Os homens querem de Deus o milagre que faz tudo mudar aqui. O jesus do homem no pecado parece ter uma varinha mágica para num toque ser transformado num paraíso.

Examinemos a incredulidade natural do homem. Como os homens veem um salvador? Depende muito daquilo que tem no coração. Por essa razão os homens criam ídolos e se submetem com loucura a tais ídolos. A salvação que vem do Salvador enviado do céu não está nos planos do homem no pecado. Veja como aquele ladrão não convertido queria um salvador diferente. Ele olhou Jesus como um coitado; ele via como alguém tão culpado quanto ele e que precisava salvar a si mesmo: “Desça da cruz!” Veja como a incredulidade manifesta dó e não temor. Então, seus anseios por uma vida melhor aqui é que faz os homens criaram ídolos para cada detalhe da vida. Como não há sentimento de pecado, então, Jesus o Salvador não serve, porque não atende seus anseios.

Nota-se que aquele ladrão condenado estava ao lado da multidão que mandava crucificar Jesus. O que o mundo pensa é igual a todos os mundanos e nesse espírito nem podemos avaliar como se expande o campo da idolatria, pois o homem no pecado toma tudo o que tem de aparência religiosa para curtir seus interesses mundanos. Eles veem isso num batismo, na ceia, na oração e coisas semelhantes. Sem ver seus pecados, como o homem irá a Cristo? É impossível! Seus olhos devem ser abertos, seus ouvidos também e todo seu ser deve se mover para o Filho de Deus, o Cordeiro puro e sem mácula. Foi assim que aquele moço viu o Salvador e buscou sua salvação.

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