“Que mais se podia fazer ainda à minha vinha, que eu lhe não tenha feito? E como, esperando eu que desse uvas boas, veio a produzir uvas bravas” (Isaías 5:4)
A BUSCA POR FESTA PARA ESQUECIMENTO: “Ai dos que ajuntam casa a casa…”
Os que estão familiarizados com a história bíblica, pode lembrar bem do famoso “bezerro de ouro” feito pelos rebeldes de Israel à beira do Monte Sinai (Êxodo 32). Sem querer narrar o histórico, só faço menção do propósito daquele ídolo. Era um povo que se sentia livre da escravidão e não tinha mais seus exatores trazendo-lhes sofrimento, como ocorria no Egito. Mas a liberdade deles foi usada de modo errado, não foi para tributar louvores ao Deus que lhes tirou da escravidão com mão forte e poderosa. O coração deles estava fervendo de anseios por dar toda vazão aos anseios carnais, por isso fizeram o bezerro de ouro, para que fosse visto como a divindade que lhes tirou do Egito e que queria vê-los livres e felizes. Foi o que fizeram, pois assentaram para comer e levantaram para se divertir.
Por que os homens querem riquezas? A razão clara é que eles querem curtir a vida e a riqueza rasga o cenário e mostra o mundo com seu divertimento, avançando cada vez mais para as mais terríveis expressões do pecado. Foi o que Israel fez naqueles dias, pois com a vida cheia de prosperidade e tendo dinheiro para divertimento, então partiram para a felicidade banal que a carne tanto deseja. Eles queriam festas e até mesmos os cultos solenes no templo em Jerusalém tinha em vista seus prazeres. Era para mostrar ao Deus de Israel que eles estavam bem; que faziam tudo o que Deus ordenava na lei, como vemos no capítulo 1. Mas era tudo engano da carne, achando que podiam manipular Deus.
Afinal o que é que o povo fazia? Era errado divertir? Não. O problema era a motivação, pois o progresso material deles só mostrou a corrupção dos seus corações. Uma vez que pensavam ter manipulado Deus, então à frente para eles havia a liberdade para expressar seus insanos desejos de um coração corrompido. Já vimos o verso 8: “Ai dos que ajuntam casa a casa…”. Isso foi visto como o começo. Agora vejamos o que Deus em sua ira faria com Israel: “A meus ouvidos disse o Senhor dos exércitos: Em verdade, muitas casas ficarão desertas, até as grandes e belas, sem moradores”.
O que nosso Senhor está querendo dizer? Veja bem que o texto mostra a conversa entre as duas Pessoas da divindade, como vimos no começo do capítulo 5. Mas agora o que aparece são palavras de juízo. Os homens são assim, sempre pensa que a prosperidade continuará e que a vida será bela, sem qualquer interferência divina. Quando a vida é bela, próspera e cheia de aventuras românticas da carne, os homens pensam que tudo continuará assim. Para Belsazar, a festa no palácio duraria e que ninguém tiraria esse prazer, mas foi naquela mesma noite que ele foi morto e Babilônia foi tomada pelo exército Medo Persa.
Não há engano maior do que o que é promovido pela felicidade de uma vida livre e bela. O mundo de hoje vive assim; para a multidão tudo à frente é agradável, lindo e acham que estão recebendo as bênçãos de Deus para seus atos malignos. Que o Senhor venha abrir os olhos de muitos, para que sejam acordados, antes que o juízo chegue e os pegue desprevenidos. A impressão de liberdade num viver de prosperidade carnal é a mais perigosa armadilha que pega milhares desprevenidos.
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