“Que mais se podia fazer ainda à minha vinha, que eu lhe não tenha feito? E como, esperando eu que desse uvas boas, veio a produzir uvas bravas” (Isaías 5:4)
AS DUAS PESSOAS DA DIVINDADE E A VINHA
Estamos presenciando uma pessoa cantando para outra Pessoa da divindade. Deus está mostrando o fato que Dele nada vem ruim, tudo o que Ele faz é bom. Foi assim na criação e foi assim em todos os Seus atos em favor da raça. Mas quanto a Israel, Ele afirma que plantou uvas boas, mas veio a dar uvas bravas. É claro que Deus está usando uma metáfora para que compreendamos o quanto Ele é perfeitamente bom e justo em tudo o que faz. Ele não criou pecadores, Ele criou o homem perfeito, mas foi por decisão do homem que se afastou de Deus, trazendo assim o pecado e a morte.
No texto em Isaías 5 Deus fala acerca de Israel, usando essa linguagem conhecida de plantação de uvas, a fim de explicar uma coisa desconhecida. Voltando ao texto vemos como Deus fala dos detalhes dessa plantação, como escolheu um lugar fértil (verso 1), como Ele limpou, uma referência à terra de Israel e aos inimigos que Ele havia arrancado de lá. Então, tendo feito tudo bem feito, Ele plantou de excelentes vides (verso 2). Depois Ele edificou uma torre, mostrando a proteção que Ele sempre mostrou para com Israel o quanto era o guarda de Israel e como Seus olhos vigiavam a nação contra a invasão inimiga. Além disso, Ele mostra no texto (verso 2) que construiu um lagar. O investimento foi perfeito; Deus o fez como um empresário faz, tendo em vista o lucro.
Mas no caso do Senhor é diferente. Ele plantou uma vinha para que desse fruto. Tudo isso deve ser entendido numa linguagem espiritual. O que Ele faz? Ele se volta para os moradores de Jerusalém: “Agora, pois, ó moradores de Jerusalém, e homens de Judá, julgai, vos peço, entre mim e a minha vinha”. O que o Senhor vê como resultado do Seu investimento na vinha? Ele olha para os habitantes de Jerusalém e os vê como “uvas bravas”. Deus é santo, justo, puro, mas ali estava em Jerusalém e em Judá homens malignos, mentirosos, sujos, tentando ludibriar o próprio Deus. Deus resume tudo isso na frase: “...esperava que desse uvas boas, porém deu uvas bravas”.
Será que podemos entender essas verdades? Não é verdade que toda luta de satanás e dos homens é para atacar Deus e acusá-lo de ser injusto e cruel? Mas aí está o Santo de Israel dizendo que “esperava que desse uvas boas, porém, deu uvas bravas”. Então, passamos a ver no restante do texto de Isaías 5 um quadro desolador dos juízos de Deus contra a nação de Israel. Não tenho dúvida que é exatamente isso o que Deus sempre fez no mundo como sinais claros de seus juízos.
Olhemos a raça caída e o que podemos dizer? Na mesma linguagem metafórica de Deus, dizemos que Ele plantou uvas boas, mas o que surgiu foram “uvas bravas”. O que vemos hoje? Vemos a mesmíssima situação religiosa, como expostas em Isaías 5 em Israel. Não é preciso que devemos trazer à baila tanto as maravilhas do amor e da graça de Deus como também os terrores da Sua ira? Não é verdade que os homens desta época tão orgulhosa devem saber que estão na mesma condição dos homens de Israel nos dias do profeta Isaías?
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