“Que mais se podia fazer ainda à minha vinha, que eu lhe não tenha feito? E como, esperando eu que desse uvas boas, veio a produzir uvas bravas” (Isaías 5:4)
PAIXÃO POR POSSESSÕES TERRENAS: “Ai dos que ajuntam casa a casa…”
Como tudo começou e começa? Impressionante ver como o pecado tem suas manobras neste mundo. No caso de Israel o problema de produzir uvas bravas não começou com aparentes atos de idolatrias. O povo parecia que adorava a Deus, ia para Jerusalém, levava ofertas, instrumentos musicais, animais considerados puros para os sacrifícios. Tudo parecia estar indo muito bem. Mas quando lemos Isaías 1 vemos que a coisa não era bem assim. Aquele povo, em meio à abundância de bens devido à prosperidade material se tornou um povo arrogante, soberbo, querendo manobrar Deus com uma religião superficial, esquecendo quem era o Deus de Israel. O pecado anulou tudo e cercou a população com uma muralha de engano, achando que estava tudo bem. Mas como lemos no capítulo 1 vemos como Deus rejeita tudo o que eles ofereciam, porque a imundície delas era vista no coração: “Purificai-vos, tirai as maldades de vossos atos…!”
Retornemos ao capítulo 5, porque vemos ali que o problema começou com prosperidade material. Veja a linguagem divina quando Deus expõe o primeiro AI: “Ai dos que ajuntam casa a casa, reúnem campo a campo, até que não haja mais lugar, e ficam como únicos moradores no meio da terra!” (verso 8). Descobrimos que todo problema com Israel estava no fato que as riquezas ocuparam seus corações; a prosperidade material tornou-se o ídolo que ficou gravado de forma indelével em seus corações. Eles tinham tudo, tinham comida, roupa, carruagens e recursos para gastar como bem queriam. Há problema nisso? Não! Não há qualquer perigo nas riquezas, mas sim no amor às riquezas. Quando as riquezas se tornam o deus mamon no coração, então os perigos começam ali. Foi assim que ocorreu com Israel naqueles dias. A paixão por bens terrenos manifesta no viver que há um ídolo oculto e nós precisamos saber o que acontece como efeito. Sei que há argumentos mais profundos do que os meus, mas limitarei a quatro:
1. Isso mostra o mordaz desprezo por Deus. Não podemos esquecer desse detalhe que o amor às riquezas faz o homem ir de mal a pior no desprezo a Deus. Sabemos da história de Geazi, aquele moço que foi discípulo do profeta Eliseu. Naamã, o Siro foi curado da lepra quando mergulhou 7 vezes no rio Jordão (2 Reis 5) e quando ele se viu limpo da terrível e contagiante enfermidade, imediatamente foi levar recompensas de prata e outras coisas para o profeta. Mas Eliseu não quis receber absolutamente nada. Mas Geazi pôs os olhos naquilo e quando Naamã se despediu e foi embora, ocultamente Geazi foi atrás, mentiu dizendo que o profeta mandou buscar algumas coisas. Prontamente Naamã deu-lhe prata e vestes e Geazi guardou tudo em seu quarto. Mas o fato é que Eliseu, cheio do Espírito Santo viu tudo, e quando Geazi se apresentou perante Ele, o profeta o repreendeu terrivelmente, dizendo que a lepra de Naamã viria sobre Geazi e à descendência dele. O moço saiu dali totalmente leproso.
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