“Que mais se podia fazer ainda à minha vinha, que eu lhe não tenha feito? E como, esperando eu que desse uvas boas, veio a produzir uvas bravas” (Isaías 5:4)
PAIXÃO POR POSSESSÕES TERRENAS: “Ai dos que ajuntam casa a casa…”
Vamos prosseguir examinando esse texto, a fim de que compreendamos o que nosso Deus quer nos ensinar, justamente porque somente a Palavra de Deus mostra a realidade do coração do homem, da misericórdia de Deus e de seus justos juízos contra uma raça rebelde. O que Israel mostrou em suas atitudes nos dias de Isaías, é exatamente o que os homens sempre hão de mostrar no mundo. Os passos do pecado e suas consequências são os mesmos, mesmo que os juízos de Deus se manifestem de forma diferente, mas sempre serão justos e retos.
Na história de Israel vemos como Deus sempre condenou a idolatria, porque afastava o povo Dele e atraía atos terríveis de maldades, como ocorria noutras nações. Nos dias do rei Uzias a idolatria mostrou sua face cruel no amor às riquezas. Como havia falado no início, o povo de Israel havia prosperado bem sob a liderança do rei Uzias. Logo no início do livro de Isaías vemos como Deus está contra o povo, porque o orgulho deles era tão grande que os tornou cegos, sem condição de ver os perigos.
O que realmente aconteceu foi que a prosperidade acendeu o estopim do egoísmo e da disposição de viver como queriam viver. A prosperidade fez o povo esquecer do Deus de Israel, procurando estabelecer seu modo de viver como cada um queria. A ganância tomou conta e o amor às paixões incendiou os corações. É daí que surge exatamente o que vemos hoje – o encobrimento de suas maldades e a insolência atitude de fazer o que cada um quer. Quando os homens se veem livres, eles se acham no direito de inventar o seu próprio modo de via. Foi assim quando Israel, livre da escravidão Egípcia, ao pé do Monte Sinai resolver fazer o bezerro de ouro para adorá-lo como se fosse o próprio Deus. Notemos onde o homem pode chegar na presunção de achar que pode viver sem Deus no mundo.
O que ocorreu com Israel vemos hoje, porque vivemos dias materialmente bons. É comum ver que todos trabalham, têm seus recursos, têm liberdade, têm conforto e tudo à disposição para fazer do mundo o lugar as acontece as maravilhas tão desejáveis à carne. Vivemos dias quando há farto sistema religioso, onde está espalhando vários pensamentos acerca da religião e de culto a Deus. Isso trouxe ao povo um conceito de um Deus que quer a felicidade de todos e que todos aproveitem bem o mundo para serem felizes. Na realidade cada um fez seu “bezerro de ouro” no coração e assim cada um pensa o que quer, faz o que quer e pensa no seu deus do jeito que acha que deve ser.
Quanto ao pecado, vozes mundanos têm procurado fazer com que a consciência do homem fique cauterizada no tocante a culpa do pecado. Fizeram uma divindade que nada vê de errado e que é pintada de amor e felicidade. Vivemos numa época onde os homens conseguiram harmonizar na mente deles o mal com o bem, exatamente o que vamos ver em Isaías 5. É esse o caminho da destruição, quando o homem não enxerga seu coração perverso e pensa que há paz entre ele e Deus.
Mas isso ocorre até que a Palavra de Deus entre em ação. Davi estava abraçado ao seu pecado, até que o profeta Natã entrou em cena e pôs o dedo na sua face para dizer que Ele era o culpado pela sua maldade. O mundo quer viver em paz com suas maldades, até que Deus levante Seus profetas. Tudo ia bem com Herodes e seu infame relacionamento com Herodias, até que João Batista entrou em cena para dizer ao rei: “Não te é lícito possuir a mulher do teu próximo”.
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