“Que mais se podia fazer ainda à minha vinha, que eu lhe não tenha feito? E como, esperando eu que desse uvas boas, veio a produzir uvas bravas” (Isaías 5:4)
PAIXÃO POR POSSESSÕES TERRENAS: “Ai dos que ajuntam casa a casa…”
Dando continuidade, a paixão por possessões terrenas revela que há no íntimo o desejo por ter o mundo. Veja o que aconteceu com Israel naqueles dias. As riquezas não tornaram motivos de adoração a Deus, de louvores e de consagração. Quando a riqueza se torna um ídolo, então Deus é banido do viver. O homem não pode servir ao dois senhores. Na ganância e avareza o sistema mundano vai abrindo seu cenário onde o homem se acha forte para criar seu próprio estilo de vida. Notemos o que acontece com ditadores, pois eles se veem como deuses, donos absolutos de tudo e assim ameaçam todos quantos se opõem a eles.
Nesse caso, o anseio por ter o mundo e seu programa de felicidade aos seus pés traz consigo seus efeitos terríveis. As riquezas terrenas estão sempre sob ameaças de serem desfeitas, por isso os homens vão querer mais. É o que diz o texto: “Ai dos que ajuntam casa a casa, reúnem campo a campo, até que não haja mais lugar, e ficam como únicos moradores no meio da terra” (verso 8). Veja o que acontece é que onde está meu tesouro, aí estará também meu coração. Quando as riquezas não são postas nas mãos de verdadeiros despenseiros dos bens de Deus, como o caso de Abraão e de Jó, então começa a descida para a destruição ameaçadora.
O homem que o deus riqueza assentado no trono da sua vida está sempre assistindo o quanto o mundo oferece prazeres que eles só podem obter com seus tesouros. Herodes se achava livre para possuir a mulher do seu próximo. Faraó se achava poderoso para desafiar o Deus de Israel e foi assim com os reis que se assentaram no trono de Israel (reino do norte). Foi assim com Judas, que sempre sonhava com riquezas, mas as moedas de prata foram pesadas suficientemente para atirá-lo no inferno.
Isso revela uma disposição no íntimo de ser o único, formatando no coração a atitude ditatorial. O amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males, como diz Paulo em 1 Timóteo. Os crentes estão sob o embalo desse perigo que ameaça seriamente suas vidas. Muitos pastores abandonaram a verdade por amor ao dinheiro e o espírito de Simão (Atos 8) está sobre muitos que querem usar o ministério como chave que abre os cofres. O amor à riqueza faz o homem achar que não tem um ser superior a ele, por essa razão eles se tornam ditadores e cruéis contra pessoas mais fracas. Foi assim que agiu Jeorão, o qual viu seus irmãos como ameaças para seu reino, por isso mandou matá-los, atraindo contra ele a terrível vingança de Deus (2 Crônicas 21).
Também revela perigosa atitude de desafiar Deus, ou tentar enganá-lo. O homem rico, narrado em Lucas 18 agiu assim, pois pensou que era capaz por si mesmo de entrar no reino de Deus. O que ocorreu é que ele não sabia que estava ali lidando com o próprio Deus, o qual conhecia perfeitamente seu coração. Quando o Senhor mexeu no seu ídolo, então aquele homem afastou-se triste, por não ter conquistado o que em seu coração tão egoísta queria.
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