quarta-feira, 3 de junho de 2020

CHAMADOS À SANTIDADE (11)



“Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12:
TORNANDO SANTO.
        Uma das mais preciosas lições que aprendemos na doutrina da salvação é que tudo se reverte em prol da santidade de vida. Antes no pecado, todo amor, carinho e devoção o pecador consagra ao pecado. Não há como amar a Deus e amar ao pecado ao mesmo tempo; não há como dividir o amor. Veja bem que os crentes não amam o pecado, eles lutam contra esse princípio que opera em seu corpo mortal. Foi exatamente isso o que Paulo transmite em Romanos 7 e passa mostrar como funciona essa guerra no capítulo 8. A luta do crente contra as manifestações que se erguem contra a santidade de vida declara o fato que o crente realmente odeia o pecado. No momento que luto contra algo é porque aquilo é meu inimigo e essa guerra é contínua; as conquistas transmite maturidade e preparam o crente para novas vitórias e tudo é feito por amor ao Senhor.
        Também, cada crente tem nele a presença do Espírito Santo. Essa é a mais gloriosa e tremenda obra atividade que ocorre na salvação. Nosso Senhor faz essa promessa antes da Sua morte (João 14) e após a descida do Espírito de Deus no dia de Pentecostes sabemos que o Espírito é dado aos que creem e esse ensino é autenticado nas cartas. Ele foi dado aos crentes como a mais preciosa joia que eles precisam para viver aqui. Nenhum de nós poderia se tornar santuário de Deus para a morada em Espírito, não fosse o fato que Ele habita em nós. Incrível, mas Deus aprouve fazer do nosso corpo de barro Seu “cofre de barro” (2 Coríntios 4:7). Acredito que poucos são os crentes que estão conscientes desse fato.
        Uma razão é que o Espírito de Deus realiza Seu trabalho nos crentes, tendo em vista glorificar a Cristo, preparando os crentes, identificando-os com o Senhor. Seu trabalho no crente é nos levar à santidade, carregar nossos fardos, os quais são insuportáveis na jornada, e conforme Romanos 8:26 Ele identifica conosco em nossas tremendas fraquezas. Numa rápida explicação do verso em Romanos 8, no grego aparece o termo “sun”. Essa preposição indica exatamente identidade, mas de tal maneira que as partes unidas se tornam como se fossem uma só, como ocorrem no casamento. Isso explica o quanto o trabalho do Espírito de Deus é de incrível humildade e que Ele sente nossa própria miséria, assim como o Filho em Sua humanidade identificou-Se conosco.
        Assim, não há dúvida que nesse intenso e contínuo serviço a santidade tem sim um efeito precioso em nossa vida; seus resultados são inevitáveis, caso contrário é porque não habita na pessoa o Espírito de santidade, e nós sabemos que quem não tem o Espírito de Deus esse tão não pertence a Deus. Esses fatos vêm nos dizer o quanto é sério essa verdade; o quanto o Espírito Santo é apagado e entristecido em Suas obras no crente, mas por outro lado o quanto é prazer do Senhor mostrar resultados de maturidade, adoração no íntimo, consagração, obediência e muito mais no nosso viver. Que ensino precioso! Cristo em vós, esperança da glória!
        Caro leitor, o que esse ensino representa em sua vida aqui? O humilde serviço feito pelo Espírito de Deus tem em vista tornar Cristo glorificado em nossa maneira de viver e é exatamente isso o que Pedro comunica em sua primeira carta: “Sede santos, porque eu sou santo” (1:15). Santidade não é mero sentimentalismo, nem desejos momentâneos. Santidade é vida, alegria em Cristo e prazer em viver por Ele aqui. Santidade não é adquirida sem luta, sem contínuo conhecimento do Senhor por meio da Sua palavra. Quem não ama a bíblia, também não ama santidade e não é crente. Santidade é a vida do crente até à morte, e quando chegarmos na glória alcançaremos a santidade completa, uma vez que seremos semelhantes ao Senhor.

        

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