quinta-feira, 11 de junho de 2020

A RESPONSABILIDADE DO HOMEM PERANTE DEUS (7)



“Passava Jesus por cidades e aldeias, ensinando e caminhando para Jerusalém. E alguém olhe perguntou: Senhor, são poucos os que são salvos? Respondeu-lhes: Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão” (Lucas 13:22-24)
A NOSSA RESPONSABILIDADE PERANTE DEUS. “Esforçai-vos...”
        No texto de Lucas 13:22-24 estou tentando mostrar o quanto o Senhor Jesus chama aquele homem à sua responsabilidade diante do iminente perigo que lhe cerca. Todo meu esforço tem em vista mostrar aos meus leitores que não há nisso qualquer elemento de livre-arbítrio. Quando nosso Senhor mostra a porta estreita, Ele está dizendo que ali está a resposta misericordiosa de Deus para os pecadores; pelo evangelho o Deus da bíblia mostra a luz da verdade que brilha, Ele não deixou o mundo em trevas, Ele não escondeu a verdade e todos podem ver; Deus quer mostrar que todos, em todas as nações são indesculpáveis perante Ele. Como homens, seres humanos criados à imagem de Deus e postos no mundo para a glória de Deus, eles não têm desculpas para adorar seus ídolos, ao invés de prestar santos louvores e adoração ao Criador.
        Outro detalhe é que nosso Senhor dá esse enfoque de responsabilidade aos judeus, por eles serem os despenseiros das revelações escritas. Paulo trata sobre isso em Romanos, especialmente no capítulo 2. Quem recebeu mais luz, mais responsável se torna e uma atitude de irresponsabilidade perante Deus, torna a pessoa digna de maior castigo da parte de Deus. Nosso Senhor várias vezes ilustra essa responsabilidade da parte dos judeus usando acontecimentos que foram narrados na história do Velho Testamento. Por exemplo, Ele fala da Rainha de Sabá, a qual veio de longe visitar Salomão, por causa da sabedoria daquele rei. Então o Senhor volta para os judeus e com séria advertência diz: “Aqui (referindo a Ele mesmo) está quem é maior que Salomão”. Já citei aquelas três cidades Betsaida, Corazim e Cafarnaum (Mateus 11), onde o Senhor havia feito tantos milagres e a população não se arrependeu, e como ele cita Sodoma e Gomorra, Nínive e Tiro, mostrando que o juízo sobre aquelas cidades seria pior do que ocorreu com essas.
        Assim, minha esperança é que os ouvintes atentos estejam realmente compreendendo essa lição. A queda no pecado, o fato que os homens são escravos, mortos em seus delitos, inimigos de Deus, etc. nada disso retira a responsabilidade que cai sobre cada indivíduo neste mundo. O grande Juiz, grande Criador, o dono absoluto do céu e da terra, Ele afirma que não anota a ignorância dos homens, pelo contrário, Ele está como que dizendo: “Vocês me traíram, roubaram a glória que me pertence, furtam minha criação a fim de viver como bem querem, entre outras coisas e mesmo assim vocês acham que não vão escapar?”
        Em tudo o Senhor grita aos homens em tom de compaixão; Ele orienta, mostra que todos estão pisando um terreno santificado e que a terra com frutos e toda condição feita para o bem-estar do homem pertencem a Ele. Se Ele mostra a porta estreita, um lugar onde o pecador pode escapar, Ele o faz devido a imensidão de Suas misericórdias, como diz Jeremias em Lamentações 3:21: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque Suas misericórdias não têm fim, elas se renovam a cada manhã”. Por isso o evangelho é a boa nova que vem do céu, por meio de uma revelação especial. A criação proclama com voz inaudível a mensagem de um Criador onipotente e assim toda boca é fechada e toda língua há de confessar a glória desse Deus. E a conversão do pecador? Então é outro detalhe, porque aí entra o trabalho da graça, que somente homens e mulheres escolhidos, mostrando isso no arrependimento, poderão ouvir.

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