terça-feira, 2 de junho de 2020

CHAMADOS À SANTIDADE (10)



“Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12:
TORNANDO SANTO.
        O homem culpado, que reconhece sua culpa perante Deus e que precisa de perdão e purificação começa a dar início ao verdadeiro significado de santidade. Eis aí a salvação, porque Deus toma o homem sujo, imundo no pecado, a fim de purifica-lo e torna-lo salvo e participante de Sua natureza. Notemos bem que isso é impossível para quem jamais conheceu a salvação. É na salvação que é dada de uma vez por todas ao homem arrependido que começa carreira do santo pelo caminho da santidade. Lembremos bem, na linguagem simbólica vista no livro de Levítico, que começa com sangue na orelha, no dedão da mão e no dedão do pé, depois que vem o azeite nos mesmos locais mencionados.
        Outra lição importante é que nenhum pecador que jamais viu sua culpa para a busca do Salvador, realmente pode entrar nesse santo caminho. O assunto é humilhante; o tema lança fora todo nosso orgulho e dissipa toda vã confiança e religiosidade falsa. A necessidade do Salvador e da salvação pelo Cordeiro de Deus é é a verdade que lança fora toda soberba, a fim de que o homem caia ao pó e confesse sua condição perante Deus. É nessa condição que o homem perdido percebe a necessidade do substituto justo que ocupou seu lugar ali na cruz. É assim que o homem arrependido pode ouvir as palavras de total perdão e de completa paz enchendo o vácuo de sua alma. Não há como mudar essa situação! Não há como contornar, buscando um atalho religioso aqui e ali. Eu sei que hoje tudo tem sido feito para iludir os corações. Muitos tentam, como que construir uma ponta sobre o assunto da cruz; querem saltar e achar amparo em doutrinas importantes; querem saltar sobre o tema central e achar que podem louvar a Deus e inventar cultos para se sentirem bem com Deus. Mas quantas veredas perigosas inventadas pela natureza carnal!
        Ora, encaremos o fato com humildade e temor; eu não poderei ter comunhão com Deus, participar da natureza Dele, nem andar para o céu, se porventura não fui ao Mediador perfeito (Atos 4:12). As leis estabelecidas para os sacerdotes servirem no Tabernáculo era que eles passassem por rigorosa purificação, caso contrário seriam eliminados pela glória da presença santa ali. Acaso Deus mudou? Claro que não! Mas hoje milhares pensam que poderão escapar se porventura tornarem membros dessa ou daquela igreja, se passarem pelo rito do batismo, ou mesmo se passarem por um sistema de discipulado, conforme o costume de sua igreja. Quanto engano! O homem não verá a face santa do Santo Deus da bíblia, se não foi salvo. Cornélio foi um grande homem, cheio de boas obras, mas precisava ouvir a mensagem que lhes levaria à salvação (Atos 10).
        Vou dar ênfase a isso, porque esse assunto tende a ser esquecido e ignorado. A graça irresistível não chama homens e mulheres para meros ritos religiosos, mas sim para o encontro do perdido com o Salvador; a mensagem do evangelho proclama: “Arrependei-vos e convertei-vos, para que sejam cancelados os vossos pecados” (Atos 3:19). Os ritos judaicos nos ensinam essa verdade, especialmente na lei da circuncisão, porque todos os que queriam ser judeu e participar dos sistemas religiosos ali precisavam ser circuncidados. Assim também o mesmo ensino nos é passado, com uma circuncisão feita no coração, a obra da nova criação, feita por Deus no pecador arrependido.
        Como o pecador entrará no reino de luz, sem que seja primeiramente tirado das trevas? Como saberá que foi salvo, se nunca se viu perdido? Como entenderá sobre o perdão, se nunca viu suas culpas? Como será elevado à posição de herdeiro do céu, se jamais soube de sua humilhação, como réu culpado?

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