“Jerusalém,
Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas
vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintainhos
debaixo das asas, e vós não quisestes! (MATEUS 23:37)
TODO PROBLEMA NÃO É
COM DEUS, MAS SIM COM OS HOMENS:
“...vós não quisestes”.
Digo mais que os homens nunca quiseram
se humilhar e tomar posse da boa vontade de Deus. Pelo contrário, eis que os
homens sempre se mostraram atrevidos e ousaram desafiar Deus. Foi assim nos
dias anteriores ao dilúvio, quando simplesmente avançaram em seus pecados;
quando ofendiam ao criador com suas práticas pervertidas e recusaram a ouvir
sua mensagem de advertência, bondade e juízo por boca de Noé. Mesmo a lição do
dilúvio não foi suficiente, porquanto não demorou muito, para que se
multiplicassem novamente e partissem para agir da mesma maneira como sempre
agiram, e assim se reunirão para a construção da famosa babel (Gênesis 11).
Nós pensamos no íntimo que tais atitudes
dos homens só acontecem porque são pagãos e desconhecedores da palavra de Deus.
Mas, quanto somos enganados, porque foram aqueles que mais estiveram perto de
Deus, dos seus ensinos e milagres que mais manifestaram corações duros e
rebeldes contra o Senhor. Creio que a história de Israel no Velho Testamento é
muito conhecida por todos quantos amam a bíblia. Foram aqueles que
experimentaram a portentosa mão de Deus contra os Egípcios; que viram Faraó com
seu exército sendo afundado para a morte no mar vermelho. Mas mesmo todas essas
extraordinárias manifestações do poder de Deus contra os inimigos e seus
cuidados pelo povo na jornada pelo deserto não impediram que boa parte daquele
povo manifestasse sua rebeldia e decisão de rejeitar a liderança de Deus e
desejar voltar à vida de escravidão no Egito. Foram os israelitas rebeldes que
não queriam a presença de Deus; que queriam um deus fabricado pelas suas mãos e
assim pudessem sentir a liberdade de viver como bem queriam, como fizeram com o
bezerro de ouro (Êxodo 32).
Pensamos que os anos os homens mudam
para melhor; que deixam de ser rudes e obstinados, mas não é verdade, pois a
presença do Senhor Jesus mostrou com mais clareza a maldade e a determinação
daquele povo em rejeitar a verdade de Deus, conforme nos mostra João 6 e 8.
Quão enganoso, revoltado e malicioso é o homem no pecado! Quão disposto está em
manter-se no caminho largo e escorregar para o inferno! Quanta disposição tem
seu coração para abraçar a mentira e seguir seus planos de malícia e
perversidade! Eles odeiam o Sol da justiça, porque preferem a escuridão deste
mundo; odeiam o caminho santo, porque preferem seguir as veredas tortuosas do
pecado; preferem curtir os enganos do diabo, da morte, porque odeiam Cristo
Jesus, a perfeita provisão de Deus aos pecadores. Então, como poderão acusar
Deus de maldade? Como poderão dizer com êxito que foram tratados com injustiça?
O que farão no inferno é ficar revoltados e encher-se de fúria para todo
sempre, porque aqui neste mundo fizeram sempre a mesma coisa.
Não pensemos que os homens mudam após a
morte, porque se fossem tirados de lá, certamente voltariam para agir como
sempre agiram. Não há mudança no pecado; os homens não têm mudar a si mesmo, a
não ser que entre os atos misericordiosos de Deus. Sem a atuação portentosa da
graça, eles tentam encurralar Deus, usar de malícia contra a verdade revelada e
se unem para desafiar o trono celestial. Os verdadeiros crentes são provas do
modo como Deus opera maravilhas; que seus atos superam tudo e imobilizam o poder
do pecado, da morte, do diabo e do inferno. Por quê? A resposta é simples, na
mesma linguagem usada nos Salmos: “...a sua misericórdia dura para sempre”.
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