segunda-feira, 24 de outubro de 2016

DEUS QUER O BEM DO HOMEM? (8)


“Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintainhos debaixo das asas, e vós não quisestes! (MATEUS 23:37)
TODO PROBLEMA NÃO É COM DEUS, MAS SIM COM OS        HOMENS: “...vós não quisestes”.
        Digo mais que os homens nunca quiseram se humilhar e tomar posse da boa vontade de Deus. Pelo contrário, eis que os homens sempre se mostraram atrevidos e ousaram desafiar Deus. Foi assim nos dias anteriores ao dilúvio, quando simplesmente avançaram em seus pecados; quando ofendiam ao criador com suas práticas pervertidas e recusaram a ouvir sua mensagem de advertência, bondade e juízo por boca de Noé. Mesmo a lição do dilúvio não foi suficiente, porquanto não demorou muito, para que se multiplicassem novamente e partissem para agir da mesma maneira como sempre agiram, e assim se reunirão para a construção da famosa babel (Gênesis 11).
        Nós pensamos no íntimo que tais atitudes dos homens só acontecem porque são pagãos e desconhecedores da palavra de Deus. Mas, quanto somos enganados, porque foram aqueles que mais estiveram perto de Deus, dos seus ensinos e milagres que mais manifestaram corações duros e rebeldes contra o Senhor. Creio que a história de Israel no Velho Testamento é muito conhecida por todos quantos amam a bíblia. Foram aqueles que experimentaram a portentosa mão de Deus contra os Egípcios; que viram Faraó com seu exército sendo afundado para a morte no mar vermelho. Mas mesmo todas essas extraordinárias manifestações do poder de Deus contra os inimigos e seus cuidados pelo povo na jornada pelo deserto não impediram que boa parte daquele povo manifestasse sua rebeldia e decisão de rejeitar a liderança de Deus e desejar voltar à vida de escravidão no Egito. Foram os israelitas rebeldes que não queriam a presença de Deus; que queriam um deus fabricado pelas suas mãos e assim pudessem sentir a liberdade de viver como bem queriam, como fizeram com o bezerro de ouro (Êxodo 32).
        Pensamos que os anos os homens mudam para melhor; que deixam de ser rudes e obstinados, mas não é verdade, pois a presença do Senhor Jesus mostrou com mais clareza a maldade e a determinação daquele povo em rejeitar a verdade de Deus, conforme nos mostra João 6 e 8. Quão enganoso, revoltado e malicioso é o homem no pecado! Quão disposto está em manter-se no caminho largo e escorregar para o inferno! Quanta disposição tem seu coração para abraçar a mentira e seguir seus planos de malícia e perversidade! Eles odeiam o Sol da justiça, porque preferem a escuridão deste mundo; odeiam o caminho santo, porque preferem seguir as veredas tortuosas do pecado; preferem curtir os enganos do diabo, da morte, porque odeiam Cristo Jesus, a perfeita provisão de Deus aos pecadores. Então, como poderão acusar Deus de maldade? Como poderão dizer com êxito que foram tratados com injustiça? O que farão no inferno é ficar revoltados e encher-se de fúria para todo sempre, porque aqui neste mundo fizeram sempre a mesma coisa.
        Não pensemos que os homens mudam após a morte, porque se fossem tirados de lá, certamente voltariam para agir como sempre agiram. Não há mudança no pecado; os homens não têm mudar a si mesmo, a não ser que entre os atos misericordiosos de Deus. Sem a atuação portentosa da graça, eles tentam encurralar Deus, usar de malícia contra a verdade revelada e se unem para desafiar o trono celestial. Os verdadeiros crentes são provas do modo como Deus opera maravilhas; que seus atos superam tudo e imobilizam o poder do pecado, da morte, do diabo e do inferno. Por quê? A resposta é simples, na mesma linguagem usada nos Salmos: “...a sua misericórdia dura para sempre”.
        


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