“Jerusalém,
Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas
vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintainhos
debaixo das asas, e vós não quisestes! (MATEUS 23:37)
A BOA VONTADE DE DEUS
PARA COM OS HOMENS NA HISTÓRIA BÍBLICA.
Deus sempre comunicou sua bondade aos
homens, não há quem possa acusá-lo de qualquer ato perverso ou injusto, mesmo
que a injustiça perversa e impiedosa dos homens requer que eles sejam punidos.
O Senhor não é obrigado a comunicar sua bondade, seu amor e seus atos
compassivos à raça caída, mas ele o faz com prazer, porque seu reino em toda
face da terra é uma grandiosa demonstração do quanto o Rei da glória é amável,
gentil e misericordioso para com uma raça caída, indigna e merecedora do
castigo.
Vemos também sua bondade através da sua
perfeita lei. Mesmo que a lei seja perfeita e que ela exige perfeição de todos,
mesmo assim a lei de Deus é santa, pura e boa. É verdade que a lei desperta a
fúria arte de pecar no homem, mas esse despertamento reflete não problema na
lei, mas sim no homem. Um bom médico pode usar seus equipamentos modernos a fim
de descobrir uma enfermidade letal e ninguém pode acusá-lo de que foi sua
ferramenta de trabalho que trouxe o problema. O que foi descoberto já estava
ameaçando a existência do paciente antes da sua chegada ao médico. Assim é a
lei de Deus. Nós podemos olhar para ela em todas as suas exigências e ver o
quanto seríamos felizes neste mundo, se pudéssemos obedecê-la em toda sua
perfeição. A lei diz: “faça isso e viverás”. Ela não diz que haverá morte ao
obedecê-la, mas sim, que haverá vida.
Aliás, o mundo inteiro deve completa
gratidão a Deus, porque mesmo os homens sendo malignos, vis e rebeldes, Deus
tem acionado sua lei, a fim de preservar os homens de tantos males trazidos
pelo pecado à raça. Então, concluímos que não há qualquer ato de crueldade da
parte de Deus em relação ao homens; vemos que mesmo diante da santa e justa lei
são os homens que revelam sua hostilidade e prontidão para rebelar contra o
Senhor tão bondoso, paciente e amável. Encaremos por exemplo a nação de Israel,
pois o Velho Testamento mostra como foi que Deus agiu com aquele povo; como foi
que Deus arrancou a nação da tirania egípcia e levou para Canaã, dando-lhe
tudo, toda fartura, todo bem, todo conforto, todo livramento dos perversos
inimigos.
Sejamos sensatos e examinemos tudo ao
nosso derredor. Somos donos de alguma coisa neste mundo? O que temos que
realmente veio de nossas mãos? Não é verdade que tudo recebemos de Deus?
Olhemos nossos corpos, nossos bens, nossa família, nosso emprego, nossas
capacidades intelectuais, etc. Vejamos bem se houve qualquer coisa mínima ou
grande que veio de nós mesmos! Mas porventura, temos nós capacidade de entender
isso? Somos diferentes dos judeus? Temos por natureza uma disposição de render
graças ao Senhor e devotar-lhe naturalmente adoração? Claro que não! A nossa
atitude por natureza é sempre desviada da verdade; é sempre inclinada à
rebelião. Se houver qualquer disposição de gratidão, devoção, respeito e temor,
tal atitude não vem de nós mesmos, mas sim da operante graça de Deus. Quão maravilhoso é o Senhor! Não houve, nem
haverá qualquer ser humano ou anjo que possa apontar qualquer ato perverso da
parte dele. Os homens vão para o inferno porque querem ir para lá; homens
escorregam no abismo de pecado porque a natureza deles é propensa a isso e eles
mesmo estão convencidos de que são poderosos, espertos e sábios nesse caminho
tão perigoso no qual andam dia a dia.
A mensagem do evangelho realmente é
manifestação das riquezas incríveis da misericórdia de Deus em relação aos
homens; a boa vontade sempre foi dele e nunca dos homens. E a eternidade há de
mostrar que mesmo no inferno e lago de fogo, os homens estão sempre prontos a
mostrar seu ódio e disposição de caluniar Deus.
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