quarta-feira, 13 de abril de 2016

PECADORES PERANTE UM DEUS SANTO (6)




“Mas ele vos dirá: Não sei de onde vós sois; apartai-vos de mim, vós todos os que praticais iniquidades” (Lucas 13:27)
OS SANTOS DE DEUS EM RELAÇÃO AO PECADO.
        Caro leitor, minha esperança é que todos entendam essa verdade acerca do juízo, e de que somente os salvos vão escapar, porquanto foram remidos e purificados de seus pecados. Mas mesmo assim alguns poderão argumentar, dizendo que os crentes são tão pecadores quanto os outros que ainda não foram salvos, e que por isso vão ter que deparar também com a face do santo Juiz. Por essa razão creio que vale a pena mostrar a defesa da fé cristã com bons argumentos teológicos, tudo à luz das Escrituras.
        É claro, é óbvio que os crentes carregam consigo a natureza carnal. É claro que não há um crente perfeito, que possa afirmar que tudo está bem e que agora está livre de qualquer pecado. Até mesmo um pensamento acerca disso marca profundo orgulho no viver. Os verdadeiros crentes são as pessoas mais conscientes que existem acerca da sua condição perante Deus. Os verdadeiros crentes são aqueles que mais sentem sua miséria e que mais dependem da graça de Deus para viver.
        Outro detalhe é que os verdadeiros crentes não são conscientes apenas de alguns pecados. Eles estão certos de que têm uma natureza carnal disposta a praticar todo tipo de maldade. Eles são chamados de santos porque foram santificados na perfeita salvação, mas a santidade deles só será aperfeiçoada após a morte. Enquanto aqui estiverem eles estarão sempre certos de que necessitam constantemente da graça para viver, do poder de Deus para caminharem rumo ao céu. A humildade cristã é uma atitude inexplicável à mente natural, porque é um sinal de fraqueza que depende da graça, sem, contudo mostrar-se fraca perante os homens.
        Mas posso aprofundar um pouco mais, a fim de mostrar aos meus leitores que podemos entender a vida dos crentes e do fato que eles escaparam do juízo, porque houve o que a Bíblia chama de novo nascimento. É algo do coração, é o novo homem em Cristo. Por essa razão os salvos só podem ser entendidos à luz da explicação bíblica. Eles habitam num corpo pecaminoso e militam no poder de Deus contra as tentações que constantemente lhes cercam. Olhando por fora é mais fácil achar um não crente mais parecido com um santo, do que um verdadeiro crente. Tudo isso por causa de sua consciente situação ainda neste mundo e do infame desejo pecaminoso que habita em sua natureza carnal. A diferença nem sempre é vista aqui pelos homens, mas sim é conhecida por Deus. Grandes homens de Deus sentiram de perto a força do mal; grandes servos de Deus souberam o que significa clamar, lutar e buscar na fraqueza a força oriunda da graça.
        Além de tudo isso, mesmo os crentes sendo chamados de “santos” e “santificados”, eis que eles lutam por santidade. Eles querem se santificar, justamente porque são santos. Até mesmo no aspecto físico, são os que mais gostam de limpeza que procuram se limpar. Os crentes se afastam da impureza, da maldade, de tudo aquilo que ofende a Deus, porque amam uma vida pura; que odeiam a iniquidade, mas amam a justiça. A nova vida em Cristo é uma nova criação (2 Coríntios 5:17). Tudo começa na salvação, tudo tem início na conversão e fé em Cristo.
        Enfim, tudo isso explica o fato que eles já escaparam do juízo final de uma vez por todas. Nenhum salvo será visto lá; nenhum salvo terá que enfrentar a face do Juiz, porque um dia foram achados pelo Salvador e foram aceitos nessa tão grande salvação. Não, não há perigo para os crentes!
        O perigo terrível cerca aquele que ainda está em seus pecados, aqueles que não passaram da morte para a vida. Nosso Senhor agora chama pecadores a vir a Ele, a fim de achar Nele essa eterna e gloriosa salvação.

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