“Em verdade, em
verdade vos digo, que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado” (João
8:34)
A VERDADE DA ESCRAVIDÃO MOSTRADA POR DEUS: “Em verdade, em
verdade vos digo...”.
Caro leitor,
importa que saibamos que os homens no pecado não conseguem entender a
escravidão no pecado, porque nada podem entender, a não ser que Deus mostre a
situação. No tocante a passagem de João 8:34, nosso Senhor Jesus podia
perfeitamente explicar a condição daqueles elementos tão fanatizados na
religião que lhes mantinha ainda mais cegos no pecado.
Por outro
lado, nosso Senhor conheceu o real significado do pecado. É claro e óbvio que
Ele não era um pecador, mas por adquirir um corpo do pecado nosso Senhor pode
saber acerca das misérias humanas, porque ficou susceptível as fraquezas
derivadas da entrada do pecado. Nosso Senhor sentia fome, sede, cansaço, dores,
etc. Tudo isso Ele conheceu, mas sem pecar. Seu corpo foi de fato o corpo do
pecado, mas Sua natureza permaneceu santa e pura, conforme Paulo afirma em 2
Coríntios 5:21: “Aquele que não conheceu pecado...”. Toda essa sujeição do
Senhor foi para que Ele pudesse compreender por experiência o que significa ser
homem; desde Seu nascimento até à Sua morte Ele foi submisso ao Pai e fez tudo
o que tinha de fazer na plenitude do Espírito Santo.
Então, ao
falar com os pecadores nosso Senhor falava na qualidade de um homem, perfeito
homem porque jamais conheceu o que significa queda no pecado, mas que sentia
exatamente o que os homens sentiam devido ao corpo que tomara – um corpo do
pecado. Então, saibamos bem que nosso Senhor, não obstante se intitular como o
Filho do Homem, realmente não era um descendente de Adão, assim como nós somos;
Ele jamais soube o que a prática de iniquidade, porque jamais pecou, jamais
qualquer maldade saiu de Sua boca, pois sempre amou a justiça e odiou a
iniquidade (Hebreus 1:9). Ali estava o Homem perfeito, diante de uma raça
caída, mas Sua perfeição não anulou Sua experiência, conhecendo em seu corpo
mortal os resultados terríveis do pecado.
Então caro
leitor, nosso Senhor não era indiferente à situação dos homens; Seu ministério
aqui foi intensa compaixão, ternura, bondade, longanimidade, sem abandonar a
verdade. Seu amor aos perdidos fazia com que Ele jamais os abandonasse; jamais
tinha medo deles e encarava a situação deles sabendo realmente o que fazia e o
que dizia e onde queria chegar. Aqueles cegos judeus, sob o impulso de um
coração soberbo nem sequer imaginavam que estavam perante a divindade. Eram
espiritualmente mortos, os quais viviam movidos pelo espírito que rege os
homens neste mundo. A visão deles era apenas da aparência, olhavam as coisas do
ponto de vista humano, social e religioso. Eles tinham a letra da verdade, mas
não tinham o Espírito que podia ensinar-lhes a verdade.
Ora, nosso
Senhor sabia de tudo isso, mas Seu amor, paciência e ternura não significava
que Ele devia omitir a verdade. Aqueles homens e mulheres eram tão culpados
quanto qualquer pagão deste mundo, e o fato que eles eram mais conhecedores das
Escrituras, ainda mais aumentava a responsabilidade e culpa deles. Então, nosso
Senhor podia declarar-lhes que eles eram de fato escravos do pecado e que a
escravidão deles era terrível. Eles não viam as algemas que prendiam suas mãos;
não viam os grilhões que prendiam seus pés; não viam o quanto suas bocas
estavam trancadas, sem que pudessem louvar e dar graças ao Senhor; não viam que
seus olhos, os olhos da alma estavam totalmente cegados e que eram pobres almas
surdas e mudas.
Por que
argumentar contra o Senhor? Por que essa resistência contra Aquele que provou
Seu amor, vindo ao mundo para revelar Sua bondade e compaixão em salvar
perdidos?
Nenhum comentário:
Postar um comentário