sexta-feira, 29 de abril de 2016

A ESCRAVIDÃO NO PECADO (4)




“Em verdade, em verdade vos digo, que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado” (João 8:34)
A VERDADE DA ESCRAVIDÃO MOSTRADA POR DEUS: “Em verdade, em verdade vos digo...”.
        Caro leitor, importa que saibamos que os homens no pecado não conseguem entender a escravidão no pecado, porque nada podem entender, a não ser que Deus mostre a situação. No tocante a passagem de João 8:34, nosso Senhor Jesus podia perfeitamente explicar a condição daqueles elementos tão fanatizados na religião que lhes mantinha ainda mais cegos no pecado.
        Por outro lado, nosso Senhor conheceu o real significado do pecado. É claro e óbvio que Ele não era um pecador, mas por adquirir um corpo do pecado nosso Senhor pode saber acerca das misérias humanas, porque ficou susceptível as fraquezas derivadas da entrada do pecado. Nosso Senhor sentia fome, sede, cansaço, dores, etc. Tudo isso Ele conheceu, mas sem pecar. Seu corpo foi de fato o corpo do pecado, mas Sua natureza permaneceu santa e pura, conforme Paulo afirma em 2 Coríntios 5:21: “Aquele que não conheceu pecado...”. Toda essa sujeição do Senhor foi para que Ele pudesse compreender por experiência o que significa ser homem; desde Seu nascimento até à Sua morte Ele foi submisso ao Pai e fez tudo o que tinha de fazer na plenitude do Espírito Santo.
        Então, ao falar com os pecadores nosso Senhor falava na qualidade de um homem, perfeito homem porque jamais conheceu o que significa queda no pecado, mas que sentia exatamente o que os homens sentiam devido ao corpo que tomara – um corpo do pecado. Então, saibamos bem que nosso Senhor, não obstante se intitular como o Filho do Homem, realmente não era um descendente de Adão, assim como nós somos; Ele jamais soube o que a prática de iniquidade, porque jamais pecou, jamais qualquer maldade saiu de Sua boca, pois sempre amou a justiça e odiou a iniquidade (Hebreus 1:9). Ali estava o Homem perfeito, diante de uma raça caída, mas Sua perfeição não anulou Sua experiência, conhecendo em seu corpo mortal os resultados terríveis do pecado.
        Então caro leitor, nosso Senhor não era indiferente à situação dos homens; Seu ministério aqui foi intensa compaixão, ternura, bondade, longanimidade, sem abandonar a verdade. Seu amor aos perdidos fazia com que Ele jamais os abandonasse; jamais tinha medo deles e encarava a situação deles sabendo realmente o que fazia e o que dizia e onde queria chegar. Aqueles cegos judeus, sob o impulso de um coração soberbo nem sequer imaginavam que estavam perante a divindade. Eram espiritualmente mortos, os quais viviam movidos pelo espírito que rege os homens neste mundo. A visão deles era apenas da aparência, olhavam as coisas do ponto de vista humano, social e religioso. Eles tinham a letra da verdade, mas não tinham o Espírito que podia ensinar-lhes a verdade.
        Ora, nosso Senhor sabia de tudo isso, mas Seu amor, paciência e ternura não significava que Ele devia omitir a verdade. Aqueles homens e mulheres eram tão culpados quanto qualquer pagão deste mundo, e o fato que eles eram mais conhecedores das Escrituras, ainda mais aumentava a responsabilidade e culpa deles. Então, nosso Senhor podia declarar-lhes que eles eram de fato escravos do pecado e que a escravidão deles era terrível. Eles não viam as algemas que prendiam suas mãos; não viam os grilhões que prendiam seus pés; não viam o quanto suas bocas estavam trancadas, sem que pudessem louvar e dar graças ao Senhor; não viam que seus olhos, os olhos da alma estavam totalmente cegados e que eram pobres almas surdas e mudas.
        Por que argumentar contra o Senhor? Por que essa resistência contra Aquele que provou Seu amor, vindo ao mundo para revelar Sua bondade e compaixão em salvar perdidos?

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