“Mas ele vos dirá:
Não sei de onde vós sois; apartai-vos de mim, vós todos os que praticais
iniquidades” (Lucas 13:27)
A SANTIDADE DE DEUS:
“apartai-vos de mim...”
Amado leitor, o que vemos nessa ordem
que o Juiz dará aos perdidos naquele dia é que Ele é santo. Nada alterou nem
irá alterar a santidade do Filho de Deus. O fato que Ele se humilhou e se
tornou Homem, não significa que Ele deixou de ser santo. Mesmo provado em Sua
humanidade, mesmo aprendendo obediência mediante aquilo que sofreu, nosso
Senhor em nada foi conspurcado em Sua natureza. Como Homem mostrou quem em
Santidade odiou a iniquidade e amou a justiça. A Sua humanidade provada trouxe
a autenticação do Pai, para que Ele fosse o Salvador perfeito de uma raça
imperfeita, caída e condenada.
Isso significa que nenhum impuro ou
profano habitará com Ele. Milhares estão vivendo nessa ilusão de que têm Jesus;
muitos que estão vivendo no pecado agora estão certos que Jesus habita em seus
corações e tais afirmações constituem blasfêmias, porque eles associam o Senhor
com suas maldades, e assim profanam Seu nome. Se aqui eles não têm comunhão com
Ele, como poderão subir para habitar no céu com o Senhor da glória? A salvação
que Cristo traz aos perdidos tem consigo o poder da purificação: “E o sangue de
Jesus, seu filho nos purifica de todo pecado” (1 João 1:7). O perdão dos nossos
pecados não é capa que é dada para esconder nossas iniquidades. A salvação
bíblica traz consigo não somente a justificação, como também traz consigo uma
incrível motivação para santidade no viver. Isso significa que os salvos vivem
e lutam por um aperfeiçoamento na santidade, como também hão de ser
perfeitamente santos na eternidade.
Amado leitor, lembre-se que na cruz Cristo
mostrou a santa salvação, porque todos os elementos da salvação pertencem ao
Santo Deus. Todos os santos “utensílios” da graça salvadora foram santificados
por Deus e quando eles tocam no pecador é para santificá-lo. O perdão, a
justiça, a redenção, a filiação, a vida, a adoção, etc. tudo isso que veio da
conquista da cruz é igualmente santo. Também, Sua obra salvadora em nada altera
a pureza da Sua misericórdia. Quando Cristo toca no pecado, esse toque de
misericórdia em nada é afetado pela sujeira do pecado. A misericórdia abraça o
pecador, mas não abraça o pecado. Na cruz Cristo destruiu por completo o poder
do pecado; anulou completamente essa atividade maligna da iniquidade, de tal
maneira que na salvação Ele passa para o pecador Sua pura justiça e remove toda
ofensa. O sangue purificou faz esse trabalho de purificação, sem, contudo se
contaminar. Quando uma as roupas são lavadas com sabão em pó, a sujeira pode
ser removida do tecido, mas a água fica suja. Não é assim com o sangue
purificador do Senhor.
Meu caro amigo, toda essa verdade chega
para mostrar quão perigoso é para o homem pensar que irá passar ileso quando
estiver perante o Juiz naquele dia. Os pecadores são convocados agora pelo
evangelho a correr para Cristo em busca da salvação: “Eis agora o tempo
sobremodo oportuno, eis agora o dia da salvação”. Agora nosso Senhor não exerce
a função de Juiz; agora Seu trabalho é salvar, é livrar pecadores do juízo que
há de vir. Correr Dele agora é cometer suicídio; fugir Dele agora é loucura,
porque só há duas direções para o homem: Ou para os braços de amor e salvação
desse Senhor, ou escorrega para o inescapável juízo.
Então, enquanto seu sangue circula em
suas veias, aproveite essa saúde, a vida que agora você tem, a fim de correr
para o sangue libertador e glorioso do Filho. É infinitamente melhor encarar
Sua face graciosa agora, do que encarar a Sua face de um Juiz santo, diante de
quem o culpado será punido para sempre.
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