segunda-feira, 11 de abril de 2016

PECADORES PERANTE UM DEUS SANTO (4)




“Mas ele vos dirá: Não sei de onde vós sois; apartai-vos de mim, vós todos os que praticais iniquidades” (Lucas 13:27)
A SANTIDADE DE DEUS: “apartai-vos de mim...”
        Amado leitor, o que vemos nessa ordem que o Juiz dará aos perdidos naquele dia é que Ele é santo. Nada alterou nem irá alterar a santidade do Filho de Deus. O fato que Ele se humilhou e se tornou Homem, não significa que Ele deixou de ser santo. Mesmo provado em Sua humanidade, mesmo aprendendo obediência mediante aquilo que sofreu, nosso Senhor em nada foi conspurcado em Sua natureza. Como Homem mostrou quem em Santidade odiou a iniquidade e amou a justiça. A Sua humanidade provada trouxe a autenticação do Pai, para que Ele fosse o Salvador perfeito de uma raça imperfeita, caída e condenada.
        Isso significa que nenhum impuro ou profano habitará com Ele. Milhares estão vivendo nessa ilusão de que têm Jesus; muitos que estão vivendo no pecado agora estão certos que Jesus habita em seus corações e tais afirmações constituem blasfêmias, porque eles associam o Senhor com suas maldades, e assim profanam Seu nome. Se aqui eles não têm comunhão com Ele, como poderão subir para habitar no céu com o Senhor da glória? A salvação que Cristo traz aos perdidos tem consigo o poder da purificação: “E o sangue de Jesus, seu filho nos purifica de todo pecado” (1 João 1:7). O perdão dos nossos pecados não é capa que é dada para esconder nossas iniquidades. A salvação bíblica traz consigo não somente a justificação, como também traz consigo uma incrível motivação para santidade no viver. Isso significa que os salvos vivem e lutam por um aperfeiçoamento na santidade, como também hão de ser perfeitamente santos na eternidade.
        Amado leitor, lembre-se que na cruz Cristo mostrou a santa salvação, porque todos os elementos da salvação pertencem ao Santo Deus. Todos os santos “utensílios” da graça salvadora foram santificados por Deus e quando eles tocam no pecador é para santificá-lo. O perdão, a justiça, a redenção, a filiação, a vida, a adoção, etc. tudo isso que veio da conquista da cruz é igualmente santo. Também, Sua obra salvadora em nada altera a pureza da Sua misericórdia. Quando Cristo toca no pecado, esse toque de misericórdia em nada é afetado pela sujeira do pecado. A misericórdia abraça o pecador, mas não abraça o pecado. Na cruz Cristo destruiu por completo o poder do pecado; anulou completamente essa atividade maligna da iniquidade, de tal maneira que na salvação Ele passa para o pecador Sua pura justiça e remove toda ofensa. O sangue purificou faz esse trabalho de purificação, sem, contudo se contaminar. Quando uma as roupas são lavadas com sabão em pó, a sujeira pode ser removida do tecido, mas a água fica suja. Não é assim com o sangue purificador do Senhor.
        Meu caro amigo, toda essa verdade chega para mostrar quão perigoso é para o homem pensar que irá passar ileso quando estiver perante o Juiz naquele dia. Os pecadores são convocados agora pelo evangelho a correr para Cristo em busca da salvação: “Eis agora o tempo sobremodo oportuno, eis agora o dia da salvação”. Agora nosso Senhor não exerce a função de Juiz; agora Seu trabalho é salvar, é livrar pecadores do juízo que há de vir. Correr Dele agora é cometer suicídio; fugir Dele agora é loucura, porque só há duas direções para o homem: Ou para os braços de amor e salvação desse Senhor, ou escorrega para o inescapável juízo.
        Então, enquanto seu sangue circula em suas veias, aproveite essa saúde, a vida que agora você tem, a fim de correr para o sangue libertador e glorioso do Filho. É infinitamente melhor encarar Sua face graciosa agora, do que encarar a Sua face de um Juiz santo, diante de quem o culpado será punido para sempre.

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