segunda-feira, 25 de abril de 2016

ENTREGANDO A ALMA À VAIDADE (10)




“O que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma a vaidade, nem jura dolosamente” (Salmo 24:3)
O QUE SIGNIFICA ENTREGAR A ALMA À VAIDADE.
        Amado leitor, digo e afirmo que entregamos a nossa alma à vaidade, quando fazemos do mundo um ambiente apropriado para nossa felicidade e prazer. Acontece isso quando homens trabalham, lutam, se esforçam e dedicam, sacrificando coisas prioritárias, a fim de ter mais deste mundo. Vemos isso no casamento em nossos dias, quando os valores morais têm sido atirados fora, como se fossem lixo; como os filhos são terceirizados, a fim de que os pais cuidem em “ganhar a vida”. Vemos como as almas estão entregues à vaidade, pois quando falam de casamento em nossos dias, eles têm em vista o prazer de casar, e até mesmo oram pedindo a Deus um parceiro, mas não com o santo pensamento de ter um lar, uma família segundo os princípios eternos e imutáveis de Deus.
        3)     Posso afirma que, também, a religiosidade vã revelará que a alma está entregue à vaidade. Milhares veem a religião como um tipo de clube, um lugar onde posso me sentir bem; um lugar onde posso ser favorecido com as bênçãos das orações. Muitos procuram uma religião, especialmente evangélica, porque também pode ser usada como esconderijo para suas maldades, seu mundanismo e todo tipo de carnalidade. A vaidade ainda está no coração; a ambição pelo mundo, pelos prazeres que passam em vão. Creio que o leitor lembra bem do rico que fora a Jesus, no afã de conquistar uma entrada no reino dos céus (Lucas 18). Ele nada sabia que seu coração estava ocupado pela vaidade; que mesmo sendo religioso, sua alma estava colada à carne e submetida aos seus anseios de ter o mundo. Nosso Senhor não demorou em mostrar-lhe o quanto o perigo estava oculto em seu recinto sagrado – o coração. Por causa disso, não demorou em que aquele homem desse meia volta e abandonasse o apelo do Senhor, para sua salvação eterna.
        Quando religiosamente a alma está entregue à vaidade, até mesmo as orações revelam essa disposição perigosa. Tiago chama de infiéis, aqueles que oram pedindo coisas a Deus, a fim de gastar com seus prazeres: “...pedis mal...” (Tiago 4:3). A igreja do Senhor está cheia de pessoas com intenções vaidosas no coração, porque seus anseios são por prosperidades e não por santidade e amor. O que acontece é que muitos carregam os ídolos do seu coração para dentro de uma igreja, para os cultos evangelísticos e para os cultos de oração. Estão fisicamente lá, mas seus corações estão longe dali, estão pensando no mundo e como poderão curtir mais a vida.
        Oh! Que tristeza ver essa situação de mundanismo e de afastamento de Deus! Foi assim com Israel nos dias de Isaías, pois queriam unir culto a Deus com a iniquidade. Não é a mesma situação em nossos dias? A vaidade tem sido lindamente pintada de “crente”; tem sido bem emotiva e carregada de aparente piedade. Mas é a famosa e antiga Jezabel, curtida de interesses terrenos. Tenho presenciado em nossos dias esse frenesi mundano, porque é revelado tudo isso pelo desprezo à verdade eterna, por santidade de vida, pelo amor à Palavra de Deus e por interesses celestiais (Colossenses 3:1,2).
        Não é agora um momento para um avivamento? Como homens e mulheres querem subir para o céu, quando no coração seus interesses estão voltados para este mundo pervertido? Não é o momento adequado para que a pregação do evangelho possa causar um santo incêndio nos púlpitos, a fim de que a glória de Cristo seja conhecida e temida? Não é o momento para que vidas santas e piedosas sejam despontadas, a fim de mostrar o que Deus faz neste mundo, quando Ele opera a nova criação?

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