“O que é limpo de
mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma a vaidade, nem jura
dolosamente” (Salmo 24:3)
O QUE SIGNIFICA
ENTREGAR A ALMA À VAIDADE.
Amado leitor, digo e afirmo que
entregamos a nossa alma à vaidade, quando fazemos do mundo um ambiente
apropriado para nossa felicidade e prazer. Acontece isso quando homens
trabalham, lutam, se esforçam e dedicam, sacrificando coisas prioritárias, a
fim de ter mais deste mundo. Vemos isso no casamento em nossos dias, quando os
valores morais têm sido atirados fora, como se fossem lixo; como os filhos são
terceirizados, a fim de que os pais cuidem em “ganhar a vida”. Vemos como as
almas estão entregues à vaidade, pois quando falam de casamento em nossos dias,
eles têm em vista o prazer de casar, e até mesmo oram pedindo a Deus um
parceiro, mas não com o santo pensamento de ter um lar, uma família segundo os
princípios eternos e imutáveis de Deus.
3) Posso
afirma que, também, a religiosidade vã revelará que a alma está entregue à
vaidade. Milhares veem a religião como um tipo de clube, um lugar onde posso me
sentir bem; um lugar onde posso ser favorecido com as bênçãos das orações.
Muitos procuram uma religião, especialmente evangélica, porque também pode ser
usada como esconderijo para suas maldades, seu mundanismo e todo tipo de
carnalidade. A vaidade ainda está no coração; a ambição pelo mundo, pelos
prazeres que passam em vão. Creio que o leitor lembra bem do rico que fora a
Jesus, no afã de conquistar uma entrada no reino dos céus (Lucas 18). Ele nada
sabia que seu coração estava ocupado pela vaidade; que mesmo sendo religioso,
sua alma estava colada à carne e submetida aos seus anseios de ter o mundo.
Nosso Senhor não demorou em mostrar-lhe o quanto o perigo estava oculto em seu
recinto sagrado – o coração. Por causa disso, não demorou em que aquele homem
desse meia volta e abandonasse o apelo do Senhor, para sua salvação eterna.
Quando religiosamente a alma está
entregue à vaidade, até mesmo as orações revelam essa disposição perigosa.
Tiago chama de infiéis, aqueles que oram pedindo coisas a Deus, a fim de gastar
com seus prazeres: “...pedis mal...” (Tiago 4:3). A igreja do Senhor está cheia
de pessoas com intenções vaidosas no coração, porque seus anseios são por
prosperidades e não por santidade e amor. O que acontece é que muitos carregam
os ídolos do seu coração para dentro de uma igreja, para os cultos
evangelísticos e para os cultos de oração. Estão fisicamente lá, mas seus
corações estão longe dali, estão pensando no mundo e como poderão curtir mais a
vida.
Oh! Que tristeza ver essa situação de
mundanismo e de afastamento de Deus! Foi assim com Israel nos dias de Isaías,
pois queriam unir culto a Deus com a iniquidade. Não é a mesma situação em
nossos dias? A vaidade tem sido lindamente pintada de “crente”; tem sido bem
emotiva e carregada de aparente piedade. Mas é a famosa e antiga Jezabel,
curtida de interesses terrenos. Tenho presenciado em nossos dias esse frenesi
mundano, porque é revelado tudo isso pelo desprezo à verdade eterna, por
santidade de vida, pelo amor à Palavra de Deus e por interesses celestiais
(Colossenses 3:1,2).
Não é agora um momento para um
avivamento? Como homens e mulheres querem subir para o céu, quando no coração
seus interesses estão voltados para este mundo pervertido? Não é o momento
adequado para que a pregação do evangelho possa causar um santo incêndio nos
púlpitos, a fim de que a glória de Cristo seja conhecida e temida? Não é o
momento para que vidas santas e piedosas sejam despontadas, a fim de mostrar o
que Deus faz neste mundo, quando Ele opera a nova criação?
Nenhum comentário:
Postar um comentário