terça-feira, 12 de abril de 2016

ENTREGANDO A ALMA À VAIDADE (5)




“O que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma a vaidade, nem jura dolosamente” (Salmo 24:3)
O SIGNIFICADO BÍBLICO DE VAIDADE.
        Amado leitor, sei que preciso ampliar um pouco mais a explicação sobre esse assunto. Para isso quero tomar o livro inspirado de Eclesiastes. Aquele livro mostra quem é o homem no pecado; ali vemos o melhor homem vendo e explicando o que significa a vida aqui, como o homem pensa em viver, como aplicar-se a conquistar o melhor que é oferecido aos homens debaixo do sol. Foi isso o que aconteceu com Salomão, porque ele percebeu que seus planos de vida, de conforto, de adquirir aquilo que os olhos tanto queriam, que a carne tanto queria, etc. era puramente vaidade, porque no     final a morte chegaria para romper com todos os seus sonhos cheios de interesses    vãos.
        Veja o que fez Salomão, pois nada negou à carne e aos olhos. Ele quis riquezas e trabalhou para adquirir; ele quis prazeres sexuais, por isso tinha muitas mulheres; queria fartura de comidas por isso trabalhou para nada faltar. Mas, qual foi o resultado de tudo isso? “Vaidade, tudo é vaidade!”. Que conclusão! Trabalhou para o nada; ajuntou para o nada; encheu-se de prazeres e de luxos, para o nada. Eis aí amigo, o que significa vaidade. Olhe a sua vida à luz de Eclesiastes e você verá a inutilidade dessa vida aqui, mesmo para homens trabalhadores, religiosos, cheios de bons propósitos. No final tudo será visto com o fato que correu e cansou-se indo atrás do vento. Não é triste isso?
        Então, voltando ao Salmo 24, podemos ver a triste verdade acerca daqueles que entregam a sua alma à vaidade: “não subirá ao monte do Senhor”. Veja bem, não está dizendo que as coisas que estão ao nosso derredor, aliás, necessárias para nosso viver, que elas são em si mesmas vaidades. De modo algum! Se pensarmos assim tenderemos a tornar-nos legalistas. O perigo não está nas coisas, mas sim na forma como as vejo e as uso. Nada há de errado na comida, no viver sexual puro e santo, no dinheiro, nos bens, na saúde, na família, etc. A vaidade consiste em ter e usar essas como se elas fossem a causa do viver, a razão da felicidade e assim pegar nossa alma e uni-la àquilo que foi feito apenas para o uso físico.
        O texto mostra que o real perigo está quando eu voluntariamente enrolo minha alma na vaidade; quando sufoco a minha alma; quando aprisiono minha alma   naquilo que ela mesma não pode desfrutar; é tentar estruturar a vida apenas naquilo que passa. Note bem que Deus, no texto está declarando que o problema está em envolver a alma na vaidade, por quê? A alma só se satisfaz em Deus; a alma se alimenta e vive de Deus, como diz o Salmista: “A minha alma tem sede do Deus vivo...” (Salmo 42:2). Veja que na vaidade a ênfase é dada ao corpo, o corpo passa a dominar sobre a alma, a vida consistirá em viver daquilo que nossa parte física exige e requer.
        Os mundanos vivem assim; para eles a alegria está nos prazeres e suas almas estão desamparadas, sozinhas, entregues àquilo que ela mesma não pode usufruir. Os crentes, entretanto, foram libertos dessa paixão; eles agora podem desfrutar da verdade; suas almas passaram a habitar na verdade e podem agora ter completo domínio sobre o corpo. Os crentes são diferentes, por isso podem lutar e devem lutar para conquistar santidade, pureza e domínio sobre aquilo que antes era seu prazer, era seu modo de vida.
        E você amigo. Sem Cristo e sem salvação, eis que sua alma está só, subordinada àquilo que o mundo oferece. Por essa razão a vida é vazia, frustrante e depressiva. Todo seu esforço aqui é vão; tudo aqui acaba e você tem que trabalhar arduamente para manter aquilo que tanto seus olhos e sua carne anseiam. Venha a Cristo agora para ser salvo e liberto dessa condição tão servil onde o pecado lhe colocou.

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