segunda-feira, 25 de abril de 2016

PECADORES PERANTE UM DEUS SANTO (11 de 11)




“Mas ele vos dirá: Não sei de onde vós sois; apartai-vos de mim, vós todos os que praticais iniquidades” (Lucas 13:27)
OS PRATICANTES DA INIQUIDADE: “...vós que praticais...”
        Caro leitor, finalizo o assunto com alguns argumentos a mais. Note bem que no texto o Senhor mostra que a condição dos pecadores em nada é alterada, mesmo após a morte. Pensamos no íntimo que o pecado abandona o homem com a despedida dele deste mundo, mas não passa de engano. Somente Cristo pode arrancar o pecado do coração, caso contrário o pecado faz parte do próprio ser, da própria natureza. Note bem que o Senhor não vai dizer: “...vós que praticaram iniquidade”.
        Os homens no pecado vivem no pecado em qualquer lugar, em qualquer ocasião, e em quaisquer circunstâncias, e nem mesmo a morte cancela essa força poderosa que desde a queda tomou posse daqueles que em Adão tombaram. O pecado é a própria natureza do pecador, assim como um leão tem natureza de leão, um cão tem a natureza de cão, assim também, todos os nascidos no pecado têm a natureza do pecado. O pecado não pode ser desgrudado do homem; não existe poder para isso, a não ser o glorioso poder do Senhor Deus em Sua graça, para realizar uma nova criação (2 Coríntios 5:17).
        Também, a maneira de viver mostra essa triste condição. A natureza do pecado é completamente avessa à natureza santa de Deus. Noutras palavras, pecado é o oposto a santidade, assim como as trevas é oposta à luz. Enquanto o homem estiver no pecado ele é o que ele sempre foi em Adão. Muitos pensam que a igreja tem algum poder mágico para modificar o homem; muitos pensam que costumes religiosos podem fazer o homem diferente; muitos pensam que a educação, os princípios morais e outras disciplinas podem modificar o homem. Mas é tudo engano. O pobre pecador nasceu escravo, vive como escravo, morre como escravo e cai no inferno como um pobre escravo do pecado. É impossível separar o que a queda uniu. Então, quando a multidão de homens e mulheres estiverem perante o grande Juiz, certamente ouvirá essa terrível verdade: “...Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade”.
        Os crentes avançam em santidade aqui, mas não sem luta, tudo porque neste corpo mortal os santos entendem o que significa para desprender completamente daquilo que tanto lhes dominou, enquanto vivia no pecado. Há um hino no cantor cristão que emite essa verdade na sua primeira estrofe: “Minha morada Jesus assegura, paz e conforto na luta feroz”. É exatamente essa a compreensão que o verdadeiro crente tem do que significa ficar livre do mal aqui. Nosso conforto só vem com batalha, luta, oração e separação do mal. Mas não é esse o caso daqueles que continuam aqui vivendo em santidade, pois avançam de maldade para a maldade. O pecado tem um progresso no pecado, de forma oposta, avançam de santidade para um maior grau de santidade.
        Mas falo de juízo porque o objetivo é mostrar aos pecadores que enquanto aqui estão eles podem escapar. Agora eles podem olhar para o Monte do Calvário pela fé; agora eles podem contemplar aquele Salvador maravilhoso, que veio ao mundo não para julgar, mas para salvar. Agora pecadores podem se humilhar, podem conhecer arrependimento e podem volver para Cristo, mesmo estando nessa miserável condição. A promessa de salvar perdidos está estendida em toda Escritura. Milhares e milhares escaparam da condenação; milhares e milhares já partiram deste mundo e subiram pela graça para o céu; milhares e milhares caminham como salvos nessa peregrinação rumo à glória eterna.
        E você amigo, não quer agora mesmo cair aos pés do Salvador? Não quer agora conhecer Aquele que veio do céu à terra para tirar os pecadores da maldição eterna?












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