“O que é limpo de
mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma a vaidade, nem jura
dolosamente” (Salmo 24:3)
O QUE SIGNIFICA
ENTREGAR A ALMA À VAIDADE.
Amado leitor, hoje quero mostrar de
forma prática, como é que alguém chega a entregar sua alma à vaidade. Lembremos
bem que não há ninguém entre os crentes que está livre desse perigo; que são
muitas as advertências, a fim de que escapemos pelas veredas da obediência à
Palavra; lembremos bem que tendemos a agir como “cavalos e mulas”, sem
entendimento (Salmo 32:9), precisando muitas vezes dos açoites de Deus, a fim
de que escapemos deste sistema mundano, tão perigoso e cheio de armadilhas. Não
esqueçamos que tendo amado o presente século foi que Demas abandonou Paulo (2
Timóteo 4:10); e ainda lembremos que fomos chamados para sermos santos e a
verdadeira santidade nos afasta desse perigo que envolve o homem na vaidade
deste mundo.
Então, posso afirmar que entregamos
nossa alma à vaidade, quando vemos a vida do ponto de vista material; quando as
preocupações mundanas ocupam nossas mentes e emoções. Foi por essa razão que
Paulo nos exortou a não conformar com este presente século (Romanos 12:2); que
o caminho certo é conquistar uma mente renovada na Palavra, caso contrário
seremos influenciados e cairemos nesse formato de vida para o qual o mundo nos
chama continuamente. Se nosso conhecimento acerca de Deus é pouco, eis que o
mundo arrasta e logo somos envolvidos por esse sistema de confiar nos poderosos
deste mundo, de buscar os conselhos daqui e vivermos atormentados por aquilo
que pode acontecer.
Quando em nosso coração estamos
amoldados a este sistema vil, eis que realmente estamos sob a influência da
vaidade. As nossas conversas são levianas e nunca teremos nada de bênção para
repartimos com os outros. Também veremos a vaidade transparecer até no viver
normal, ocupando o viver com as preocupações com dinheiro e com os prazeres. Já
presenciei essa atividade vaidosa no meio dos crentes, porquanto, após o culto
as conversas giravam em torno de futebol, de assuntos mundanos e triviais, e até
mesmo de interesses em repartir com os outros um filme que tanto gostou. É triste,
mas isso revela em que situação se encontram os crentes modernos, porque nada
há de interesse em glorificar a Deus no viver e assim edificar uns aos outros
no temor do Senhor.
Também vemos a vaidade operar até mesmo
nas orações. O mundo religioso de hoje mostra o que o mundo sempre foi e seus
interesses religiosos. Normalmente vemos os incrédulos pedindo oração para que
algo dê certo. Deus é visto assim na mentalidade incrédula dos homens, como
alguém que reage positivamente a tudo aquilo que queremos e pedimos. Tais
atitudes podem se enveredar por caminhos de extremos perigos, até mesmo de
encarar líderes religiosos como sendo “astros do céu”. Mas não preciso ir tão
longe, porque as orações dos crentes modernos não passam de meras rezas, porque
seus interesses estão confinados àquilo que eles querem para suas paixões: “Pedis
e não recebeis, porque pedis mal...” (Tiago 4:3) e tais pessoas são chamadas em
seguida de “infiéis”.
Oh! Quão perigosa é a vaidade
introduzida no coração! A Bíblia é clara ao afirmar que aqueles que entregam
suas almas à vaidade não subirão ao monte do Senhor. Os verdadeiros crentes
muitas vezes tropeçam nesse caminho cheio de armadilhas, mas não permanecem
nessas veredas, porque são logo despertados e disciplinados por Deus. Nosso
Senhor jamais deixará que seus santos sigam por caminhos tão vis e tão cheios
de intenções perversas da carne e do mundo, porque é dito em Hebreus 12 que Ele
açoita todo o que recebe como filho.
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