“O que é limpo de
mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma a vaidade, nem jura
dolosamente” (Salmo 24:3)
OS RESULTADOS DISSO
NA ALMA.
Amado leitor, prossigo em mostrar-lhe o
que realmente significa a alma de alguém estar entregue à vaidade, porquanto o
assunto é profundamente tratado nas Escrituras, no Velho e no Novo Testamento.
Veja bem que a vaidade desmancha até mesmo os alicerces de uma vida normal e
bem fundamentada neste mundo. Quando mais a vaidade puxa a alma para adaptar-se
às paixões da carne, mais o homem vai se distanciando daquilo que é puro, útil
e decentemente humano no viver. A alma aliada à vaidade sempre estará ocupada
com aqueles que pensam e agem semelhantemente, assim como o filho de Davi,
Amnon procurou seu primo, um elemento esperto e sagaz para alcançar seus
intentos tão perversos (2 Samuel 13).
Também, haverá uma manifesta ausência de
alegria, de satisfação e de esperança. A alma entregue à vaidade fica
desnorteada, sem razão de viver aqui, embaraçada nos emaranhados da vida e sempre
demonstrando o tremendo vazio que jaz dentro do seu ser. A alma entregue à
vaidade está longe do verdadeiro alimento que lhe enche de prazer por estar
distanciada de Deus. Nada há de recursos espirituais, dos verdadeiros valores.
A verdadeira mesa está vazia dos suprimentos eternos, por essa razão está
agitada e é vive em contínua fuga, especialmente quando está cercada da luz do
evangelho.
Note bem uma alma nessa condição, olhe
dentro de um homem ou uma mulher assim, pois sua esperança está aqui, sua razão
de viver é a companhia de amigos e amigas que pensam e age como ela age; seus
recursos são gastos com o mundo, com aquilo que dia a dia envolve seu viver.
Nada, nada mesmo pode interceptar esse viver tão aprisionado a este sistema
transitório de vida aqui. Não foi assim que viveu a esposa de Ló em Sodoma? Sua
alma ficou condicionada àquele sistema de vida tão perverso, de tal maneira que
ela nada podia ver de perigo, nem mesmo a compaixão de Deus para tirar-lhe de
lá foi suficiente para acordar aquela alma amarrada a uma sociedade que estava
marcada para ser extinta da face da terra (Gênesis 19).
Amado leitor, quanto mais a alma fica
entregue à vaidade, piora ainda sua situação, porquanto aumenta seu
desinteresse por coisas eternas, e ampla um profundo interesse por divertimentos.
Conheci alguém assim, pois desde novo sua ambição era bebida e más companhias.
O que aconteceu foi que também aumentou seu egoísmo, passando a viver em torno
daquilo que sempre amou. A alma entregue a vaidade será levada por festas aqui.
Israel acostumou a viver assim no Egito, pois a escravidão diária esquecida
pelos momentos de prazer nas comidas boas e nas festas. Provou isso quando fez
o bezerro de ouro, a fim de adorá-lo, proclamá-lo como seu deus e assim fazer
as festas que tanto queriam, conforme vemos em Êxodo 32.
Amado leitor, uma alma assim jamais
subirá ao céu. Alguém que afirma ser um crente, mas sua alma vive nesse
aconchego da carne, jamais conheceu a verdadeira liberdade na qual andam os
santos de Deus, enquanto eles caminham rumo ao céu. Quando a alma está nessa
situação, até mesmo os cultos serão motivados pela vaidade. O culto agradável a
Deus é muito pesado para aqueles as almas escravizadas, pois não podem suportar
uma adoração que centraliza na glória de Deus e que esmaga o ego dos homens. Por
essa razão os não salvos tendem a criar um contexto de adoração, mas voltado
para seus interesses terrenos. Eles querem sentimentos não estribados na
verdade, porque estão aprisionados a este mundo que jaz no maligno.
Que o Senhor manifeste Sua compaixão
sobre cada leitor que agora quer levar esse assunto com seriedade no viver.
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