“São os seus pés
velozes para derramar sangue” (Romanos 3:15
O PODER PACIFICADOR
DO EVANGELHO.
Amado leitor, que diante desse cenário
de terror por causa da entrada do pecado, minha esperança e oração é que a
graça atuante do Senhor no meio dos homens venha a brilhar; que o temor do
Senhor marque profundamente os corações daqueles que agora querem conhecer a
verdade; que os verdadeiros crentes estejam cheios de gratidão por terem sido
salvos e libertos para sempre dessa condenação merecida; que almas venham a
investigar essa verdade, a fim de buscarem essa tão grande salvação. Lembremos
bem, os homens não podem mudar por si mesmos. De fato, acontecem mudanças
superficiais, aparentemente muitos parecem que foram transformados, mas a
verdade é que todas essas atividades religiosas passam como fumaça e os
corações duros e obstinados, no tempo adequado revelarão o que eles realmente
são diante de Deus.
Mas quero agora dirigir-me aos crentes,
porque eu sei que muitos santos podem estar pensando que estão livres dessas
perversidades, porque tiveram seus corações transformados. Mas veja bem caro
leitor, quando vemos a ordem para que vençamos toda ira, toda ofensa e lancemos
para longe toda atitude vingativa, subtende-se que ainda carregamos em nossa
carne essa inclinação perversa. O pecado no crente habita em seu corpo mortal
(Romanos 7:24) e o crente não é liberto dele enquanto aqui viver; o crente experimenta
dia a dia a famigerada investida desses desejos fortes da carne. Aliás, os atos
perversos da carne aparecem de forma mais alucinantes na vida de um crente, do
que de um não crente. Satanás nos persegue e nos ataca justamente naqueles
costumes que mais tínhamos quando éramos incrédulos.
Qual a ordem para nós vinda Daquele que
nos amou? “Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e
blasfêmias, e bem assim toda malícia” (Efésios 4:31). Que caminho de vitória tem o crente! Que
conquista ele pode obter mediante a suprema força da conquista do Filho de Deus
na cruz! Fomos chamados para sermos um povo de misericórdia; fomos vocacionados
para olhar para esse estado de miséria, de ódio, de vingança, de maldades dos
homens com um olhar de compaixão, de ternura, entendendo que Deus tanto nos
amou e nos perdoou; que entendamos que o mesmo perdão de Deus deve estar
abrigado em nossos corações, a fim de tratarmos a todos como a graça nos
tratou.
Caro leitor, eis a ordem do Senhor, para
que vençamos o mal com o bem (Romanos 12:21). A ordem vem para os que creem;
para os que podem realmente agir pela fé, em plena obediência ao Senhor. Em
Cristo os santos têm toda base para criar um ambiente santo, cheio de amor, de
ternura e de perdão. Em Cristo temos tudo para ir avante e progredir como
eleitos de Deus, tomando para nós os mesmos traços das perfeições de Cristo,
conquistando afeto, ternura, bondade e disposição de dar mais de nós. É claro
que não devemos ser brando com o pecado; é claro que temos que julgar o mal e
em nada permitir que fiquemos associados àquilo que contamina tudo e todos.
Enfim, que esse ensino sobre “pés
assassinos” leve meus leitores à uma santa consagração ao Senhor. Como Ele pode
me amar, sendo eu um assassino em potencial? Como Ele desceu do céu e veio aqui
para me buscar, quando merecia ser atirado no castigo eterno? O que Ele viu em
mim, senão miséria? Ora, esse amor não nos constrange? Esse amor não nos
impulsiona a viver por Ele? Esse amor não nos transforma em verdadeiros
missionários onde estivermos? Esse amor não nos faz cheios de desejos por ver
nossos semelhantes também salvos?
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