quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

AS MARAVILHAS DO REINO DOS CÉUS NA TERRA (4)




“Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mateus 5:3).      
A POSIÇÃO DE HONRAS DO POBRE DE ESPÍRITO: “...deles é o    reino dos céus”
        Caro amigo leitor, quando homens são salvos eis que a visão deste mundo é mudada imediatamente. Paulo passou a ver a vida aqui do ponto de vista da glória de Cristo. O conceito que ele tinha de Jesus o Nazareno era completamente corrompido pelos desígnios religiosos, embutidos pelo pecado em seu coração cheio de fanatismo. Por essa razão estava curtido de ódio e seu projeto era acabar com o esse tal de Jesus e seus seguidores. Mas assim que fora achado pela misericórdia, eis que a mesma luz que brilhou perante seus olhos em Damasco, passou a ser a luz que mostraria a realidade desta vida enganosa e passageira.
        Caro leitor, enquanto os homens forem apegados ao mundo, com sua fama, conforto,      riquezas, posição, etc. é sinal de que eles ainda não conheceram no íntimo o que realmente significa ser “pobre de espírito”. O que brilha nesse evangelho moderno, não é a luz do céu, mas da terra; não é a glória de Cristo, mas sim o fulgor ilusório que Lúcifer quer encher o seu mundo. O que vemos hoje no meio intitulado de “evangélico” é o ambiente carregado de mundanismo e de interesses voltados a esta vida aqui. Tudo isso prova com clareza que são pouquíssimos os “pobres de espírito”. Na salvação homens são transformados e passam a ver este mundo com outra visão, porque Cristo passa a habitar neles.
        Enfim, os crentes só podem ser úteis neste mundo se forem “pobres de espírito”. O mundo não precisa de mais religiosos; o mundo não precisa dessas inovações criadas pelo próprio mundo. O mundo precisa ver quem são os filhos de Deus, os nascidos de novo, os que conheceram o Deus de misericórdia no viver. Foram esses homens e mulheres que abalaram o mundo pós-pentecostes; foram homens assim que mobilizaram grandes avivamentos na história. Mas o que vemos hoje são “evangélicos”, os “ricos de espírito”. O que vemos são mais soberbos espirituais e teológicos, do que homens que foram impactados pela verdade transformadora do evangelho.
        Mas, tudo isso me constrange a falar agora sobre “a posição de honra do pobre de espírito”. O próprio texto citado pelo Senhor deve abrir nossos olhos: “...deles é o reino dos céus”. É claro que tais palavras nada terão de efeito às mentes carnais, mesmo daqueles que se intitulam de evangélicos. Quem é deste mundo, certamente não vai se interessar por coisas dos céus. Mas não podemos deixar de lado o fato que Deus está exaltando a glória dos céus, porque aqui nada tem de glória. Ora, os verdadeiros crentes hão de ver sim, quão maravilhoso é ser crente em Cristo; que essa salvação que Deus oferece pela graça é infinita, riquíssima, eterna e maravilhosa. Não é uma mera salvação; não é um mero ingresso que garante a entrada no céu. Sobre esse assunto que anelo tratar, a fim de ajudar meus leitores na compreensão de verdades que estão infinitamente além da compreensão deste mundo.
        O que é mais importante agora, é que meu leitor defina bem sua condição espiritual. Foi salvo por Cristo? Um dia foi arrancado deste mundo pela força da misericórdia? Um dia foi purificado, perdoado e remido pelo sangue do Cordeiro de Deus? Então, esteja certo que você é um “pobre de espírito”. Foi uma mudança radical, feita por Deus em sua vida, de tal maneira que você passou a ser um cidadão dos céus e não mais da terra. Mas enquanto aqui viver é necessário que conheça essas maravilhas, a fim de encher seu coração dessa intensa felicidade que enche o coração e fascina a alma.

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