“Bem-aventurados os
pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mateus 5:3).
A POSIÇÃO DE HONRAS
DO POBRE DE ESPÍRITO: “...deles é o reino
dos céus”
Caro amigo leitor, quando homens são
salvos eis que a visão deste mundo é mudada imediatamente. Paulo passou a ver a
vida aqui do ponto de vista da glória de Cristo. O conceito que ele tinha de
Jesus o Nazareno era completamente corrompido pelos desígnios religiosos,
embutidos pelo pecado em seu coração cheio de fanatismo. Por essa razão estava
curtido de ódio e seu projeto era acabar com o esse tal de Jesus e seus
seguidores. Mas assim que fora achado pela misericórdia, eis que a mesma luz
que brilhou perante seus olhos em Damasco, passou a ser a luz que mostraria a realidade
desta vida enganosa e passageira.
Caro leitor, enquanto os homens forem
apegados ao mundo, com sua fama, conforto, riquezas,
posição, etc. é sinal de que eles ainda não conheceram no íntimo o que realmente
significa ser “pobre de espírito”. O que brilha nesse evangelho moderno, não é
a luz do céu, mas da terra; não é a glória de Cristo, mas sim o fulgor ilusório
que Lúcifer quer encher o seu mundo. O que vemos hoje no meio intitulado de “evangélico”
é o ambiente carregado de mundanismo e de interesses voltados a esta vida aqui.
Tudo isso prova com clareza que são pouquíssimos os “pobres de espírito”. Na
salvação homens são transformados e passam a ver este mundo com outra visão,
porque Cristo passa a habitar neles.
Enfim, os crentes só podem ser úteis
neste mundo se forem “pobres de espírito”. O mundo não precisa de mais
religiosos; o mundo não precisa dessas inovações criadas pelo próprio mundo. O
mundo precisa ver quem são os filhos de Deus, os nascidos de novo, os que
conheceram o Deus de misericórdia no viver. Foram esses homens e mulheres que
abalaram o mundo pós-pentecostes; foram homens assim que mobilizaram grandes
avivamentos na história. Mas o que vemos hoje são “evangélicos”, os “ricos de
espírito”. O que vemos são mais soberbos espirituais e teológicos, do que homens
que foram impactados pela verdade transformadora do evangelho.
Mas, tudo isso me constrange a falar
agora sobre “a posição de honra do pobre de espírito”. O próprio texto citado
pelo Senhor deve abrir nossos olhos: “...deles é o reino dos céus”. É claro que
tais palavras nada terão de efeito às mentes carnais, mesmo daqueles que se
intitulam de evangélicos. Quem é deste mundo, certamente não vai se interessar
por coisas dos céus. Mas não podemos deixar de lado o fato que Deus está exaltando
a glória dos céus, porque aqui nada tem de glória. Ora, os verdadeiros crentes
hão de ver sim, quão maravilhoso é ser crente em Cristo; que essa salvação que
Deus oferece pela graça é infinita, riquíssima, eterna e maravilhosa. Não é uma
mera salvação; não é um mero ingresso que garante a entrada no céu. Sobre esse
assunto que anelo tratar, a fim de ajudar meus leitores na compreensão de
verdades que estão infinitamente além da compreensão deste mundo.
O que é mais importante agora, é que meu
leitor defina bem sua condição espiritual. Foi salvo por Cristo? Um dia foi
arrancado deste mundo pela força da misericórdia? Um dia foi purificado,
perdoado e remido pelo sangue do Cordeiro de Deus? Então, esteja certo que você
é um “pobre de espírito”. Foi uma mudança radical, feita por Deus em sua vida,
de tal maneira que você passou a ser um cidadão dos céus e não mais da terra.
Mas enquanto aqui viver é necessário que conheça essas maravilhas, a fim de
encher seu coração dessa intensa felicidade que enche o coração e fascina a
alma.
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