“...Não há quem
busque a Deus” (Romanos 3:11
INTRODUÇÃO:
Caro leitor, já tenho mostrado os dois
primeiros resultados do pecado num sentido vertical: 1. Ausência de justiça. 2.
Ausência de entendimento, e agora veremos que o pecado trouxe aos pecadores a
mais terrível miséria que possa ser concebido: “Não há quem busque a Deus” e
isso está claramente exposto perante nossos olhos. Tem uma desgraça maior do
que essa? O homem que foi feito perfeito, para viver para a glória de Deus e
comungar com o Deus da glória, eis que agora vive nesse castelo transformado em
prisão aqui no mundo, longe de Deus, completamente impossibilitado por ele
mesmo de sequer dar um passo para Deus.
Para que entendamos isso melhor, quero
arrazoar com meus leitores, a fim de mostrar o quanto isso é terrivelmente
sério. Para isso formulo algumas interrogações, a fim de ajudar você leitor
a buscar comigo as respostas nas
Escrituras:
1. Como
não há quem busque a Deus, quando a Bíblia ordena: “Buscai ao Senhor”? Não
parece ser contradição? Em várias outras passagens bíblicas vemos Deus
ordenando aos homens para que O busquem. Como essas passagens podem conviver
com esta declaração de Romanos 3: “Não há quem busque a Deus”?
2. Como
é que o homem não busca a Deus, quando temos evidências bíblicas de homens que
realmente buscaram conhecer o Deus da Bíblia? Vemos por exemplo Zaqueu correndo
à busca de conhecer o Messias (Lucas 19:1-10); vemos Rute decidida a deixar seu
povo, a fim de viver com o povo e o Deus de Noemi; vemos Raabe corajosamente
tomando o lado do povo de Israel, por causa do Deus de Israel (Josué 2), e
assim a história bíblica nos traz muitas ilustrações.
3. Como
é que o homem não busca a Deus, quando vemos o nome de Deus sendo proferido por milhares? Trago
o leitor para nossa experiência, pois um dia em minha eu fui a Deus,
procurei-O. Também vemos no dia a dia pessoas de todos os lugares falando de
Deus e buscando as bênçãos de Deus. Como podemos entender a declaração de
Romanos 3:11 com esses fatos vividos por nós? Para que possamos entender isso
vamos examinar cuidadosamente o texto sempre à luz daquilo que toda Escritura
ensina. É aqui que precisamos de mais luz, a luz bíblica. É aqui que precisamos
deixar nossos preconceitos de lado, porque entraremos em lugares santos
desprovidos de nossa própria opinião, porquanto os pensamentos de Deus não são
os nossos.
O que realmente o Espírito Santo quer
nos mostrar no tocante a esse ensino? Uma coisa é buscar a Deus, outra coisa é
buscar a glória de Deus. Uma coisa é buscar a Deus em suas bênçãos materiais,
outra coisa é buscar as maravilhas eternas de Deus, Sua justiça, Seu reino, Sua
liderança e a esperança da Sua glória eterna com Ele no céu. Os judeus
procuravam Jesus, queriam as bênçãos de Deus por meio daquele que eles
consideraram profeta e com qualificações para ser rei. Eles olharam para as
mãos Dele, querendo receber aquilo que tanto os homens procuram. Queriam Seus
milagres porque era isso que lhes enchiam de esperança de um mundo melhor. Mas
nada queriam da verdade de Deus. Eles tinham olhos, mas era apenas a visão
física, nada mais; tinham ouvidos, mas só podiam escutar aquilo que tanto
prezavam ouvir. O reino deles era daqui, enquanto o reino de Cristo era lá de
cima. Por essa razão não compreendiam a linguagem espiritual do Mestre.
Ora, o mundo atual fala de Deus, fala de
Jesus, usa versos bíblicos e até parece que há agora um avivamento, mas quão
longe está do genuíno avivamento. A situação é a mesma de sempre: “Não há quem
busque a Deus”.
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