“Eu formo a luz e
crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o Senhor, faço todas estas coisas”
(Isaías 45:7)
ELE SE UTILIZA DAS
FRAQUEZAS DOS SEUS SANTOS A FIM DE TRAZER A LUME SEUS PLANOS ETERNOS.
Caro leitor, Deus cria o mal para que o
mal sirva de perfeito palco para a atuação da genuína fé, e foi exatamente isso
o que ocorreu com Noemi. A fé não se mata, não entra em desespero, não se atira
aos tentáculos deste mundo. A fé se ergue em olhar seu próprio fracasso e busca
a força da graça para avançar onde ninguém mais poderia ir. O que Deus fez?
Como pode Ele agir aparentemente sem compaixão daquelas viúvas? Sim! Os santos
são atraídos ao caminho certo e por ali prossegue, mesmo que estiverem
sozinhos.
Mas, tem outro detalhe que brilha ainda
mais intensamente a luz da poderosa graça. Como pode! Ali mesmo em Moabe, no
meio de um povo pagão e pervertido Deus levanta Rute. Como explicar isso? Pois
é, no meio do luto, do choro, da triste e do desamparo eis que o Senhor chama
aqueles que pela Sua graça pertencem a Ele. Ali estava Rute, uma herdeira da
fé, um coração quebrantado pelo Deus de Israel; ali estava uma estrela brilhando
em densas trevas, a fim de seguir sua sogra, porque simplesmente o Deus de
Noemi era seu Deus. Quando é puro sentimento e apegos emocionais, nada disso
pode suportar o caminho que somente os santos podem tomar. Orfa não podia ir
com elas, pois não pertencia aos herdeiros da fé. Sua fé não era da mesma
qualidade, não fora embutida em seu coração, como foi feito com Rute. Ela amava
Noemi? Sim! Mas seu amor era natural e passageiro como nuvem no céu, então,
logo tudo jazeria no esquecimento. Deus nada tem com a falsa fé; Deus não tem
qualquer recompensa, senão para os que são chamados a trilhar o caminho que os
santos trilham nesta vida. Rute viu o invisível – o Deus de sua sogra – Orfa nada
viu, senão Noemi e para ela seguir o longo caminho para Belém seria loucura (1
Coríntios 2:14.
Mas deixemos Orfa sossegada em Moabe e
encaremos aquele jovem viúva, porque ela deu às costas ao seu povo, à sua
cidade, aos seus parentes e aos seus antigos ídolos, a fim de ir ao lado de sua
velha sogra. A decisão da fé mostrou que Rute havia morrido para tudo aquilo: “Onde
quer que morreres eu morrerei também, e ali eu serei sepultada”. Que lição
preciosa! A fé se ergueu acima de todas as desventuras, foi além daquilo que a
natureza pode ver e enfrentar, creu no Deus invisível e foi elevada em honras
no meio do povo de Israel, pois além de ter casado com um grande homem como
Boaz, Rute também entrou na linhagem messiânica, para ser parente de Jesus – o Salvador.
Meu caro leitor, você entender essas
maravilhas que só a graça opera? Eis aí o modo de Deus operar no meio do Seu
povo; eis aí Sua graça em plena ação, pois quando tudo parece estar sepultado
no juízo, eis que a graça ergue a fé ela vai humildemente para o lugar que Deus
quer que vá. Quando tudo parece estar perdido; quando o desespero vem no viver
do salvo; quando Deus tira nosso bem, nossa alegria terrena, nossa joia
preciosa aqui, eis que Ele por meta dá-nos o melhor. E quando Ele tira o
melhor, é porque Ele que nos dar o excelente. No final os santos ficam com Ele
que é nosso tesouro eterno.
Então, amado leitor, você tem passado
dias assim? Os relâmpagos e trovões deste mundo perverso têm transtornado sua
vida? Parece que Deus está longe? Pois é, Ele está perto. Pode achegar-se a Ele
com humildade, temor, coração obediente e você verá que os brilhos dos
relâmpagos mostram rapidamente um pouco das maravilhas que Ele tem para aqueles
que foram chamados pela graça para serem pertencentes a Ele para sempre.
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